Higiene no século XVIII

22 1 0
                                    

Banho

Se você acha que europeus são pouco higiênicos por não tomarem banho diariamente, saiba que já foi muito pior. No século XVIII, a maioria dos europeus poderia passar a vida inteira sem jamais entrar de corpo inteiro na água, o que acreditavam ser prejudicial para a saúde. Especialmente se a água fosse quente, pois achavam que nessas condições seria mais fácil se infectar com doenças. Quando o raro banho acontecia, mais bizarrice: as pessoas não tiravam a roupa, o que se manteve como hábito até o final do século XIX.

Desodorante

Esse amigo dos peões de obra e homens em geral só foi inventado em 1880, e antes era substituído por muito perfume, o que não gera também um resultado muito agradável. No século IX, o matemático Ziryab apresentou a ideia de um desodorante para as axilas na península ibérica, mas a moda nunca pegou. Isso explica porque nossos colonizadores eram descritos como fedidos e não asseados.

Pentear o cabelo

Esse costume, que hoje parece natural para a maioria das mulheres ao redor do globo, partiu do ocidente, e, assim como raspar pelos do corpo, era bastante incomum no século XVIII. Axilas, pernas, púbis, buço...As mulheres da época deviam ser bastante diferentes das frequentadoras de salão atuais.

Privadas

As casas tinham um cheiro bastante agradável, pois não existia encanamento e as pessoas costumavam se aliviar em pinicos ou vasos próprios para esse tipo de uso, até que alguém esvaziasse esses utensílios em janelas ou na rua, o que não raramente atingia passantes. Daí, inclusive, que vem o termo "enfezado" como sinônimo de enraivecido.

Papel higiênico

Também inventado apenas em 1800, herdou o lugar de tecidos nobres, como o linho e a seda, com os quais a nobreza se limpava. As pessoas pobres usavam farrapos, folhas, musgo e até a boa e velha mão!

Percevejos

Esses insetos que infestam camas, sofás e almofadas em regiões rurais eram incrivelmente comuns, e com eles uma longa lista de doenças causadas pelas picadas e falta de higiene dos locais, o que fazia com que a transmissão de diversas doenças fosse muito mais rápida que atualmente. Pense, por exemplo, em hospitais de guerra, onde quase todos os pacientes estavam infeccionados e esses percevejos pulavam de cama em cama.

Absorventes

Pois é, durante aquela famosa época do mês, sobre a qual pouco vemos quando estudamos História, as mulheres usavam pedaços de pano reaproveitáveis. Outras, como era comum, não se importavam e deixavam a gravidade agir e as roupas ficarem vermelhas, mesmo.

Esterco

Como o principal veículo eram as carruagens, puxadas por vários cavalos, e não existia pavimentação, as ruas eram uma maçaroca de fezes e urina de animais, pessoas (lembra dos pinicos?), terra e chuva. Fora a poluição natural das cidades. Por isso, quando vemos um galante cavalheiro cobrindo uma poça d'água para sua donzela em filmes, não é necessariamente de lama que está protegendo os pés de sua amada.

Higiene Dental

Para as pessoas que viveram no século 18, a higiene dental não ia muito além de tirar os excessos com a unha ou o dedo, ou talvez limpar os dentes e gengiva com um pano embebido em água. Alguns estilos de pasta abrasiva já haviam sido criados séculos antes, mas a fórmula mais moderna, com bicarbonato de sódio e peróxido de hidrogênio, além de flúor, só foi difundida a partir do final do século 19.

No entanto, quem era de baixa renda destinava seu pouco dinheiro para a comida. A pasta de dente ainda não era um item essencial e só passou a ter mais importância com o passar das décadas.

fonte: fatos desconhecidos, Megacurioso

Fan.fi.quei.ros - Dicas de escrita (Em Reestruturação)Onde histórias criam vida. Descubra agora