+ Tive medo, como mulher cisgênero, de construir uma protagonista trans. Em nenhum momento quis roubar o lugar de fala de ninguém e, se escrevi alguma besteira, por favor, mande uma mensagem para que eu possa me corrigir. Meu desejo é apenas trazer representatividade pra literatura, já que infelizmente não vemos personagens trans o suficiente por aí (pelo menos eu não vejo).
+ O nome do colégio Santa Brenda Lee é uma homenagem à Brenda Lee, uma mulher trans brasileira que é considerada o anjo da guarda das travestis, por tê-las acolhido durante toda a sua vida e lutado pelos direitos delas. Ela teve uma casa, conhecida como "Palácio das Princesas", que acolhia pessoas portadoras de HIV, isso durante a epidemia da doença, quando a perseguição aos LGBTQ era ainda maior do que é hoje em dia e quando os soropositivos, além de discriminados (inclusive pela própria família), perdiam seus direitos fundamentais, e isso e vários países, até mesmo os mais desenvolvidos. Brenda salvou muitas vidas e deu apoio às que não poderiam ser salvas através da parca medicina da época. Infelizmente, morreu de uma forma brutal e covarde, mas seu legado vive até hoje.
+ Sou adepta da filosofia de que roupas não têm gênero, portanto tanto faz o gênero da seção na qual você compra, mas entendo como que para pessoas trans essas coisas importam, já que costumam ser privadas desde a infância de escolherem as roupas que querem usar. Usei o clichê da cor rosa no tênis da Bárbara para exemplificar a transição dela para o gênero feminino. Sei que existem várias mulheres trans que não gostam de usar rosa, assim como existem as que gostam e que isso não quer dizer absolutamente nada além de um gosto pessoal, mas no imaginário social ainda é assim que as coisas funcionam, e na história a Bárbara não está tão a par da militância para saber questões do tipo. Se com isso ofendi alguma pessoa trans, por favor, me desculpe.
Valeu por ter dado uma chance à minha história. Até a próxima!
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Vodca e Água Benta
Short Story2° Lugar no Concurso Lipstick Heitor é um adolescente religioso que estuda em um colégio católico junto com a sua amada namorada, Débora. Mas a relação dos dois, assim como toda a vida de Heitor, tem uma reviravolta quando ele se assume como Bárbara...