"Me leve para a lua; deixe-me ver como é a primavera em Júpiter e Marte. Em outras palavras,
segure minha mão."
Isso é tão Solange!Quando era pequena, já entendia o valor da arte. Entendia os traçados e muitas vezes, criando formas e tamanhos, entendia a mensagem que a arte passava.
Claro que, muitas vezes, os quadros de Edvard Munch me confundiam. E até assustavam. Mas aquilo me fascinava. E me fez querer aprender mais.
Não é atoa que Michelângelo é meu pintor e - de alguma forma - filósofo preferido.
Minha mãe, amava que entendesse a arte. Ela queria que eu visse a beleza da vida, através das cores e substâncias. Ela nunca quis que me tornasse igual minha prima, Lexi. Ela sabia que ela se tornaria fútil e sem nada para dar. Por isso, sempre procurou por me fazer entender a arte.
Na fotografia, pintura, escultura, e até na agronomia.
Ela queria que visse as cores. Como elas são. Queria que eu visse que, por mais cores que existam no arco-íris, sempre haverá uma que vai te identificar. Sempre haverá aquela que você olhará com atenção e notará o seu valor.
Não importa o quão escura, ou o quão clara for.
Olhar para Jake e decifrá-lo, me lembrava as tintas que haviam em meu rosto e mãos após borrar a tela branca perto da árvore no campo.
Eu o moldava, mas ainda tentava entender. Apesar de que, não era necessário tanto esforço. Era só olhar com atenção.
Estava cansada.
Meus pés doíam de tanto pedalar. Jake não parecia cansado. Ele estava pedalando como se não fosse necessário tirar uma folga.Eu não era como Jake.
"Jake! Podemos.. parar.. por favor?" Pergunto sem fôlego. Ele para e olha para mim. "Estou cansada."
"Se fizermos pausas nunca vamos chegar." Ele diz. Eu reviro os olhos. "Não faça isso." Olho para ele. "Odeio que revire os olhos."
"Bem... Eu tenho que fazer isso. Estou cansada Jake. Estávamos pedalando há duas horas." Digo. "Eu só queria poder maltratar você."
"Maltrataria a pessoa que mais quer te ver bem e a salvo?!" Ele diz fingindo estar chocado. Eu assinto sorrindo. Ele sorri de volta. "Você quer descansar aonde?" Olho pensativa.
"Eu não sei. Você que tem essas ideias." Digo dando de ombros.
"Sol.. Eu quero te agradar agora. Eu sei que o último lugar que paramos não foi tão... Agradável." Ele diz, eu assinto. Não vou dizer que adorei aquele lugar. Porque não adorei. Na verdade, odiei. Havia objetos cortantes nele.
Apesar de Jake achar que era uma boa ideia andar por aí com uma arma branca, eu realmente não sabia o quão perigoso era estarmos sem ela.
"Talvez uma lanchonete?" Pergunto. Ele olha confuso para mim.
"Acabamos de sair de uma." Ele diz. Eu assinto.
"Mas estou com fome novamente Jake." Digo e cruzo os braços.
"O Sol está se pondo. Não podemos demorar." Ele diz e caminha até uma lanchonete que estava próximo dali. Deixamos as bicicletas encostadas na parede exterior da lanchonete. Ele segurou minha mão e fomos até o interior da mesma.
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Isso é tão Solange! [NA AMAZON]
Teen Fiction[+16] * LIVRO CONCLUÍDO * Eu vou contar uma história que há muitos viveu uma adolescente: Solange. Em 1994, Solange estava se mudando de Texas para Nova Iorque, a cidade grande, com seu pai. A menina sempre viveu na fazenda de sua mãe com os seus...