Capítulo 21

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   Isa Ávila era encantadora, mesmo vista de longe. Eu a espreitava de certa distância.
  Não demorou muito para que os meus olhos a enxergasse sentada em um dos bancos do aeroporto. Ela parecia um pouco perdida, essa era uma sensação normal para uma estrangeira, que tinha vindo de um país tropical para outro que predominava o frio.

  Seus cabelos escuros e brilhantes  estavam espalhados rente os ombros, Isa era linda e sua melanina tom de canela, a tornava a mulher mais bela entre as pálidas alemãs que circulavam pelo saguão do aeroporto.  
  Acelerei os passos e me dirigi até ela.
  Minha auto confiança se firmou quando eu a vi diante dos meus olhos, era uma mulher deslumbrante!
  Logo notei que ela ergueu o olhar ao me vê.

  Para mim, esse encontro foi o segundo acontecimento mais importante da minha vida, depois do nascimento de Svenja.
  Recebi Isa em meus braços e lhe devotei todo meu amor naquele momento. Ela me disse palavras tão belas, que não hesitei em afagar minhas mãos em seu corpo e lhe dar um beijo na sua cabeça.
  Isa era cheirosa, alegre e bonita.
Ela possuía todos os bons predicados que uma grande mulher poderia carregar em seu espírito.
  Após tê-la conhecido ali no aeroporto, eu a levei para o hotel que ficava no centro da capital.

  Isa parecia feliz ao meu lado e olhava a cidade com grande entusiasmo no rosto.

  No fundo, eu me regozijava em proporcionar uma viagem dessa para ela.
  E durante uma semana, mostrei á Isa os encantos de Berlim.

  Passeamos por Berlim e seus monumentos como um casal apaixonado e feliz.
  Pedalamos de bike, fomos às lojas, aos concertos de música, bares, restaurantes, museus e tudo isso regado aos beijos ardentes que trocávamos juntos.

  Mas quando eu deixava Isa no hotel, os meus problemas voltavam com força total.
Eu estava tão feliz vivendo com ela, que me recusava a contar-lhe a verdade, não queria estragar nossos momentos felizes juntos.

  Em casa, Dorota passou a questionar meus sumiços durante a semana da chegada de Isa á Berlim, eu também me recusava a dar-lhe quaisquer satisfações, eu sei que devia dar, mas não conseguia.
  Às vezes me sentia um escroque agindo assim com as duas mulheres que  eu estava enganando. Elas não mereciam passar por isso.
   Fiquei completamente desnorteado e acabei indo novamente atrás de Isa no hotel, após uma discussão que tive com Dorota em casa. Não tinha passado meia hora que eu a deixei no hotel, após nosso passeio, e voltei lá, decidido a contar-lhe toda a  verdade.
   Mas ao vê-la feliz e tão sensual usando aquela camisola vermelha que contornava suas curvas, não pude controlar meus desejos por ela.
  Fizemos amor ardentemente. Eu passei noite com Isa.

  Mas ao acordar de manhã, vi o rosto viçoso dela. Isa dormia agarrada aos travesseiros, e parecia contente.
Depois recobrei o juízo, e vi a loucura que eu havia cometido contra Dorota.
  Eu não passei a noite em casa, isso seria motivo de desconfianças e mais discussões no meu casamento falido.  
  Naquele instante, decidi tomar uma decisão e não queria mais de modo algum magoar Dorota e nem Isa.
Escrevi um bilhete para ela e deixei no quarto, em seguida, deixei o hotel.
  No carro, liguei o celular e tinha inúmeras mensagens de Dorota e Svenja, e outras do Pete e de mais alguns conhecidos próximos de mim.
  Eu tinha que consertar as coisas na minha vida de alguma maneira, e antes de tomar qualquer decisão, liguei para o meu amigo Pete.
  Ele poderia me ajudar de alguma forma, porque eu não queria mais magoar ninguém com minhas mentiras.

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Meu doce segredo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora