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M I A

Não me dei conta que as horas tinham passado. Lembro-me que me deitei em minha cama enquanto chorava, provavelmente acabei pegando no sono.

Passo a mão em meus olhos e levanto um pouco rápido que acaba me dando um tontura. Solto uma grande quantidade de ar pela minha boca, e fico sentada com as costas encostadas na cabeceira da cama.

Bom, pelo o que percebi meu pai não subiu e nem tentou me convencer a deixá-lo entrar no meu quarto.

Tudo foi muito rápido, não deu tempo de pensar direito e raciocinar o que estava acontecendo. Eu conheço meu pai, tenho quase certeza que ele sabe que o que ele fez não foi certo. Resolver tudo sem perguntar a minha opinião e nem o que eu achava sobre isso.

Eu não sou uma garota mimada, mas eu claramente precisava de espaço, de um tempo para pensar e colocar a cabeça no lugar. Deve ser por isso que ele não veio ao meu quarto, pois como já estava tudo resolvido e não tinha mais o que fazer, o jeito era eu entender tudo e aceitar.

Ouço duas batidas na porta mas permaneço no mesmo lugar.

"Está aberto." Alego, e me ajeito na cama.

Meu pai entra e olha para mim com uma expressão séria. O mesmo se vira para fechar a porta e em seguida me olha de novo, andando devagar até se sentar na ponta da cama.

"Estava aberta? Pensei que estivesse trancado" Pergunta com um sorrisinho curto e se apoia com uma das mãos na cama.

"Então quer dizer que o senhor nem veio aqui para conferir?" Digo levantando uma sobrancelha, deixando um canto de meus lábios se repuxar em um sorriso breve.

"Sim" Diz, um pouco apreensivo. Coloco a mão no meu queixo me fazendo de pensativa e duvidosa.

"Vejamos que o senhor não tentou invadir meu quarto em momento algum, para me hipnotizar e fazer com que eu concorde com essa ideia maluca" Comento ironicamente e sorrio de lado.

"Mia" Meu pai pronuncia meu nome em forma de reprovação e volta com sua expressão séria e atenciosa. Solto um riso curto com ironia mais uma vez. "Por favor." Me repreende. E dou mais um sorriso antes de fechar a expressão irônica e me ajeitar um pouco mais na cabeceira da cama.

"Pode começar." É a única coisa que digo, quando um silêncio tenso paira sobre nós.

Sei que preciso aceitar isso tudo, não há mais nada com o que fazer. Porém o que ele fez foi errado. Eu quero tentar achar alguma coisa para me defender e lhe rebater sobre isso. Quero que ele saiba que eu tenho razão, e que é difícil para mim.

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