Eu estava animado por dentro. Estava contido por fora, mas, com quase certeza, ela havia notado meu sorriso no canto da boca. E estava lá, parada, de cabeça baixa, a espera de minha ordem. E estava linda. Aqueles olhos castanhos, com um magnetismo imensurável, que brilhavam como uma estrela quando me olhavam, estavam baixos. Submissos. Seus longos e levemente ondulados cabelos castanhos caíam sobre a pele rosada de seus seios nus. Seu corpo estava visivelmente palpitante. Até seus mamilos pareciam latejar, esperando minha voz. Meu comando.
-Entre e feche a porta - eu disse olhando em seus olhos.
Com passos sutis, quase instantâneamente ela obedeceu. Entrou, e, com todo cuidado, fechou a porta. Parou em frente a mim, com os dedos se tocando em frente ao corpo, hesitante.
-Você sabe o que fez ontem? - eu a questionei - entende a gravidade de seus atos?
-Sim senhor. Eu sei - ela respondeu, relutante - e eu entendo agora o que causei.
-O que acha que vou fazer agora?
-Me punir - ela respondeu cabisbaixa.
-E como acha que vou te punir?
-Eu não sei, meu senhor.
E não sabia mesmo. Nada que eu fizesse com ela iria ser suficiente. Ela havia me traído. Havia quebrado minha confiança. Nenhuma punição seria suficiente. A não ser uma.
-Olhe para mim!
Ela levantou a cabeça, com os olhos lacrimejando, semicerrados. Ela estava arrependida. Estava consternada. E acima de tudo, estava horrivelmente triste.
-Me entregue a coleira.
-Senhor, eu...
-Cale-se! - eu a interrompi, com minha voz irritada, quase parecendo um rosnado - Não quero mais desculpas! Entregue a coleira, vista-se, arrume suas coisas e vá em bora! Não quero mais te ver! Não merece que eu te chame de minha. Essa é sua punição!
Chorando, me olhando nos olhos, levou as mãos de vagar até a fivela da coleira, e a soltou. Olhou a tira de couro preto com fivelas douradas por um momento, antes de colocá-la no suporte.
-Adeus Lorde Thommas. Que sua vida seja satisfatória. E por favor, não me odeie.
Eu não respondi. Queria tocá-la uma última vez. Não como submissa, mas como mulher. Seu corpo tinha curvas lindas. Seus seios eram fartos, e seus mamilos eram invertidos. O quadril largo contrastando com a cintura fina, as coxas grossas e a bunda também farta e empinada, fazuam-me sentir um desejo quase incontrolável.
Minha boca estava seca. Eu precisava dela.
-Eu não te odeio. Mas tenho um último pedido.
-E qual é?
-Seja minha, mas dessa vez, como mulher. Mas essa é a última vez. Então, nos dê essa despedida.
Eu levantei, e andei até ela. E ela estava me olhando. Suas bochechas estavam vermelhas, e sua boca entreaberta. Segurei sua cintura. Sua pele era macia, e estava quente. Puxei ela para perto, e pude sentir seus seios pressionando meu peito. Sua respiração estava entrecortada. Eu aproximei minha boca da dela, sentindo sua respiração, e seu hálito doce. E ela me beijou. Foi um beijo longo, e quente. Na mesma hora fiquei excitado. Comecei a beijar sua bochecha, descendo por seu pescoço. Subi as mãos de sua cintura, passando suavemente em sua pele até seus seios. E eles eram macios. E encravei os dedos em seus mamilos, fazendo ela gemer e ter espasmos. Desci uma das mãos por seu corpo, de vagar, me deliciando com cada centímetro de sua pele. Coloquei um dos dedos na área entre suas pernas. Estava molhado. Quando achei o ponto, ela estremeceu, e levantou uma das pernas, para eu poder manejar melhor. Então coloquei um dedo dentro dela. Estava muito quente e incrivelmente molhado. Era uma sensação indescritível. Com as mãos, ela abriu meu cinto, meu zíper, tirou minha calça e pois meu pênis para fora. Se ajoelhou, e começou a lamber a cabeça. Ela o engoliu várias vezes. Então eu não resisti. Queria estar dentro dela. Eu a levantei pelas coxas, encostei-a na parede, e entrei. Uma estocada leve a fez gemer baixinho. Mas eu queria que ela gritasse. Estoquei cada vez mais forte e mais rápido, até perceber que ela não ia se controlar. Me empurrou da parede, me agarrou pelos ombros, me jogou na cama, sentiu por cima de mim e me colocou dentro. Começou a cavalgar de um jeito que eu nem sabia ser possível. Eu gemi, e ela gritava, e continuamos assim até o clímax. Foi um momento de relaxamento e prazer único. Mas ela foi em bora depois daquilo. E eu fiquei sozinho naquela maldita casa.

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Muito mais que apenas roxo
ChickLitUm Dominador, e suas duas posses, num mistério horrendo.