Brigas, bilhetes e beijos | α∂αρтαçãσ ѕρяσυѕєнαят

0.6 | Letter from an unknown

boa leitura mozamores 🌸
{0.6 | carta de uma desconhecida}

🌸🌸🌸

Depois daquela segunda estressante, terça e quarta passaram em branco: nada de Paulo, nada de provocações e nada de bilhetes.

Lili já começava a pensar que seu bilhete tinha sido mesmo entendido como uma cortada.

Na quinta-feira pela manhã, Lili andou de vagar pelo menos caminho de sempre sem nenhuma expectativa.

Quase como se fosse rotina, olhou para árvore: estava se achando uma boba, iludida por um bilhetinho que pod tia g r sido para ela.

"Aí, será que eu devo me dar o trabalho de ir até lá?" , pensou, enquanto seus pés automaticamente trilhavam o caminho rumo à árvore.

Chegando perto, ela viu. Parecia mesmo um bilhetinho, enrolado na fenda do tronco. Chegou perto e pegou.

Por alguns segundos, qualquer coisa poderia estar escrita ali. Qualquer coisa que ela adoraria ler, qualquer coisa que ela odiasse, qualquer coisa que pudesse  fazer seu coração disparar.

Eu acho que não é o amor que dói.
São as pessoas que machucam.
Ninguém parece ser o que é, a gente se assusta.
As pessoas esperam algo de você quando nem mesmo te conhecem.
Parece que passam de mão em mão, sem pensar, sem sentir.
Já reparou que ninguém mas sente?
Eu queria conhecer alguém que saiba sentir e não se envergonhe disso.

"As pessoas machucam", repetiu Lili, concordando.

Como ela sabia disso! As pessoas podiam ser tão cruéis, tudo podia perder o sentido.

Será que o amor também da sustos? Será que o amor "é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer", como dizia seu poema preferidos de Camões? Será que é tão bom e tão sofrido assim?

  ɛu รiɳtѳ. รiɳtѳ ɑté ɗɛ ɱɑiร, ɑté cɦѳʀɑʀ, ɑté รɑɳgʀɑʀ. รiɳcɛʀɑɱɛɳtɛ, ɑcɦѳ quɛ รɛʀiɑ ɱɛʆɦѳʀ รɛ ɛu ɳãѳ รѳԲʀɛรรɛ tɑɳtѳ. ɱɑร ɳãѳ cѳɳรigѳ ɛѵitɑʀ. tɛɳtѳ ɳãѳ ɱɑcɦucɑʀ ɳiɳguéɱ, ɱɑร pɑʀɛcɛ quɛ ɳiɳguéɱ, pɛɳรɑ ɛɱ ɳãѳ ɱɛ ɱɑcɦucɑʀ. รiɳtѳ ʀɑiѵɑ, รiɳtѳ ɱɛɗѳ, ɱɛ รiɳtѳ รѳziɳɦɑ. ɛ é ѵɛʀɗɑɗɛ, ɑร pɛรรѳɑร ɛรpɛʀɑɱ ɑʆgѳ ɗɛ ɳóร pѳʀquɛ ɳѳร ʝuʆgɑɱ pɛʆɑ ɑpɑʀêɳciɑ. ɛ ɱiɳɦɑ ɑpɑʀêɳciɑ pɑʀɛcɛ Բɑʆɑʀ ɱuitѳ ɱɑiร ɑʆtѳ ɗѳ quɛ ɑ ɱiɳɦɑ ѵѳz. ɳãѳ iɱpѳʀtɑ ѳ quɛ ɛu Բɑçɑ, รɛʀɛi รɛɱpʀɛ ɑ gѳʀɗiɳɦɑ. รiɱ, cɑรѳ ѵѳcê ɳãѳ รɑiɓɑ (ɛ cѳɱѳ pѳɗɛʀiɑ รɑɓɛʀ?), ɛu รѳu gѳʀɗiɳɦɑ. gѳรtɑʀiɑ quɛ ɑร pɛรรѳɑร ѵiรรɛɱ quɛ ɛu ɳãѳ รѳu รó iรรѳ, ɱɑร ɳãѳ tɛɳɦѳ ɳɛɱ cɦɑɳcɛ. ɳiɳguéɱ pʀɛรtɑ ɑtɛɳçãѳ ɳѳ quɛ ɛu Բɑʆѳ, รó ɳѳ ɱɛu cѳʀpѳ, quɛ ɛu quɛʀѳ ɛรcѳɳɗɛʀ. ɳɛɱ ɑcʀɛɗitѳ quɛ ɛรtѳu Բɑʆɑɳɗѳ tuɗѳ iรรѳ pʀɑ ѵѳcê, quɛ ɛu ɳɛɱ cѳɳɦɛçѳ. ɱɑร ɱɛ รiɳtѳ รɛguʀɑ pѳʀquɛ ѵѳcê ɳãѳ ɛรtá ɱɛ ѵɛɳɗѳ ɛ ɛu pѳรรѳ cѳɳѵɛʀรɑʀ cѳɱ ѵѳcê cѳɱѳ รɛ ɛรtiѵɛรรɛ ɳѳ ɛรcuʀѳ. ɛ ɛu ɱɛ รiɳtѳ รɛguʀɑ ɳɑ ɛรcuʀiɗãѳ.