Seis

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Minha mente estava a mil, várias situações e paranóias passando pela minha cabeça. Esse encontro com o Christopher abalou comigo, se dissesse que não, estaria mentindo. A noite foi longa.

Pela manhã me assusto com risadas e conversas lá em baixo. Eu apenas ignoro, só podia ser loucura da minha mente, não tem ninguém aqui além da minha mãe e eu. Me levantei indo em direção ao banheiro, faço minhas higienes matinais e aproveito a disposição e tomo um banho rápido. Visto um short com algumas estampas e uma regata lisa preta, pego meu celular em cima da cômoda e desço as escadas olhando o mesmo.

As risadas e a conversa ganharam um tom mais alto quando comecei a chegar perto da sala. Eu não estava ficando louca. Essas vozes, essa risada em específico. Minha mãe não pôde ter feito isso comigo.

Não pode ser.

— O que vocês estão fazendo aqui? — pergunto parada na porta da sala e eu vejo um sorriso surgi no rosto dos quatro, bom, eu não me interessei em olhar para o Christopher por mais que quisesse.

— Tenho uma novidade filha! — minha mãe se levanta do sofá com um sorriso enorme e vem até a mim. — Esses dias que eles estarão aqui por Chicago, eles irão ficar hospedados aqui.

— O que?

— A crise chega para todos um dia mãe! — Erick diz rindo.

— É mentira dele, eu que os chamei, estava com saudades. —  dona Luciana, vulgo minha mãe, diz quase dando pulinhos de alegria.

— Posso conversar com você um pouco? — antes que ela pudesse responder, a seguro pelo pulso e puxo ela até a cozinha. — Tava com saudades? — ela balança a cabeça positivamente. — Até do príncipe que colocou um par de chifres na sua filha?

— Jade.

— Mãe. — tento fazer uma imitação dela. — A não ser que você acredite nele. — ela permanece em silêncio. — Mais é claro, você também está do lado dele.

— Não é questão de lado Jade, você conhece a Manuela e sabe o que ela é capaz de fazer quando quer algo. — ela dá uma pausa. — Não precisa confiar nele, confie em sua mãe.

— Jogo baixo senhora Luciana. — passo a mão pelo meu rosto. — Vou fingir que ele não existe aqui, a parti de hoje ele é invisível, não o vejo, não converso com ele, não o escuto.

— Sei. — ela diz rindo.

— Mãe. — A repreendo.

— A verdade apenas filha. — ela piscou o olho e deu um sorriso, a mesma voltou para a sala e decido ficar pela cozinha, longe dele. Aproveito e tomo meu café da manhã.

•••

Por mais que eu ame não fazer nada, estava no maior tédio dentro desse quarto. A tarde passou bem rápido, não tive como fazer algo de produtivo pois eu dormi praticamente ela toda. Me levanto da cama calço minhas sandálias e desço. Ficar sozinha em casa, antes era mais legal. Abro os armários da cozinha e pego a primeira coisa que vi. Miojo.

Pelo menos isso sei fazer.

Pego uma panela, coloco a água e a ponho no fogão.
Volto ao armário e pego um copo, despejo um pouco de suco que encontrei na geladeira no mesmo e começo a beber ainda em pé encostada na ilha da cozinha.

Segundos depois a porta de casa se abre e a alegria da casa como minha mãe diz, adentraram em minha residência. Eles seguiram o caminho do corredor e nem me notaram ali. Bom, não todos, o que eu menos desejava ver naquele momento, simplesmente foi o que não seguiu o caminho dos outros. Christopher.

— Oi Jade. — diz e abre a geladeira pegando uma garrafa com água.

O ignoro e vou colocar meu miojo na água que já estava fervendo.

— Oii. — ele repete. Não é possível que ele ainda não percebeu que não queria falar com ele.

Volto meu olhar ao copo de suco e não dou muita atenção a ele abrindo as portas dos armários. Meu dedos percorriam toda a boca do copo, estava me esforçando o máximo para não olhá-lo. Só que parece que ele não. Ele parou na minha frente colocando suas mãos na ilha me prendendo contra a mesma. Minha atenção ainda era o copo, mas parei de lutar contra isso, no momento que nossos olhares se encontraram um sorriso de lado surgiu em seu rosto ao ver meu corpo se arrepiar. Minha respiração começou a acelerar, ele ali perto tão perto de mim, ainda que não falasse nada, ali era onde eu queria estar.
Ele levou uma das suas mãos até meu cabelo, onde começou a alisá-lo, os dedos dele percorreram o caminho do meu ombro até meu pescoço. Fecho meus olhos para apreciar cada sensação que o seu toque me fazia sentir. Sentia sua respiração se aproximando cada vez mais da minha boca. Quando sinto algo nos meus pés, patas mais especificamente. Christopher deposita um beijo em minha bochecha e eu bufo quando ele se afasta de mim.

— Odin, mamãe nunca ficou tão chateada com você como fiquei agora. — sussurro e o solto no chão, quando levanto novamente o Christopher não estava mais ali, os vestígios do seu perfume ficaram para trás, deixando um sorriso bobo estampado meu rosto.

(...)




















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Iae? Continua? 😁❤

Não se esqueçam de deixar a estrelinha brilhando ⭐
Espero muito que estejam gostando ❤

• Te Encontré || ⊰ Christopher VelezOnde histórias criam vida. Descubra agora