Youngjae andava atrás de Jaebeom, silenciosamente. Já havia anoitecido, as múltiplas luzes dos estabelecimentos estavam acessas, revelando uma infinidade de lojas e restaurantes. Nenhum dos dois conversavam, apenas se ouvia o sons de seus calçados e o som oco da bengala de madeira batendo no chão. No silêncio ensurdecedor, destacava-se o barulho dos carros passando ao lado dos jovens, os quais andavam calmamente pela calçada estreita da cidade.
— Aonde vamos? — Choi se apressou para ficar ao lado de Jaebeom.
— Rua Myeongdong, número 131. Uns cinco minutos andando.
A rua logo veio à mente de Youngjae, apesar de não ser uma avenida, era uma das ruas mais movimentadas de Seul; inúmeras pessoas a frequentavam diariamente, empolgadas com tantas possibilidades de compras. É um lugar ideal para se ir, menos para um assassino.
— Acha que ele vai aparecer lá? — o menor o olhou, confuso.
— O assassino é um homem inteligente. — Jaebeom continuou olhando para frente, caminhando firmemente. — E quanto mais espertos, mais querem ser pegos.
— Por quê?
— Porque querem reconhecimento, ficar sob a luz dos holofotes. — Jaebeom suspirou. — O defeito de um gênio é querer ser elogiado.
— Pois é... — O loiro riu internamente. Im parecia estar falando sobre si mesmo.
— Ele caça suas vítimas, escolhe-as no meio da cidade e as sequestra. As quatro vítimas anteriores foram levadas de locais movimentados, mas ninguém percebeu. A pergunta é: Como? — O detetive parou subitamente no meio da calçada. — Jaebeom, pense! Em quem confiamos, sem nem conhecer? Quem passa despercebido por onde for? Quem caça no meio da multidão?
— Não sei... — Youngjae respondeu olhando para o horizonte, mesmo sabendo que aquelas perguntas não tinham sido feitas diretamente a ele.
Segundos depois, virando em direção ao loiro, Im mudou completamente de expressão, indo para uma próxima de amigável, Youngjae diria.
— Está com fome?
▫️▫️▫️
Jaebeom o guiou para um pequeno café-restaurante ao estilo francês, sua decoração parecia vir diretamente dos anos 20, sendo composta majoritariamente de madeira e porcelanatos elegantes. Im seguiu para uma mesa com duas cadeiras ao lado de uma parede de vidro, a qual dava ampla visão para a rua iluminada. Em cima dela, Youngjae notou uma pequena plaquinha escrito "Reservado".
Reservado?
— Sente-se. — Im apontou para a cadeira, de forma estranhamente gentil.
— Jaebeom, que honra tê-lo aqui! — Um homem robusto e de cabelos ruivos se aproximou dos dois, suas vestes elegantes combinadas com o alvo avental o denunciavam ser dono do estabelecimento. Segurando dois cardápios, eles os entregou, sorridente, enquanto deixava em cima da mesa uma pequena cestinha com pães. — Peça qualquer coisa, por minha conta. Tudo de graça para você... — hesitou — e seu namorado.
— Não, não, não somos namorados. — Exasperado, Youngjae negou com as mãos.
— Não precisa se preocupar. — Ele sorriu simpaticamente. — Jaebeom me salvou.
—Este é Louie. — Im virou-se para Youngjae, como se lesse a confusão nos olhos do menor. — Há 3 anos, provei a Yugyeom que, durante um assassinato, Louie estava em outro lugar, invadindo uma casa e... aconteceu algo depois?
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UM ESTUDO EM VERMELHO | 2jae
FanfictionIm Jaebeom, um detetive arrogante e irônico, divide apartamento com Choi Youngjae, ex-médico de guerra. Este que, após voltar da Coreia do Norte, o destino o coloca no caminho do jovem detetive e seu velho apartamento na 221B Baker Street. A razão...