Capítulo 7

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Youngjae andava atrás de Jaebeom, silenciosamente. Já havia anoitecido, as múltiplas luzes dos estabelecimentos estavam acessas, revelando uma infinidade de lojas e restaurantes. Nenhum dos dois conversavam, apenas se ouvia o sons de seus calçados e o som oco da bengala de madeira batendo no chão. No silêncio ensurdecedor, destacava-se o barulho dos carros passando ao lado dos jovens, os quais andavam calmamente pela calçada estreita da cidade.

— Aonde vamos? — Choi se apressou para ficar ao lado de Jaebeom.

— Rua Myeongdong, número 131. Uns cinco minutos andando.

A rua logo veio à mente de Youngjae, apesar de não ser uma avenida, era uma das ruas mais movimentadas de Seul; inúmeras pessoas a frequentavam diariamente, empolgadas com tantas possibilidades de compras. É um lugar ideal para se ir, menos para um assassino.

— Acha que ele vai aparecer lá? — o menor o olhou, confuso.

— O assassino é um homem inteligente. — Jaebeom continuou olhando para frente, caminhando firmemente. — E quanto mais espertos, mais querem ser pegos.

— Por quê?

— Porque querem reconhecimento, ficar sob a luz dos holofotes. — Jaebeom suspirou. — O defeito de um gênio é querer ser elogiado.

— Pois é... — O loiro riu internamente. Im parecia estar falando sobre si mesmo.

— Ele caça suas vítimas, escolhe-as no meio da cidade e as sequestra. As quatro vítimas anteriores foram levadas de locais movimentados, mas ninguém percebeu. A pergunta é: Como? — O detetive  parou subitamente no meio da calçada. — Jaebeom, pense! Em quem confiamos, sem nem conhecer? Quem passa despercebido por onde for? Quem caça no meio da multidão?

— Não sei... — Youngjae respondeu olhando para o horizonte, mesmo sabendo que aquelas perguntas não tinham sido feitas diretamente a ele.

Segundos depois, virando em direção ao loiro, Im mudou completamente de expressão, indo para uma próxima de amigável, Youngjae diria.

— Está com fome?

▫️▫️▫️

Jaebeom o guiou para um pequeno café-restaurante ao estilo francês, sua decoração parecia vir diretamente dos anos 20, sendo composta majoritariamente de madeira e porcelanatos elegantes. Im seguiu para uma mesa com duas cadeiras ao lado de uma parede de vidro, a qual dava ampla visão para a rua iluminada. Em cima dela, Youngjae notou uma pequena plaquinha escrito "Reservado".

Reservado?

— Sente-se. — Im apontou para a cadeira, de forma estranhamente gentil.

— Jaebeom, que honra tê-lo aqui! — Um homem robusto e de cabelos ruivos se aproximou dos dois, suas vestes elegantes combinadas com o alvo avental o denunciavam ser dono do estabelecimento. Segurando dois cardápios, eles os entregou, sorridente, enquanto deixava em cima da mesa uma pequena cestinha com pães. —   Peça qualquer coisa, por minha conta. Tudo de graça para você... — hesitou — e seu namorado.

— Não, não, não somos namorados. — Exasperado, Youngjae negou com as mãos.

— Não precisa se preocupar. — Ele sorriu simpaticamente. — Jaebeom me salvou.

—Este é Louie. — Im virou-se para Youngjae, como se lesse a confusão nos olhos do menor. — Há 3 anos, provei a Yugyeom que, durante um assassinato, Louie estava em outro lugar, invadindo uma casa e... aconteceu algo depois?

UM ESTUDO EM VERMELHO | 2jaeOnde histórias criam vida. Descubra agora