Cap. 29 - Verão e final feliz

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Penúltimo capítulo de Isso é tão Solange!












"Eletrifique o meu coração..."
Isso é tão Solange!












Quando eu era pequena, eu tinha problemas de socialização. De certa forma, quando Elis entrou pela porta de minha casa com sua avó... Eu sabia que isso mudaria.

Sua mãe havia morrido, ela se mudou para a fazenda da sr.a Lea com apenas quatro anos. Então, logo, logo ela fez amizades com várias crianças.

Ela, obviamente, cresceu comigo graças à sua avó. Mas... claro que ela não seria apenas minha amiga por muito tempo.

Elis me ajudou. Ela me apresentou a seus amigos, me fez fazer brincadeiras de criança estúpidas... sempre me senti em casa com eles. Mas eu realmente nunca consegui me aproximar deles. A não ser Elis.

Ela me irritava. Ela era muito simpática. Muito amigável. Alegre e energética. Me irritava e me tirava do sério. Me tirava da zona de conforto e eu a amava por isso. Ela nunca desistiu de mim. E quando saí de Texas, ela não se despediu de mim.

Ela disse que se fosse uma despedida, seria como dizer que nunca mais nos veríamos. E ela sentia que algum dia eu voltaria.

Bem... ela estava totalmente certa sobre isso.

Naquele dia, eu estava certa sobre o adeus de Jake. Que na verdade... Nunca foi um adeus.

Me dediquei a mim.
A todo o momento eu queria saber de minha filha. Sim, foi naquele dia que Lea me disse que podia ser uma menina. E eu acreditei nela. Acreditei porque queria que fosse. Estava na casa de Lea e Elis por algumas semanas agora. Mas não conseguia apenas ficar lá.

Hoje faria dois meses desde a carta do Jake. O prazo havia terminado.

Mas não tive coragem de apenas ir para lá. Estava magoada. Por isso, eu atrasei esse prazo dois dias. E talvez... talvez Jake tenha desistido.

Digo... Talvez ele tenha ido para lá. Mas... à falta de resposta... talvez... não. Ele prometeu. Jake não quebra promessas. Eu o conheço.

Estava tão perdida na angústia, que não via saída nenhuma para os meus problemas. Resolvi me esconder para me proteger.

Estava grávida, sozinha, e em semanas faria dezassete anos.

Que final feliz. Não é mesmo?

Respirei fundo e bebi a água. Olhei para o lugar, certa de que algum dia voltaria.

"Adeus Mamãe." Disse para mim mesma. Apenas aquela casa me fazia lembrar dela. Tudo que eu queria era lembrar dela, afinal.

Nunca foi questão de desobedecer meu pai, ou de fugir dos problemas - Coisa que faço muito.

Enfeitar os problemas com purpurina, para que então possa sorrir quando olhá-los e fingir que eles não existem:
Eu o fazia melhor que ninguém. Ignorava os meus problemas.

Mas hoje não faria. Eu enfrentaria tudo aquilo. E o faria sozinha. Com quase nove meses de gravidez, eu iria encontrar com Jake. Eu o faria. Iria sozinha até lá. Dessa vez, não havia ninguém para segurar meu mundo. Nem London, nem minha mãe, nem Elis, nem Ozzie, nem Lea, nem Grace.... Nem Jake. Eu o faria sozinha. Provaria a mim mesma que era capaz do que quisesse.

Essa era a minha epifania. Eu me tornei mais forte para mim mesma.

Molhei os lábios e olhei mais uma vez o lugar. Eu voltaria. Não abandonaria ela.

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