Como ser injustiçado

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Por favor deêm amor para essa fanfic, ela é meu xodozinho, eu amo ela e escrevo com muito carinho mesmo.


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 Andava com pressa entre os corredores da escola, meus dedos já estavam dormentes e provavelmente brancos com tamanha a força que colocava sobre a alça da mochila.

Mordiscava a pele do interior da bochecha, deixando vários buraquinhos a cada região que dava.

E tudo isso eram resultados de uma mistura de nervosismo, ansiedade, medo, raiva entre outros.

Como eu poderia me esquecer de uma das minhas regras?

"Não discuta com professores, principalmente os de filosofia e ensino religioso"

Tudo começou com uma simples — nem tanto assim — discussão na sala, o que acabou com a minha pessoa indo parar na sala de detenção depois da aula, por um motivo completamente injusto.

Estava na aula de ensino religioso, quando o professor começou a fazer comentários homofóbicos, o que gerou um grande tumulto, e no meio disso tudo, o único punido foi o moreno assim teria que ficar uma hora na sala repleta de alunos problemáticos.

Não tinha muitos alunos nos corredores, os sons dos passos ecoavam por toda a extensão do corredor, repleto de armários de alumínio nas paredes, que variavam em tons de azul, mesmo que minha cor favorita seja vermelho, o azul me acalmava mentalmente.

Mais um pouco e parei em frente à porta de madeira clara, com a placa escrita "detenção", ótimo, irei passar por essa humilhação, mas o diretor ouviria poucas e boas, não aceitaria um profissional da educação lançando comentários preconceituosos durante a aula.

Respirei fundo apertando a maçaneta de tonalidade cobre a girando em seguida.

As portas do inferno foram abertas.

— Senhor Jeon? — Senhora Shogun, uma das professoras que claramente não deveriam mais estar dando aulas e sim em um museu, minha mãe me diz que desde que ela estudava na minha escola a senhora Shogun dava aulas, e cá entre nós, não que a minha mãe seja velha, mas, já são muitos anos de profissão.

Senhora Shogun era aqueles velhas implicantes que a escola inteira odeia, e era substituta em todas as matérias possíveis.

Apenas adentrei na sala sem encarar para os alunos já presentes, colocando o papel da detenção sobre a mesa permitindo a mais velha a ler com atenção.

— Discussão em sala de aula? — murmurou mais para si mesma, colocando seu olhar sobre mim — Pode se sentar onde quiser, antes deixe seus aparelhos eletrônicos sobre a mesa, às regras são claras, não converse, não leia, não durma, caso faça alguma delas: mais meia hora.

Foram as últimas palavras dela, realmente esperava que ela pudesse me dar um desconto, já que não dou trabalho em suas aulas, me enganei, tomara que quando morrer seu corpo seja embalsamado e colocado no museu da cidade.

Coloquei meu celular na mesa a contra gosto, bufando alto mostrando minha indignação, vida que segue vou colocar minha vó pra fazer panelaço nisso daqui.

Passei os olhos pela sala avistando uma mesa vaga na última fileira, na verdade as três mesas vazias próximas da última do canto onde um garoto estava sentado. Mais uma olhada pela sala e realmente preferi o colega de moletom a o cara que um dia presenciei socando uma árvore no pátio.

Como brincar com fogo - pjm + jjkWhere stories live. Discover now