Recebido por anjos

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Texto por Cleyton missac

(Deus a camareira e o escritor )

Capitulo II. O encontro

-- Boa noite . -- Disse logo que cheguei a portaria do hotel ao homem que não retribui a cordialidade.

--- Boa noite --Insisti ao homem que de novo não retribuiu .

E apesar de passar das três da manhã eu não tinha o costume de me referir as trevas como dia .

-- Você deve ser o escritor ... ?-- Indagou surpreendentemente o homem antes que eu pudesse de alguma forma me apresentar .

-- Como assim ...? -- Repliquei intrigado .

-- Vá até a recepção , estão o aguardando. -- Disse aquele homem outra vez sem me esclarecer qualquer coisa .

Porém sem replicar atravessei a enorme porta e continuei a andar em direção a indicada e proposta recepção.

Fiquei a imaginar o quão fora enigmático aquele homem ou se ele realmente era somente um porteiro , decerto que sim , pois estava vestido como tal , mas ao se levar em conta sua proeza , aquilo despertou em mim algum tipo de dúvida .

Ele era alto e gordo , aparentava ter uns cinquenta e cinco anos , extremamente alvo , seu uniforme apertado salientava uma giba que parecia inclinar seu curto pescoço e pô-lo na direção de quem estivesse de frente para ele e que sumia por entre a enorme gola da camisa , suas mãos eram grossas e o képe parecia se perder sobre sua cabeça grande e deixando a mostra seus ralos cabelos frontais tingidos de ruivo e a testa avantajada .

O traje era bem temático e peculiar por assim se constatar , que talvez salientasse e refletisse uma época deverás revolucionária e subversiva em que os ataques massivos dizimaram de vez com os privilégios feudais , aristocratas e religiosos destacando assim uma França idealista porém sem perder seu romantismo.

Segui por aquele largo e comprido corredor observando toda sua arquitetura clássica do piso ao teto em mármore e gesso .

Suas molduras sincronizadas e em colonial .

A decoração e seus adornos.

Os lustres parisienses , imaginei .Os enormes relógios em algarismo romano e as esculturas e quadros que retratavam o período Napoleônico de Napoleão Bonaparte que logo depois do golpe militar foi instituído o consulado tornando-se primeiro-cônsul e depois por meio de plebiscito foi autorizado a assumir o titulo de imperador se bem que antes ele já havia se autoproclamado , mais um busto do general Júlio César seu maior ídolo como também uma estátua da camponesa Joana D'arc santa padroeira da França e o arquétipo irônico de todos os tempos que de analfabeta ganhara fenomenalmente à atenção de todos passando a heroína e que de bruxa tornou-se santa , notei também os quadros com fotografias em preto e branco da cidade maravilhosa e de Paris . Naquele mesmo espaço sentido ala leste a esquerda havia uma loja de joias e uma butique.

Chegando finalmente a recepção fui recebido por um rapaz de porte médio, magro , de e cor branca , cabelos caracolados e loiros , olhos azuis e bem vestido que se portou pariformemente como o homem da portaria não retribuindo a cordialidade e muito menos respondendo as minhas perguntas e , que também parecendo saber quem eu era e para onde eu estava indo apenas pegou o telefone e efetuou uma chamada e em seguida colocou o telefone no gancho.

Depois de um lapso de tempo escutei uma voz grave e jovial mas um tanto descompassada que pareceu bater na minha nuca antes de entrar pelos meus ouvidos.

-- Estou aqui Archanjo Gabriel número hum bilhão seiscentos e quarenta e seis milhões setecentos e noventa e três mil trezentos e nove . -- Disse grave e rapidamente o simpático jovem de uniformizado igual ao do homem da portaria.

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