Bullet

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Namjoon's P.O.V

Kim Namjoon. Tenho 20 anos e 1,81 de altura. Cabelos e olhos negros, covinhas e mãos grandes.

"Namjoon! Cuidado!" Me abaixo, liberando o caminho para deixar passar uma bala por cima da minha cabeça. Suspiro aliviado, usando algumas das caixas mal empilhadas no convés de escudo. Não garanto que vão parar as balas mas se tentarem me acertar, posso me abaixar novamente. Quietinho, quase imóvel, posiciono a arma e coloco a mira onde vejo que o indivíduo não tem proteção, levando em conta a direção e a força do vento, o intervalo de tempo entre uma balançada da balsa e outra e a maneira como se mexe. Respiro fundo. Não posso errar agora. Seguro a respiração e puxo o gatilho. Graças ao silenciador, ele não ouve o tiro, nunca nem pensaria em olhar para cá se não fosse pela bala atravessando sua garganta. O indivíduo solta a arma, pasmo, tentando com as mãos tapar o buraco da bala, agora encharcado de sangue.

Sou policial. Você acabou de ler como eu concluí satisfatoriamente bem minha primeira missão. Órfão muito novo, fui criado por tios também policiais. Cresci ouvindo suas histórias, me arrepiando sempre que as ouvia, mesmo já tendo decorado cada vírgula de cada uma delas. Acho que isso influenciou em mim. Desde pequeno, graças a falta de noção de meu tio, visitava quase todos os dias a delegacia, acompanhando-o no escritório e me empolgando enquanto via-o treinar com seus colegas de trabalho. Não poderia estar mais feliz.
Meu chefe me conhece desde pequeno, desde que dei as caras por lá pela primeira vez, mas mesmo assim, quis esperar, quis me treinar fortemente, quase fez de mim uma máquina, esperando que eu fosse o melhor. Tenho minhas dúvidas sobre.

"Muito bem, Namjoon!" Ergo o rosto, um pouco assustado, sentindo o sangue sendo drenado do meu rosto, mas sorrio. Jackson me parabeniza com tapinhas na parte de trás da cabeça. "Tá bom. Obrigado mas agora me ajuda a levantar, antes que eu caía e aí não tem quem me levante." Ele ri e me ajuda a levantar. Vejo alguns colegas de equipe arrastando um corpo para fora da balsa. Baixo o rosto, desconcertado, esfregando a nuca enquanto sinto muitos olhares focando em mim. Sinto uma energia ruim em alguns pontos. Com raiva de mim. Estão com raiva de mim. Mas... por quê? Suspiro fundo e entro na viatura, ignorando os outros. Puxo o cinto e encosto a cabeça na janela, esperando Jackson entrar e nos levar de volta para a delegacia. Acho que nunca quis tanto voltar para casa.
Cochilo com o balanço leve do carro pelas ruas vazias da madrugada, um vento gelado batendo no meu rosto, me deixando com mais sono ainda. Pouco me importa se eu chegar lá com cara de sono.

"Ya...!? Namjoon!? Acorde! Já chegamos." Abro os olhos, esfregando-os com os dedos um pouco ralados, e saio do carro, bocejando até lá dentro. Guardo algumas coisas, pego meus pertences e saio sem falar com ninguém além da voz na minha cabeça, que calcula quanto tempo tenho para dormir. Não o tanto que queria, mas não posso fazer nada a respeito.
Um dos únicos pontos positivos de dirigir durante a madrugada é o silêncio das ruas desérticas. Posso pensar em paz enquanto dirijo.

"Ei... Rapmon... Está dormindo...?" Pergunto aos bocejos. Me animo quando vejo tentar correr e errar a curva, derrapando e batendo na parede antes de chegar até mim. Sento no chão, acariciando um pouco abaixo de suas orelhas enquanto ele tenta lamber meu rosto. "Por que não está dormindo? Já não pedi para não me esperar acordado?" Sorrio levantando "Está com fome? Parece que sim" abasteço o pote de ração, troco a água e vou tomar um banho, não vou conseguir dormir sem tomar banho antes.

"Rapmon..." Repreendo quando o mesmo sobe na cama e deita ao meu lado. "Aish! Ok, Okay. Só hoje, mas é porque eu estou com muito sono e você está quentinho. Então..." Puxo-o pertinho de mim, o abraçando. Sinto sua respiração calma, cada vez mais devagar. "Pff, seu pelo não é comestível..." Faço uma careta de nojo quando ele ergue a cabeça e faz com que eu respire pelos brancos. Sopro tudo tentando livrar-me dos pelos enquanto rio "amanhã eu dou um jeitinho nisso." Resmungo, voltando a dormir num sono leve. Devo chamar isso de dormir? Não passa de cochilar.

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"Ei! Você! Erga a cabeça! Mãos para cima, vamos atirar!" Ajeito o capuz com um leve movimento da mão direita, não obedecendo a eles. "Ultimo aviso!" Me ameaçam. Sinceramente não tenho medo de ser metralhado. "Vocês têm certeza de que deveriam ameaçar um policial? Não me parece uma boa ideia..." Balanço e ergo a cabeça, procurando pelos atiradores, preciso saber de onde virão as balas.
Ao som do primeiro disposto, desvio por pouco da primeira bala, pego a tampa de metal de um lixeiro e arremesso no primeiro atirador. O círculo rasga o ar e bate na cabeça dele, fazendo que caia inconsciente no chão. Uma bala pega de raspão no meu braço, arrancando pele e sangue do meu braço esquerdo. Me escondo na parede da torre onde se encontra, ele desce, procurando por mim, agarro-o por trás e pressiono seu pescoço, impedindo a entrada e saída do ar. Engasgado, deixo que seu corpo caia no chão, com o rosto roxo pela falta de oxigênio.
Subo as escadas, atento, sentindo constantemente a arma na cintura, enxergo um braço grande e musculoso, deve estar encostado na parede, de vigia. Posso ver o corpo da mulher sentada na cadeira, cheia de sangue, as mãos amarradas às costas. Puxo a arma sem fazer barulho e encosto-a no pescoço do sujeito, pressionando o gatilho. Ele cai duro perto da mesa e da mulher, que parece mais desesperada a cada segundo. Não demoro muito, subo na mesa e arranco a lâmpada do teto, apertando-a e consequentemente quebrando-a. Mais um homem sai detrás de uma cortina, tem sangue em suas mãos e sua expressão é de confusão. Antes que ele possa reagir, chego até ele e bato com força o teaser em sua cabeça. Não precisei usar a lâmpada. Algemo o sujeito e pego o rádio para comunicar a estação.
"Você está bem? Quer dizer, bem mesmo não mas... Pelo menos não morreu" sorrio tentando melhorar o clima enquanto desamarro a mulher. Ela parece grata mas muito assustada ao mesmo tempo. Imagino o que ela não deve ter passado nesse lugar...

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Foi um capítulo mais curtinho, ok? Só para apresentar o Moonie mesmo, já que agora é uma peça crucial da nossa história.

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Chuchu
Beijinhos da Mimi
Boa noite, lollipops

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