28 - Forma de pensar!

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Jake esperou que a menina se sentasse para ele se ajustar, Killian fez o mesmo e a senhora se retirou para que o grupo se alimentasse em paz. Os jovens rapidamente começaram a comer até que o avô do rapaz aparece se sentando a ponta da mesa bem ao lado de Hally e Giulia, as deixando tensa pelo modo como se aproximou de repente e colocou os cotovelos acima da mesa, se virou para a garota e a observou bem de perto.

"Então você é filha de Demétrio?!" - a menina arqueia uma sobrancelha e volta a morder o pão que estava em mãos deixando o homem incomodado, pois não queria se dirigir a ela pelo modo como tratou sua mãe. "Me responde, criança!" - ela não lhe da atenção, somente continua a comer como se ele não estivesse ali. "Menina!" - ele segura o punho dela, os olhos da garota fitam seu pulso com as mãos do homem, Jake engole em seco e todos se surpreendem que em um movimento rápido de como ela sai dele e consegue dobrar sua mão de uma maneira que o homem ficou sem o movimento ainda sentada a mesa.

"Primeiramente, tenho nome!" - ela responde entre dentes chamando atenção dos outros da mesa que já desconfiavam que essa cena iria acontecer, mas não tão cedo. "Segundo, minha mãe não é uma criada!" - o homem tenta se mover, mas ela aperta estrategicamente sua mão o fazendo ficar quieto, morde seu pão que está na mão livre e finaliza seu alimento. "Terceiro, ninguém me toca sem minha permissão!" - ela o solta apanhando um copo de suco de laranja e toma um gole.

O homem massageia o próprio punho e fita a garota com ódio nos olhos, fita seu filho e seu neto e se sente humilhado. Então se levanta e se retira do lugar fazendo o máximo de barulho que pode. A menina treme os dedos para se arranhar, após vê-lo se retirar, mas Jake segura sua mão rapidamente a fazendo olha-lo no olhos e ela respira fundo.

"Ainda gritava com teu pai por te obrigar a aprender defesa pessoal, dizendo que nunca iria usar!" - Hally se esparrama na cadeira ao ouvir o comentário da mãe que tomava seu suco e aperta a mão de Jake que não a soltou.

"Jake, sua avó preparou o quarto que você gosta para vocês!" - o rapaz sorri de orelha a orelha e se levanta com velocidade.

"Onde vamos?!" - Hally pergunta sendo puxada pela mão pelo rapaz que rapidamente volta para a sala e vira a direita caminhando mais um pouco até verem uma escada.

Subiram dando de frente a um corredor com quatro portas trabalhadas a mão, ele a puxou até a segunda e abriu a deixando entrar, e se surpreende com o tamanho dele, havia uma cama de casal com colchas feitas a mão, criado mudo dos dois lados com abajures, e uma janela enorme mostrando o lago ao fundo com os animais correndo envolta. Suas malas estavam a frente da cama.

Hally caminha até a janela e sorri, apesar de estar na presença do homem que a chamou de "criada" a visão valia a pena. Então seus olhos caem sob um cavalo negro, tinha uma linha branca que começava de cima de sua cabeça e terminava com alguns fiou brancos em seu rabo mostrando ser volumoso. Sua crina toda branca contrastava com seu corpo negro.

Jake se aproxima a abraçando por trás após trancar a porta e percebe que ela havia notado o cavalo mais caro de seu avô. "Ele é o animal mais valioso da fazenda!" - ela se ajeita em seus braços sentindo-o colocar a cabeça na curva de seu pescoço. "E o único que não aceita ser domado!" - ela eleva as sobrancelhas e sorri ao ver o animal se abaixar e um cão se aproxima brincando com ele. "Morena!" - o rapaz a vira e ela sorri com o movimento rápido. "Eu não queria que meu pai tivesse trazido vocês..." - ela o abraça pela cintura e o sente fazer carinho nas suas costas.

"Eu sei, mas se ele for a pessoa que pode me ajudar na empresa..." - ela se afasta olhando-o. "Temos que tentar!" - os olhos dele a fitam por inteira e respira fundo se lembrando da cena quando chegaram. "Prometo que iremos embora caso isso não dê certo, e nunca mais voltamos!" - ele assente voltando a senti-la nos braços e sabe que aquilo não seria possível, conhecia sua avó o suficiente para saber que a menina já havia virado sua pessoa preferida da família, e iria a querer por perto.

Na cozinha dos empregados, Edvar se senta bravo pela cena que foi colocado pela garota e soca a mesa assustando sua mulher que revira os olhos ao perceber que aquele fim de semana seria difícil. "Como aquela..." - ele é interrompido ao receber um olhar mortal de sua mulher. "Ela torceu o meu braço!" - ele se levanta com raiva empurrando a cadeira onde estava e ela somente continua a terminar de colocar uma assadeira com bolo que fez para os convidados.

"Como se não tivesse acontecido isso antes!" - o homem se vira fechando a cara e vai com velocidade para cima dela, mas sua esposa somente cruza os braços e bate um dos pés no chão com rapidez. "Nem ouse gritar comigo!" - ele fecha o punho cara a cara com ela, e se afasta com alguns passos. "Isso está te incomodando por ser uma mulher que te desestabilizou e não um homem! Não é?" - ele nega.

"Uma pirralha!" - ele rebate em segundos a fazendo passar a mão no rosto, e volta a se sentar resmungando. "Aquela insolente teve a cara de pau de dizer que não posso chamar a mãe dela de criada! Deve ser igualzinha a mãe!" - ele sente sua bochecha arder se levantando da cadeira e leva alguns segundos para perceber que a noiva de seu filho estava com a mão no ar e cruzava os braços junto a sua esposa.

"Chame minha filha de insolente novamente e faço o que a senhora Sanders devia ter feito a muito tempo..." - Giulia quase grita dentro da cozinha. "Dar um tiro nesse seu rabo branco!" - o homem fecha a cara e quando tenta ir para cima dela é agarrado pelo filho que o puxa para trás e fica na frente a noiva.

"O senhor não consegue mesmo, não é?" - Killian parece crescer ao sentir a adrenalina atingir seu corpo para proteger sua noiva de uma agressão e se lembra de já ter passado por isso antes com a mãe de Jake. "QUAL É SEU PROBLEMA?!" - sua mãe se coloca a sua frente.

"Abaixe seu tom, Killian Sanders!" - o homem fecha a cara e assente. "Saiam!" - aponta para a porta e seu filho leva Giulia com ele.

"Kate..." - então sente sua outra bochecha arder e ele arregala os olhos ao ver que ela o acertou com um tapa, algo que nunca tinha acontecido antes.

"CHEGA, EDVAR!" - ele engole seco ao vê-la naquele estado. "OU VOCÊ MUDA OU ME PERDE!" - seus olhos se arregalam e ele trava com o que ouve dela.

Nunca pensaria em perder a única mulher que amou na vida, e somente duas vezes durante o casamento deles ela elevou o tom de voz, e na primeira foi quando ele não aceitava que sua esposa saísse de casa sem sua companhia. Naquela noite ele conhecer Kate Lopes com vigor e seu pensamento começou a mudar, mesmo que ainda tivesse raízes da vida na fazenda onde sua mãe era totalmente submissa ao seu pai. Então ela se vira e se retira deixando seu marido com a mão no rosto e paralisado pela ameaça de divórcio.

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Estou apaixonada por essa história!!!

Recado importante pessoal!!

As obras "UMA VAMPIRA POR ENGANO" e "UMA HUMANA POR ENGANO" fazem parte de uma outra coleção de livros que estou projetando com calma, onde falam de deuses, demônios e humanos... O segundo citado por enquanto está em pausa, mas será terminado até o fim de 2019!

Bjs e até mais (Não esqueçam as estrelinhas e os comentários) Amo vocês!!!

Bad Boy por engano (ou não) - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora