The Mother

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As semanas seguintes passaram bem depressa. Continuei minha rotina e, mesmo já sendo liberado do castigo, Jungkook continuou indo lá em casa todos os dias a noite, chegando a dormir lá algumas vezes.

Ele estava num processo de investigação pesado a respeito do seu passado. Sua tia, que era a principal fonte de informação, estava mais evasiva do que o normal. Não atendia as ligações e nem respondia as mensagens, desde que o JK contou que tinha recordado algumas coisas.

Ela chegou ao ponto de dizer que não poderia atendê-lo quando ele faltou aula para ir na sua empresa. Ficou horas esperando ela sair, mas foi tudo em vão. Quanto mais ela se esquiva de falar com ele, mais a desconfiança se instalava. Por quê ela está fazendo isso? O que ela está escondendo?

Fizemos algumas pesquisas na internet a respeito de algum acidente acontecido há 10 anos atrás e nada relacionado ao Jungkook. Pesquisamos em jornais antigos e editoriais da biblioteca e nada. Muito estranho.

Estávamos todos empenhados em achar alguma coisa, mas infelizmente estava difícil. Nossas fontes de informações eram escassas e e nem a Dona Choi quis cooperar, alegando ainda não ser o tempo certo. Tinha algo muuuuito estranho nisso tudo, mas como estávamos em fase final na escola e na faculdade, decidimos esperar as férias. No meu caso, minha liberdade.

Depois da aula daquele dia, fui tomar um sorvete com o pessoal. É, agora posso dizer que tenho um grupo de amigos e isso é muito bom. Park Bo, Tae, Yoongi e Hoseok eram minha turma do colégio e eu sentiria falta disso. Quer dizer, sei que vamos manter nossa amizade e tal, mas não nos veremos todos os dias como tem sido.

Nos divertimos muito e eles estavam muito animados para o baile que teria assim que acabassem as provas. Hobi iria levar alguém muito especial que só descobriríamos no dia, Bo iria levar o JB, Tae e Yoongi ainda não tinham pares, mas isso não seria problema pra eles.

Depois de muita conversa, fui pra casa descansar. Tomei um banho demorado e fui realizar o útimo trabalho de literatura que deveria entregar antes das provas. Pelo menos dessa parte eu estaria livre.

Me envolvi tanto no trabalho que não tinha percebido Jungkook entrar no meu quarto pela janela que eu já deixava aberta pra ele. Só fui me dar conta de sua presença, quando ele me abraçou por trás e descansou seu queixo em meu ombro.

Deixei um beijo longo em sua bochecha e corri para trancar a porta. Meu pai nunca abre a porta, mas nunca se sabe, né?

Voltei para minha escrivaninha, fechei o trabalho que já estava pronto e eu só estava revisando, guardei meu notebook e fui sentar em minha cama, onde o JK estava me olhando.

- Oi. - Falei baixinho.

- O-o-oi. - Jungkook respondeu, abrindo um sorisão.

Ele estava progredindo em relação a sua fala, graças ao fonoaudiólogo que seu psicólogo recomendou. Ainda demoraria muito para ele falar fluentemente, mas já era um começo.

Sentei em seu colo, o beijando apaixonadamente. Era incrível como, mesmo depois desse tempo todo, os toques e os beijos dele ainda tinham o mesmo efeito em mim: aquela descarga elétrica que percorria todo o meu corpo e uma sensação muito forte de nostalgia. Jungkook era minha vida e disso eu não tinha dúvidas.

Estávamos namorando um pouco como sempre fazíamos, até que ouvimos três batidinhas na porta. Com certeza era minha mãe, então vocês já sabem como foi o desespero né? A única opção plausível era esconder ele embaixo da cama e foi justamente o que fizemos. Corri com o coração na boca e abri a porta.

- O-oi mãe! - Disse nervoso.

- Oi, meu filho! Queria muito conversar contigo, por que já tem um tempo que não conversamos. Tem um tempinho pra mim? - Ela me perguntou, amorosa como sempre.

Heal me! >>Jikook<<Onde histórias criam vida. Descubra agora