O que faria com dez minutos de coragem insana!?
Vou lhes relatar o que eu fiz. Minha família tem uma casa na praia e em nossa última viagem deixei a loucura e o desejo me consumirem.
O plano era que eu dirigiria até lá no fim de semana e os encontraria na casa, nada demais porque sempre fazíamos isso.
Mas dessa vez minha rotina foi mudada, minha mãe me enviou uma mensagem dizendo que o pestinha do meu irmão tinha convidado o seu melhor amigo pra ir pra praia conosco e como minha família viajou na quinta e o dito cujo amiguinho não podia faltar aula sobraria pra mim a missão de leva lo. Totalmente à contra gosto aceitei leva lo. Meu irmão me enviou o número do seu amiguinho, sai do trabalho, passei em casa, tomei um banho e partir rumo a casa do amiguinho. A tarde já se despedia preguiçosamente, o céu estava todo pintado de laranja, amarelo e vermelho. Um fim de tarde perfeito quando virei a rua do amiguinho do meu irmão. Quando parei em frente à sua casa levei um tempo para reconhece lo, ele havia se transformado um pouco, alguns quilinhos a mais, muitos centímetros crescidos, uma barba por fazer que dava à ele um ar mais maduro e um sorriso genuíno estampado no rosto. Destravei a porta, ele entrou, jogou a mochila no banco traseiro e me cumprimentou com um beijo que deveria ter sido na bochecha mas por conta da agitação dele e o fato de estar meio torto no banco foi depositado no canto da minha boca me causando um arrepio involuntário e inesperado.
Ele pareceu se assustar, disse um desculpa meio sem graça e vida que segue.
Dei partida no carro e seguimos nosso caminho, eu ouvindo algumas músicas que tocavam no rádio e ele entretido com o celular.
Vez ou outra conversávamos algum assunto banal.
Dirigi por um par de horas até chegar a serra, à descemos com tranquilidade e quando chegamos a final dela havia um engavetamento de carros desanimador, estacionei meu carro no acostamento e desci a procura de informações, caminhava por entre os carros e questionava os outros motoristas sobre o motivo de estamos todos parados ali.
Caminhei por alguns metros até achar um guarda que me informou que uma carreta tombou na pista impedindo a passagem, aparentemente nenhum ferido grave mas um senhor transtorno, o guarda me disse que estava sugerindo a todos os motoristas que ficassem pelas pousadas que havia ao pé da Serra pois ele acreditava que demoraria um bom bocado pra tirarem a carreta.
Voltei para o carro soltando fogo pelas ventas, liguei pros meus pais avisei do ocorrido e continuamos seguindo o fluxo de carro que se ajeitava pra encontrar pousadas.
Quando conseguimos achar uma já beirava as dez da noite.
Um lugar aconchegante mas pequeno, a senhorinha da recepção me disse com pesar que havia apenas um quarto.
Não pensei duas vezes pegamos aquele quartinho mesmo, meus pés iriam me matar se não deitasse urgentemente.
Meu companheiro de viagem não expressava nenhuma opinião, sendo sincera nem cheguei a questiona lo, estava fora de cogitação entrar no carro e percorrer mais pousadas sem uma certeza se haveria vagas.
Subimos as escadas, joguei a mochila na cama e voei pro banheiro, deixei a água relaxar aquele dia tenso.
Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e sai do banheiro. Abri a porta sutilmente e encontrei meu amiguinho de bruços na cama ao telefone.
_Cara!! Tu não está entendendo!! Ela é a mina mais gostosa do mundo, sou louco por ela desde sempre.
Acredito que a pessoa do outro lado tenha dito algo pois ele se calou por alguns instantes.
_Tu sabe que é nela que penso quando preciso me aliviar.
Eu ali parada ouvindo tudo e sentindo meu corpo dar sinais de excitação.
Voltei vagarosamente para o banheiro encostei a porta e a abri fazendo o máximo de barulho possível.
Ele se despediu ao telefone, me avisou que ia tomar um banho e sumiu banheiro à dentro.
Fiquei em pé no meio do quarto apenas de toalha com suas frases martelando minha mente, meu corpo sedento de desejo e meu juízo escorrendo do meu corpo como as gotas d'água que descia perna abaixo.
Eu sabia que aquilo era uma loucura das grandes mas deixei meu juízo dentro de uma gaveta qualquer daquela cômoda e me permiti ceder ao desejo.
Apaguei a luz, liguei o abajur ao lado da cama, me deitei ainda enrolada na toalha e esperei que ele entrasse pro show começar.
Ouvi quando ele desligou o chuveiro, essa seria minha deixa. Olhos fechados, uma mão por baixo da toalha entre minhas pernas, joelhos flexionados para proporcionar à ele uma visão mais precisa e esperei. Dentro de alguns segundos ouvi o ranger da porta e um som de surpresa sair de sua boca.
Eu nem cheguei a tocar me apenas dei à entender, queria que todo prazer que emanasse de mim nessa noite foi causada por ele.
Ouvi seus passos se aproximando da cama, sua respiração pesada e ofegante.
Desenrolei a toalha permitindo lhe apreciar cada mínima manchinhas do meu corpo, cada célula do meu corpo que queimava de vontade de se conectar ao dele.
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Furacão
Short StoryO que faria com dez minutos de coragem insana!?... ...Quando parei em frente à sua casa levei um tempo para reconhece lo, ele havia se transformado um pouco. Alguns quilinhos a mais, muitos centímetros crescidos, uma barba por fazer que o dava um ar...