Prólogo

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Madelaine Petsch*

    Encaro a grande mansão.   
     Puta merda e que mansão... isso tudo faz meu apartamento parecer um buraco de rato. Se bem que, por não ser limpo há quase três semanas, meu lindo duplex está mais para um chiqueiro de porcos.  
—Chegamos, Senhorita Pestch
    Reviro os olhos, não sei bem se pelo Sra. ou por ter ficado deslumbrada com a entrada da grande mansão.  
—Já disse que apenas Madelaine está de bom tamanho e... caralho. -Dou um pequeno pulo assim que saio da limusine e encaro a figura carrancuda a minha frente. -  
—Espero que este não seja seu linguajar perto das crianças.  
    Que velha é essa?  
     De onde surgiu essa mistura de dona Clotilde com Chupa Cabra

—Hum...eu...  
—Saiba que se fosse por mim, você.... -Dona Clotilde me encara de cima a baixo. - Não estaria aqui. Vamos entrar, as crianças querem conhecer a mais nova saco de pancadas.  
   Espera...ela disse: Saco de pancadas?  
   Acompanho a bruxa má do Oeste até a grande sala de entrada da grande mansão. Olho ao redor.  
QUE. LUGAR. DO. CACETE.  
—Vai ficar aí babando ou...  
—O quê? -Digo, franzindo o cenho. -  
—Fecha a boca, não vou limpar saliva de ninguém.  
    Bufo. Mal cheguei e já quero ir embora.  
    Maldito ultimato.  

    Maldita  emprego.  

    Maldito curso na faculdade que estou demorando para concluir.  

     Maldito emprego.  

—Olha...  
—M's, aqui! Agora!  
    Sou interrompida pelo grito da tal mulher. Gente, e eu achando que minha tia Maleficent é a pessoa mais mal-educada que conheço.  
    Esperamos alguns minutos.  
—Eles não vão vir. Crianças levadas. -Ela respira fundo. - Vamos lá. -Subo, feito uma cachorrinha adestrada, atrás da Dona Clotilde. Chegamos a um extenso corredor, damos mais alguns passos e enfim paramos em frente a uma porta roxa. - Este é o quarto da Maria Eduarda. -Ela abre a porta. - Duda, esta é Madelaine Grobbelaar Petsch, sua nova babá.  

      Assim que seu nome é pronunciado, Maria Eduarda, que até então permanecia entretida desenhando algo em uma folha de sulfite no chão, levanta seu rostinho. Deus do céu, que criança mais linda...que olhos castanhos hipnotizantes são esses?  
—Oi, babá.  
—Oi. -Pronuncio, confusa. -  
—Levanta desse chão Duda e se apresente corretamente.  
    A garotinha o faz, parando bem a minha frente.  
—Eu chamo Maria Eduarda Gonzáles Morgan Kopech, tenho cinco anos e já gostei de você.  
    Dou um pequeno sorriso diante de tanta fofura, me abaixo e encaro Duda.  
—Olá, Duda, me chamo  Madelaine Petsch, mas, para você, pode ser só Madelaine. Está bem?  
    Ela afirma. Ganho um sorriso tímido da pequena.  
—Okay, já chega. -Me seguro para não virar e dar uma bela resposta a mal-amada. - Duda, por que não desceu quando eu chamei?  
Duda aponta para as diversas folhas espalhadas no chão, me aproximo olhando de perto os desenhos.  
—Uau, parece que temos uma pequena artista aqui. -Lanço um sorriso para Duda. - E uma grande fã da Rainha Má.  
—Você conhece as histórias da Rainha Má? -Seus olhinhos brilham ao questionar tal coisa. -  
—Claro que sim, ela é a melhor vilã desse mundo.   
—Né? E ela...  
—Vamos, Petsch .  
Novamente, Dona Clotilde se faz presente, que velha sem noção.  
—Já volto, Duda.  
—Tá bom.  
Levanto minha mão e Duda bate nela.  
Tenho uma aliada.  
Uma já foi, faltam três.  
—Este é o quarto do Matheus. -Olho para a porta vermelha. - Talvez você queira se preparar.  
—Me preparar? Como ass...- Minha frase morre quando sinto um controle de videogame vir de encontro com minha testa.-  
—Strike!  
—Matheus!  
De que porra veio essa merda? Assim que consigo me recuperar, meus olhos vasculham o quarto da peste que me atacou.  
—Você deve ser o Matheus. -Murmuro. -  
—Você é bem esperta, né?  
Sinto a ironia pingar da voz desse pestinha.  
—Matheus, seja educado. Sua mãe...  
—Minha mãe, minha mãe... ela nunca está em casa, Bah.  
Bah? Então esse é o nome da velhota? Dona Clotilde é melhor.  
—Se. Apresente. -A velha rosna. Louca! -  
O menino moreno de olhos castanhos hipnotizantes, se aproxima de mim.  
—Matheus Gonzáles  Morgan Kopech, tenho sete anos e você não vai mandar em mim.  
—Não estou aqui para mandar em você, e sim para cuidar. -Tento manter um tom de voz tranquilo. - Me chamo Madelaine Petsch
—Foda-se.  
—MATHEUS! Fique sabendo que sua mãe saberá desse linguajar.  
    O garotinho não me parece arrependido ou com medo.  
    Estranho...  
—Dá pra vazarem do meu quarto? -Ele arqueia a sobrancelha. -  
—Matheus...  
—Bah, por favor.  
    A velhota afirma, saindo do quarto em seguida, ao olhar para Matheus sei que ele não me quer ali. Saio o mais rápido possível.  
    Uma aliada e um inimigo.  
—O Matheus é um pouco difícil.  
Um pouco?  
—Difícil? -Retruco. -  
—Ele tenta chamar a atenção de Vanessa de todas as formas possíveis.  
—Por quê? 
—Digamos que a Senhora Vanessa Kopech é muito ocupada.  
—Não me diga. -Sussurro, porém Bah escuta já que lança um olhar zangado em minha direção. -  
—Esse é o quarto da Maria Helena.   
    Ela abre a porta cor de rosa. No mesmo instante, um pequeno furacão para de pular na cama.   
—BAH!  
    Um gritinho fino ecoa pelo quarto enquanto a menininha salta da cama e corre até onde a mal-comida e eu estamos.  
—Olá, minha doce Helena.  
    Vejo um sorriso naquele rosto feio da Dona Clotilde pela primeira vez desde que cheguei.  
—Ooooooooi.  
    Helena pula do colo da velha para o meu. 
—Oiii. -Respondo. -
—Gatona. -Ela diz, sapeca. -  
    Dou uma gargalhada.  
—Obrigada.  
    Helena sorri, deixando a mostra seus dentinhos de leite. Deus, Maria Helena é facilmente amável.  
—Helena, esta é Madelaine Grobbelaar Petsch, sua nova babá.  
—Hã?  
Helena tomba a cabeça levemente para o lado, seu olhar demonstra confusão  
—Me chamo Mads. -Esclareço. -  
—Ah...oi Mads, eu  chamar Malia Helena.  
    Aii Deus, que vontade de apertar essas bochechas.  
—Quantos aninhos você tem? -Indago-  
—Assim. -levanta uma das mãos, mostrando três dedinhos
- Tô di fominha, Mads . Quelo biscoitinho de chocolatinho.  
    Encaro, em pânico, a bruxa do setenta e um.  
—Nada disso, você irá jantar daqui a pouco. Que tal você ir avisar aos seus irmãos para descerem? Hum? -Dona Clotilde me salva. - 
—Todinhos?  
—Menos a Maria Luiza.   
Helena pula de meu colo e sai gritando 
—MATHEUZINHOOOOO!   
    Faço uma careta com a voz fininha de Maria Helena, ah sim...esqueci de mencionar: Helena também tem os olhos castanhos hipnotizantes.  
—E chegamos à última. -Finalmente!                 Minhas pernas estão pedindo arrego e minha cabeça parece mais com uma bateria de escola de samba. - E essa é a pequena Maria Luiza.  
    Estranhamente, assim que adentro o quarto com tons lilás e branco, todas as minhas dores somem. Me aproximo do berço e encaro a bebê gordinha de olhos castanhos hipnotizantes, novidade, brincando com um mordedor.  
—Olá, minha pequena maçã. -Não me reconheço ao pronunciar tal frase. -  
    Estranhamente, assim que adentro o quarto com tons lilás e branco, todas as minhas dores somem. Me aproximo do berço e encaro a bebê gordinha de olhos castanhos hipnotizantes, novidade, brincando com um mordedor.  
     Maria Luiza desvia seu olhar para mim por alguns segundos e então abre um gigantesco sorriso desdentado. É impossível não retribuir, pego-a no colo, de maneira desajeitada, admito, e sinto toda a ternura e paz que apenas um bebê é capaz de proporcionar.  
—Ela tem onze meses.  
    Afirmo.  
—Ela é apaixonante.  
—Eu sei. -Estou detectando amor? Hum? Acho que a bruxa não é de todo ruim. - Bom, você pode me dar ela.  
Não quero, mas faço isso.  
—Eu...  
—Seu quarto é o último do corredor. -Amor o caralho. - O da porta branca.         Suas coisas já estão lá, pode tirar o resto da noite de descanso. Amanhã o dia será longo.  
     Concordo, saio do quarto e caminho até o meu.  
    Assim que abro a porta, fico estática diante de tanto conforto. Tenho que tomar um banho, sei disso, mas a cama parece totalmente apetitosa no momento.  
   Concordo, saio do quarto e caminho até o meu.  
   Me jogo sobre o confortável colchão e encaro o teto, repensando toda a minha vida a partir de agora.  
   Tenho que cuidar de quatro crianças.  
    Uma delas me odeia.  
    As outras três são totalmente apaixonantes.  
   São tantos M's que desconfio que a    Senhora Morgan Kopech deve ter algo com essa letra.  
     A genética dessa família é do caralho.  
    São tantos sobrenomes diferentes que desconfio que a senhora Morgan é mais rodada que bolsa de vadia 
São tantos olhos castanhos marcantes que me sinto hipnotizada.  
    Ah sim, ainda tenho a velha do setenta e um fungando no meu cangote.  
     Fecho os olhos e respiro fundo.  
    
     Estou ferrada e mal paga. 

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Oi gente voltei com essa adaptação de madnessa espero que gostam

Comentem e curtam !!!!

Continua ????

Operação Babá- MadnessaOnde histórias criam vida. Descubra agora