Operação Babá- Madnessa

Que a Loucura Começe

Espero que gostem!!!
Curtam e comentem

Madelaine Petsch*

Deus, essa cama é tão confortável, eu poderia passar a vida deitada aqui e...  

—CARAMBA! -Dou um salto da cama quando sinto algo gelado quase me afogar. - Você quer me matar afogada, garota?  

—Desculpa, Madszinha ...  

Meu Deus, onde fui amarrar minha jumenta?  

Respiro fundo, tentando não rodar a baiana com a garotinha que tem um olhar totalmente arrependida.  

—O que você quer? Hum...quem é você mesmo? -Okay, não me culpem, quatro crianças com nomes começados com M.

Além do Matheus, não lembro de mais nada. -  
—Eu sou eu. -Responde de maneira óbvia. -  
—Eu sei que você é você, mas quero saber quem é, entende? -Alô, alô, planeta terra chamando, planeta terra chamando. -  

—Eu sou eu, Madszinha.

—Okay. Acho que me expressei mal, qual das Marias você é?  

—Malia Helena. -Ela sorri tão encantadora que não consigo mais manter a pose de brava por ela ter jogado um copo de água em mim. -  

—O que você está fazendo acordada, Helena? -Bocejo, entre uma palavra e outra. - 

—Vim dize oi.  

Rolo os olhos, enquanto pego Maria Helena no colo. Ela parece não se importar com minha roupa molhada.  

—Oi. -Digo. - 

—Oi, gatona.   

Um sorriso sapeca brinca nos lábios dessa pequena florzinha. Oh Deus, eu poderia facilmente sequestrar Helena. Minha mãe, certamente, a adoraria.  

—Oi, gatinha. -Beijo a bochecha esquerda da garotinha. - Está com fome? -Caminho em direção a porta do quarto. -   

—Eu tá.  

—Eu também estou, melhor nós irmos procurar a... puta merda, mulher. -Dou alguns passos para trás quando abro a porta do quarto. - Você não acha que é muito cedo para exibir essa sua cara feia? Hã?  

Helena ri alegre enquanto Dona Clotilde me fuzila com o olhar.  

—Por que as crianças não estão prontas?  
Hã?  

—Prontas pra quê?  

—Como pra quê? -Ela me encara profundamente. - Para o colégio. Para a aula.  
Aula?  

—Aula?  

—Claro que sim, deixei a rotina delas por escrito.  

—Onde?   

A bruxa aponta para o criado mudo que fica ao lado de minha cama, vou até lá totalmente envergonhada, não tive tempo nem de arrumar minhas coisas, quem dirá vasculhar o quarto. Tomo o extenso papel nas mãos.   

Crianças prontas para o colégio as 7:00am  

Entrada no colégio 7:30.  

Sete e meia.  

Sete  

E  

Meia.  

Olho rapidamente para o relógio que está
sobre o criado mudo.  

Fodeu.  

—Como você espera que eu arrume quatro crianças em quarenta minutos? -

Pronuncio, ainda encarando todas as atividades dos quatros M's ou, pelo menos, três deles. Como não obtenho resposta, levanto o olhar e só aí percebo que a velha coroca não está mais na porta. - Vamos lá, Helena...parece que nosso café da manhã terá que esperar.