Pode não parecer, mas eu te amo bonequinha !!

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Boa Leitura !!

Qualquer nome trocado me avisem às vezes passa  sem querer

Vanessa Morgan 

É inegável.

A propriedade dos Pestch é de tirar o fôlego.

Todo o local. A mansão, os jardins, absolutamente cada detalhe parece ter sido pensado e arquitetado para que, no final, tudo se encaixasse na mais perfeita harmonia.

Continuo admirando o lago, pois é... a parte do fundo do imenso jardim da diretamente para um lindo lago. A imagem parece ter sido pintada por algum grande artista de imensa sensibilidade e, apesar do sol forte, não me incomodo de ficar por ali mais algum tempo.

Fecho os olhos, a calma me invade, inspiro e expiro devagar permitindo assim que o ar puro entre em meus pulmões. Essa paz. Eu almejei essa paz durante tanto tempo.

Fico nesta posição durante longos segundos, só abrindo os olhos quando sinto a presença de alguém ao meu lado.

—Eu gosto daqui.

Olho-a por alguns segundos, porém, o olhar de Maria Eduarda continua fixo no lago e toda sua beleza.

—Eu também. -Por fim, respondo algo. - Onde estão seus irmãos e a babá maluca que cuida de vocês?

—Eles foram pra piscina. -Ela da de ombros. - A Maria Helena  ficou insistindo, mesmo estando com o braço quebrado. -Minha menina revira seus lindos olhinhos castanhos. - E a tia Camila falou algo sobre ver a tia Lili  de biquíni ou jogá-la na água.

Um sorriso escapa por entre meus lábios. Sinto que Lili e Camila ainda terão um final feliz.

—E você? Por que não quis cair na farra com eles?

—Essa é uma pergunta retórica. -Ela suspira. -

—Duda...

—Eu não gosto, mamãe. Eu sou...-Eduarda engole em seco. - Um monstro.

Arregalo os olhos.

Então é isso que minha filha acha que é? Alguém horrível e não digna de aproveitar um dia ensolarado ao lado dos irmãos apenas por ser... diferente?

—Filha...-Começo, sem realmente ter algo a dizer. -

—Não precisa, mamãe. Eu te entendo.

—Entende? -Franzo o cenho. -

Duda balança a cabeça de forma positiva.

—Por baixo dessa roupa, eu sou horrível. É normal ninguém querer me abraçar, ficar perto de mim e...

Não a deixo terminar a frase. Puxo Eduarda para o meu colo e a abraço de forma apertada tentando conter minhas lágrimas.

Que droga de mãe eu sou?

—Nunca, jamais, em hipótese alguma, diga isso novamente, ouviu? Você é especial e sabe disso.

—Você não me queria. -Sussurra. -

Balanço a cabeça de forma negativa.

—Eu sempre te quis. Você foi o que de melhor aconteceu em meu mundo, Duda. -Beijo sua testa. - E o que te aconteceu foi culpa minha. Não existe um só dia que eu não me arrependa de ter demorado tanto a tirar seus irmãos e você daquele inferno.

—Eu ainda lembro. -Seu corpinho treme, estreito meus braços ainda mais ao seu redor. - Quando olho no espelho e vejo....Você sabe...as cicatrizes, eu lembro. Me sinto feia, mamãe.

Operação Babá- MadnessaOnde histórias criam vida. Descubra agora