Prólogo

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Eu não posso acreditar no que meus olhos estão vendo! Como se minha vida já não estivesse bagunçada o bastante, Deus com o seu humor negro e nada engraçado, me manda a porra da piada do século!

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Eu não posso acreditar no que meus olhos estão vendo! Como se minha vida já não estivesse bagunçada o bastante, Deus com o seu humor negro e nada engraçado, me manda a porra da piada do século!

Gravida...

G. R. Á. V. I. D. A

Meu pai vai acabar com a minha raça caralho! Meu vidinha lindo dos olhos do mar do caribe, vai arrancar a minha pele e fazer um tapete de pele de fadinha!

Sim. Ele ainda me chama de fadinha, mesmo com 24 anos e já ter aprontado de tudo, ele ainda me chama assim. Aliás a família inteira. Eu cresci rodeada de muito amor, de carinho e sendo o centro das atenções. Nunca apanhei dos meus pais (mesmo sabendo que as vezes merecia) fui criada para ser uma mulher de bem, respeitosa, educada, benevolente. Fui criada para ser uma pessoa de bem. Ao longo desses vinte anos, aprontei coisa pra caralho. Já fugi para namorar, já fiquei bêbada ao ponto de ter um coma alcoólico, fui quase pega transando no estacionamento do shopping, quebrei o braço de um babaca na balada. Eu já até passei a noite na delegacia, tudo por causa de meu gênio difícil.

Lógico que não estava sozinha em alguma dessas situações, minha fiel escudeira Maria sempre estava presente. Desde de pequenas somos unha e carne, parceiras para todas as horas. Maria é o meu amor da vida toda, minha amiga, minha irmã, minha prima, minha confidente. Somos uma família numerosa e nossos finais de semana na fazenda são sempre épicos. Não a nada que eu não faça pela minha família, passo por cima de tudo e de todos para protegê-los, principalmente meus irmãos que são meus príncipes.

Mas voltando ao início...

GRÁVIDA! PUTA QUE PARIU, EU ESTOU MUITO FODIDA DA VIDA TODA.

O que vou fazer agora? Há exatamente três meses encontrei meu ex noivo (tínhamos acabo de noivar literalmente) na festa do nosso noivado na cama com uma das minhas amigas. Vou te contar... Não foi bonito, meu irmão Valentin e o meu primo Júlio quase mataram ele de tanto bater. Você diria, tadinha da Luna traída pelo homem que amava. Mas não minhas caras, eu não o amava. Nosso relacionamento a tempos deixou de ser legal e entrou na monotonia, eu estava acostumada com ele. No início do namoro, Alex me tratava como uma princesa, sempre cuidadoso, cheio de cuidado comigo. Viajávamos, íamos dançar, mas depois que o namoro engrenou ele mudou certas atitudes, não que eu fosse maltratada, não é isso. Mas passou a querer me mudar, começou a implicar com os meus amigos, não queria mais sair, sempre estava cansado. E eu sou ligada no duzentos e vinte minha caras, amo adrenalina, adoro o perigo. Quem vê minha carinha de santa, não imagina as coisas que passam pela minha cabeça. Alex era uma boa jogada, eu me impus e ficamos bem por um tempo. Mas só depois que o peguei transando com a Thalita, que passei a analisar meu relacionamento minuciosamente. Nossas transas nunca foram aquelas transas de tirar o ar, se for para classificar eu diria que era morna quase fria. Era tudo muito mecânico, tirar a roupa, dar um boquete meia boca e ele algumas labidas de gato e depois pau pra dentro. Não tinha aquele fogo, aquela necessidade, aquele tesão absurdo. Sempre foi morno, mas eu me contentei por ele me tratar como uma princesa.

Eu cresci vendo o amor que meu pai sente pela minha mãe, minha mãe é o oxigênio do meu vidinha e não existe nada no mundo que ele não faça por ela. E eu queria um relacionamento assim, onde eu fosse a prioridade, onde o meu parceiro sentisse a necessidade de sempre me ter. Ser tratada com todo amor, igual minha mãe é tratada. Por isso investi no relacionamento com o Alex, e acho que foi ai o meu erro. Conversando com a minha tia Yza ela me explicou que um namoro tem que ter química, fogo, tesão e muito desejo. Onde não pudéssemos tirar as mãos um do outro, onde o bem estar do parceiro sempre seria sua maior preocupação. E eu não sentia nada disso por ele. Maria sempre foi contra meu namoro e principalmente contra o noivado.

Volto a olhar para o teste e meu coração volta a bater em desespero. Como eu pude me meter nessa enrascada?

Você deve estar se perguntando o porque do meu desespero, já que até pouco tempo eu estava noiva. Mas eu vou dizer o porque!

Esse filho não é do meu noivo porra! E sim do menino que eu tive uma queda até meus doze anos. Nós éramos inseparáveis, até que ele se foi e eu fiquei com o coração partido. Ele foi meu primeiro beijo, o primeiro amor de menina, ele foi o primeiro a fazer meu coração bater mais rápido, o primeiro a me causar arrepios. Mas do nada tudo mudou, ele foi embora e me deixou chorando e completamente arrasada.

Meu primeiro amor! Bem piegas mesmo, mas é o que é.

Igor Sansi!

Esse demônio voltou para minha vida depois de doze anos e então pouco tempo já fodeu tudo. Ele esta diferente do menino que eu me lembrava. Mais decidido, mais confiante, mais autoritário, mais gostoso e muito mais babaca! E agora, muito pai do filho que um carrego em meu ventre.

Meu pai odeia ele!

Como tudo isso começou?

Senta ai gata e vamos conversar.

Eu sou a Luna, pacotinho de amor da minha mãe. A melhor amiga da minha prima. A fadinha do meu pai. E a mulher mais fodida da vida toda!

Era uma vez? (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora