Sinopse

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Eu não falei sério quando disse que não te amava tanto. Eu devia ter evitado isto, nunca devia ter deixado você ir embora. Eu não sabia de nada,  fui estúpida, fui burra. Eu estava mentindo pra mim mesma! —  era a coisa mas certa a ser feita. Não podia mas levar aquilo a diante.  Estava decidida!

Nada de procrastinação, nada de dúvida , nada de enrolação!

A corda estava arrebentando , e quem em toda essa história estava sendo prejudicada era euzinha, e não precisava ser nenhum expert para ver aquilo.

A letra daquela música nunca havia dito tantas verdades sobre toda a bagunça que estava vivendo naqueles últimos meses. Eu queria abrir mão do que estava me fazendo mal , mais ao mesmo tempo estava mal por ter que me afastar do cara que também me fazia bem a maior parte do tempo, se não todo o ele.

Eu não deveria me lamentar, era o certo a se fazer, ou iria enlouquecer. Como na música, só tinha que assumir as consequências da melhor forma. Erguer a cabeça e ir, mas estava difícil demais para mim. Na verdade a pergunta que tenho que me fazer é : o que na minha vida era ou tinha sido fácil ?

Por que tinha que ser tão difícil? Porque ele tinha que dificultar tudo ? Porque eu tive que dificultar? Porque fui inventar de ter sentimentos ? Porque não cancelei isso quando percebi que iria dar merda? Claro , porque eu já sabia , tudo que envolvia ele e eu terminava em brigas, desentendimentos , discussão, e sentimentos. Confusos, mas não deixavam de ser sentimentos. Como tomar a decisão mas difícil sabendo que ela não vai me fazer nada bem? Pelo menos não instantâneamente? Como deixar o motivo do seu único sorriso esvair por seus dedos sem poder fazer nada ?

Aquilo tudo era uma merda!
Não sei onde estava com a merda da cabeça quando concordei com aquela porcaria de acordo. 

" O que acha de amizade colorida? " — Ele disse.

Sorrio mal- humorada.

"Somos adultos e sabemos o que estamos fazendo" — Ele também disse.

E refletindo aqui nessa merda toda , percebo que não sabemos nada e não somos maduros o suficiente para o tal acordo infeliz.

Agora foi a vez de um copo voar de encontro com a parede.

Maldito! — grito, socando os travesseiros jogados na cama.

Eu sabia que errar uma vez é humano, é aceitável, mas se manter no erro? aí sim se tornava burrice. Eu não poderia mas, viver aquele teatro de melhor amiga, não dava mais, e fingir que não se importava com aquelas coisas ridículas que eram sempre impostas só para continuar alimentando aquela minha ilusão de que em algum momento ele iria me notar como mulher, não mais como uma simples e besta amiga, e teríamos algo mas sólido e fixo, era burrice demais aquele ponto.

Se nesse tempo todo de amizade ele não me viu como alguém que pudesse manter um relacionamento sério, baseado em confiança, claramente não seria agora que ele veria agora de uma semana para cá.

Não poderia esperar muitas coisas, e mesmo assim ainda encontrava maneiras para tal ato, e quebrava ainda mas a cara. Já era claro que uma de amizade colorida, onde dizia que estava tudo bem enquanto não, não estava, não iria para frente.

E a cada vez eu me odiava mais por estar aceitando aquela situação ridícula. Não era algo também que ele chegava dizendo ou impondo para eu fazer, eu fazia por sentir e querer,  sonhar com mais era o que me mantinha presa a Ele e aquele maldito acordo. Algo mais. E nada! — Uma lágrima escorre em meu rosto.

Ele nunca me daria o "algo a mais  " que necessitava.

Eu não precisava viver mendigando atenção ou sentimentos de um cara que deixava bem claro , que para ele era só uma ficada sem compromisso, e que o tínhamos era único e sem cobranças e sentimentos. E que ele nunca seria bom para ter um relacionamento , e ele não faria esforços para tal coisa. E uma amizade inquebrável, inseparável, que ia muito mais que só sexo era o que ele precisava. Ele não queria nada que o prendesse fixamente, ele não queria algo que iria  requerer mais de seus  esforços, dedicação, tempo e psicólogico, já bastava sua empresa.

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