I Didn't Want You to be Alone

280 18 30
                                    

Não, o vídeo não tem nada haver com o Capítulo, eu só coloquei aí pra se alguém perguntar "Ana, e o casamento?" Essa vai ser minha resposta kkkkkk. Chorando e rindo. Sim, eu sou daquelas piadistas.

Boa leitura 💜.

##

Ela corria, depressa, sem parar. Sem olhar pra trás. A roupa não ajudava muito. O casaco enorme e o vestido por baixo, os sapatos de salto.

Ventava. Como fazia frio naquela manhã de sexta-feira. E lá estava ela, correndo sozinha na rua. Tentando correr, os saltos não permitiam muita coisa.

Virou a esquina e viu na placa que estava chegando. Seus pés a agradecerão por isso.

Entrou no lugar a procura dele. Seus olhos varriam o lugar com uma rapidez questionável. Apressou o passo pra mais dentro do local, ainda caçando-o com os olhos.

Até que o viu e seu coração perdeu uma batida. Ele estava sentado na grama, cabisbaixo. Não poderia dizer que tinha lágrimas nos olhos dele, estava longe.

Sorriu de leve e andou devagar, pra não o assustar. Se sentou embaixo de uma árvore robusta para tentar se esconder do vento enquanto esperava o homem acabar o seu momento de tristeza.

##

"Se ele ficar mais, eu juro que não aguento."  Pensou se contorcendo de frio. Era acostumada com ele, mas devido à nova condição, não queria se sujeitar a muita coisa.

O loiro estava do mesmo jeito há meia hora. Suspirava até que finalmente ouviu outro suspiro.

"O que ela está fazendo aqui? Ficou maluca?"  Ele se virara e viu a mulher batendo o queixo. Se levantou depressa e foi ao encontro dela.

- Nat? Eu te disse que não demoraria, por que está aqui?

- Eu não queria que ficasse sozinho. E eu não acredito em você.

- Não é questão de não acreditar, é questão de que você não pode vir até aqui.

- Eu vim consolar o meu marido. Pode me deixar fazer isso? - Ele suspirou e ela tomou isso como um sim. Se aproximou dele e o abraçou. - Ela teve sorte de te ter.

- Eu que tive de tê-la. - Olhou nos olhos verdes da esposa. - Não está chateada de eu ter vindo até aqui?

- Não. - Acariciou a bochecha dele e sorriu. - Eu sei o quanto ela era importante pra você. Está tudo bem, de verdade. Eu só... Só queria que tivesse me falado. Me chamado.

- Não posso fazer isso com vocês duas.

- Pode sim. Eu sempre quis conhecê-la, mas você nunca deixou.

- Hoje fazem doze anos que ela se foi.

- Eu sei.

- Às vezes eu penso em... Deixa pra lá.

- Como teria sido sua vida com ela? - Steve a olhou surpreso. - Está tudo bem. Tem dias que eu também penso em como teria sido minha vida se eu não tivesse passado por tudo aquilo e eu sei que você não estaria nela. Está tudo bem.

Ele sorria pra ela e deu um beijo em sua bochecha.

- Eu queria que ela visse como eu estou hoje.

- Acho que ela imagina como. Ela deveria saber que você já estava apaixonado quando a visitou.

- Natasha isso foi há quatorze anos. É claro que ela não sabia, até porque eu estava começando naquela época.

- As mulheres têm sexto sentido, Steve. Apesar de eu desconfiar que as que lutam tem um sétimo e eu tenho até um oitavo. - Ele revirou os olhos. - Ela já desconfiava, sem dúvidas.

Avengers one-shotOnde histórias criam vida. Descubra agora