Thousand | Namsoo

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Todo dia passava de bicicleta por entre Gangnam. Sentir o vento bater na minha pele e o sentimento de liberdade reacender em mim. Desde sempre, atravessava as mesmas ruas, frequentava os mesmos lugares.

Mas naquele dia... Eu resolvi mudar. Briguei com minha namorada, e por impulso saí de casa transtornado. Com o tempo me acalmei, e resolvi pegar um caminho diferente. Na minha cabeça eu achava que não fazer o que sempre fazia, talvez me mudaria e me traria uma certa clareza. Talvez eu não bata muito bem da cabeça.

Estava por entre as ruas, sem muito fluxo de carro. Contemplei o belo clima e senti o calor do sol, me arrependendo de não ter pegado um boné. De repente, vejo uma moça lendo algum livro enquanto caminhava.

Ela usava um vestido florido e sobretudo rosa bebê, também uma sapatilha e seus cabelos sedosos sendo balançados pelo vento. Eu não conseguia parar de contemplá-la, seu rosto era branco como a neve, parecia ter sido esculpido por anjos. Como uma porcelana ou uma flor, era delicada e, excepcionalmente bela.

Quando menos espero, sinto um forte impacto contra meu corpo, quando vi que cairia no chão botei as mãos para frente. Tinha batido no poste. Fiquei inerte, sem saber o que fazer e torcendo para que ela não tenha visto.

— Você está bem?

Apesar de ter adorado ouvir a doce entonação de sua voz, não era bem assim que gostaria de me apresentar.

Ela pôs uma madeixa atrás da orelha, preocupada comigo. Jurei que estivesse babando por ela nesse momento. A mesma, ofereceu a mão para que eu pudesse me levantar, mas fiquei completamente hipnotizado pelo olhar dela. Após um tempo, percebi o quão desconfortável estava sendo.

— Estou. — Digo finalmente.

Peguei na sua mão e pude sentir o quão delicada era. Tive certeza de que meu coração tinha errado uma batida.

— A pancada foi feia, quer que eu o leve para o hospital?

— Ah, não precisa, eu faço academia.

É, definitivamente não deveria ter falado isso. Babacão, idiota!

— Ok... — Sorriu, virando-se de costas.

Mas eu não podia deixá-la ir.

— Ei! — A chamei, fazendo com que ela virasse para mim. — Qual o seu nome?

— Jisoo, e você?

— Namjoon.

Sorrimos. Quando vi que podia perder a chance de vê-la de novo, grito de dor e ponho as mãos no joelho. Não estava doendo, mas ela veio correndo até mim.

Eu me perguntava todas as vezes por que ela se importou tanto com um estranho. Me levou ao hospital, e assim que ia ser atendido ela precisou ir, mas não pude deixar de pedir seu número.

No dia seguinte mandei uma mensagem a ela, e como sempre foi simpática e amável comigo. Era estranho eu sentir algo tão intenso em tão pouco tempo. Me lembro do livro que a moça lia, e então conversávamos cada vez mais, já que eu também tinha o hábito de ler.

Com o tempo, percebi que não queria apenas conversar, eu queria tocá-la, senti-la em meus braços. Terminei com a minha namorada, então resolvi esperar alguns meses até tentar algo com Jisoo. Não era certo começar algo tão rápido com outra garota, ambas não mereciam.

Eu amava as ligações com ela, falar todas as noites, discutir sobre os mais diversos assuntos, até o jogo: Casa, mata ou beija. Ríamos muito, Jisoo era muito boa em contar piadas, apesar de sua risada ser mais engraçada.

Oneshots | BlackbangtanOnde histórias criam vida. Descubra agora