12 | 4419

1.3K 127 357
                                    

FOCO NARRATIVO ONISCIENTE; MINHO

Quando Minho era mais jovem, ele contou aos seus pais qual era a carreira profissional que gostaria de seguir. Na época foi um baque para todos, pois ninguém de sua família havia seguido nesse itinerário.

No entanto, ele continuou tentando. Minho ia a eventos, performava em escolas, às vezes sozinho, outras vezes acompanhado. Minho frequentou uma academia de dança, onde conheceu diversas pessoas legais, pessoas que tinham os mesmos objetivos que os seus, pessoas que lhe ajudaram a descobrir o que ele realmente queria pra vida; a personificação de arte por meio da dança.

De todo o mal, conhecer pessoas era de fato uma grande objeção.

Para Minho era fácil acreditar na ideia de que as pessoas não nasciam más de fato. Elas apenas iam desenvolvendo um sentimento implacável dentro de si mesmas, resultado de experiências indevidamente resolvidas. Ou as vezes, nem resolvidas de fato.

Quando numa das varias crises efervescentes que Minho tinha ao longo de sua adolescência conturbada, seu pai certa vez lhe disse; "Lee Minho, a onde você for existirá pessoas. Pessoas as quais muitas delas não irão suportar te ver feliz, te ver fazendo sucesso ou evoluindo de alguma forma positiva. Então elas sempre vão procurar um jeito de te fazer pensar que você não é bom o suficiente, que não está indo bem, e que jamais irá chegar lá. Mas saiba de uma coisa filho, nenhuma. Exatamente nenhuma dessas pessoas estão correndo o SEU caminho, estão sonhando os SEUS sonhos ou estão vivendo a SUA vida. Então elas não tem o direito de te fazer se sentir inferior. Então por favor filho, só... continue".

Minho sinceramente não sabia o que seria de si sem sua família. Foi muito difícil para ele deixar a casa de seus pais quando se tornou maior de idade, mas era necessário. Como seu pai mesmo havia dito, ele teria que continuar, e para continuar precisaria progredir aos poucos.

Quando ele conheceu os meninos, que na época não passavam de colegas, pois a maioria só tinham em comum um único amigo, Christopher BangChan, ele jamais imaginaria que se tornariam o que são hoje. Uma família.

Eles eram, e são, completamente diferentes uns dos outros. Minho tinha sérias dúvidas se algum dia eles dariam certo como um Boy Group.

Ele só não contava com o fato de Christopher ser um daqueles líderes prodígio, que pode fazer tudo acontecer, desde chover no deserto ou até mesmo juntar 8 meninos com personalidades ultra mega diferentes.

Quando Minho se mudou para o dormitório, para enfim dividir o mesmo teto com 8 garotos, ele sentiu que de fato havia ganhado uma 2ª família. Constantemente Chris retomava aquelas palavras de seu pai, deixando bem explícito que seguir em frente é necessário, ao contrário de opiniões negativas de pessoas que não tenham nada haver com a vida alheia.

Como hyung, Minho se via na obrigação de dar exemplo para os outros garotos. Mas não era isso que vinha acontecendo.

— Na missão de hoje, os garotos que não alcançaram as minhas expectativas foram três. – Minho notou Park Jinyoung falar, mas não fez contato visual. Ele nunca faz.

A frente de Park Jinyoung estavam os 9 garotos, formando uma enorme fila lateral. Em seus rostos era perceptível a aflição que cada um sentia.

— Jeongin, na música de hoje eu ouvi bem a sua voz, mas acho que a apresentação foi um pouco desapontante. – Minho ainda ouvia tudo de cabeça baixa.

• FIRST-TIME • hyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora