The Red Crossed Line - Livro I

Capítulo 11 - She Loves Control

Boa leitura e respirem fundo.

*

"Eu quero que seja o que você quiser. Se fizer frio eu sou teu edredom, se você cair, eu te coloco em pé. Vou te ensinar como viver é bom".

Maneva

2019 - Guadalajara, MEX

Lauren que desde que virou mãe tinha o sono mais leve do mundo, escutou o grito de uma criança e abriu os olhos assustada.

Seu braço estava na cintura de Camila e não havia uma curva do corpo dela que não estivesse encostando no seu, a sensação era indescritível... Viu seu celular jogado no criado mudo ao lado da cama.

- Camz... - Chamou tão rouca e sua garganta estava tão seca que doeu.

Cabello tremeu pelo tom e um sorriso surgiu em seu rosto. - Bom dia Dra. - Murmurou se virando.

Lauren arrastou o corpo pelo dela e pegou o celular olhando a hora, haviam dormido menos de duas e meia, o que significava que estariam morrendo de cansaço pelo resto do dia.

- Bom dia... - Sussurrou.

- A gente pode simplesmente apagar o resto do dia e ficarmos aqui? - Camila tirou a mecha de cabelo do rosto de Lauren.

- Adoraria, mas precisamos conversar. - Jauregui foi incisiva.

A latina se sentou e a morena também, mantiveram o olhar, estavam confortáveis em um extremo que assustava pela familiaridade.

- Sim, eu sei... - Camila quebrou o silêncio. - Enfim, preciso me resolver com Bea. Também preciso pegar suas cartas, te mandar o email e a senha, acho que tudo que a gente tem pra contar dos primeiros anos estão lá... Quanto ao resto, estamos aqui.

- Prometo ler tudo, mas quando lermos a gente vai se encontrar de novo.

- Espero que antes. - Camila beijou a mão dela.

- Por mim, a gente já saía daqui colada. - Jauregui murmurou.

- Não quero causar mais um escândalo no casamento da Val e Juls... A gente já estressou demais elas.

Lauren esticou a mão para Camila, a puxou devagar e sentou em seu colo.

- Te achava o máximo quando você era magrela na escola, mas os anos te deram uma bunda maravilhosa, não é mesmo? - Lauren comentou a olhando e apertou ambas as nádegas da latina.

- E o dinheiro me deu seios. - Cabello franziu o nariz sorrindo balançando o busto no rosto dela. - E olha que sempre achei que a vida seria justa, mas pelo que parece, toda comida que comia foi pra bunda. Amém cirurgia plástica.

- Se minha área fosse a plástica, a gente teria se encontrado nessa época.

- Aha, até parece que eu iria até NYC.

- Você foi até o melhor cirurgião plástico, suponho.

- Claro.

- E acha que já não teria tirado esse posto de quem quer que fosse?

- Presunçosa.

- Segura! Quando estudo e gosto do que faço, sei que faço direito.

- Segurança demais em algo tão delicado quanto a vida de outra pessoa pode ser perigoso.

- Eu sou segura comigo, e sei que faço meu trabalho direito, quanto à cada caso e cada ser humano existe um risco diferente e uma atitude diferente a se tratar, meu índice de mortalidade é menor do que em muito hospital no setor de neurologia. Sou boa e ponto, o que determina a situação toda não sou só eu.