Capítulo 14

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Quatro anos depois.

-Kathleen, tome cuidado. –disse Lotte observando a filha correr pela sala segurando uma boneca de pano.

E ela claramente não ouviu, pois continuou correndo e pulando para as cadeiras que arrumará em filas na parede, o que deixaria os criados malucos. Kathleen fora um bebê anjo, mas depois que completou um ano, virou o que Maxwell definiu como "pequeno capeta", o que piorou evidentemente depois que começou a andar, se jogando na frente dos criados, querendo descer escadas sozinhas e até mesmo dar cambalhotas. Agora aos quatros anos só havia uma única pessoa que conseguia manter ela calma e para a surpresa de todos, era o irmão mais novo, de dois anos, Simon que recebera o nome por causa de um determinado detetive, mesmo não sendo o verdadeiro nome dele. O menino era o pai escrito, cabelos cacheados tão escuros quanto ébano e os olhos verdes brilhantes.

No momento Maxwell estavam terminando de ver alguns documentos importantes e Simon, com toda certeza, estaria pendurado ao pai. Literalmente. Simon pegará uma mania interessante de achar que é um macaco e ficava pendurado na costa, perna ou braço do pai que podia mover ele facilmente pela casa. Lotte tinha uma leve impressão que fora Kathleen dizendo isso á ele.

-Ai! –gritou Kathleen tirando a dos pensamentos.

Levantou o mais rápido que se permitiu e caminhou até a filha que segurava o joelho. Lotte sentou na cadeira próxima e pegou a filha nos braços devagar.

-O que aconteceu? –perguntou afastando os cabelos bagunçados do rosto.

Ela tirou a mão do joelho enquanto segurava o choro. Uma das coisas que Kathleen não fazia ainda era chorar, ela segurava o quanto podia, mas ás vezes é claro que desabava. Dizia que ela poderia chorar com a mãe ou o pai, mas mesmo assim não ouviu. Lotte não escondeu a verdade dela, contou sobre Elizabeth, o que chocou, mas depois de dias de confusão e explicações mais simples possíveis, ela entendeu e disse:

-Você é minha segunda mãe, então!

Lotte desatou a chorar enquanto abraçava a menina.

Ela observou o joelho. Não estava ferido, somente vermelho por ter batido no chão. Lotte deu um beijo leve.

-Vai sarar bem rápido. –falou.

A menina não tinha mais lágrimas no rosto, apenas um sorriso.

-Mamãe é muito bonita. –disse colocando a pequena mão no rosto.

-Ora, obrigada. –disse sorrindo. –Você também é linda, minha filha.

-Quero ser como á senhora quando crescer. –disse.

-Se for como sua mãe quando mais velha significa que vai me dar muita dor de cabeça. –disse Maxwell entrando com Simon nas costas.

-Simon! –gritou quando viu o irmão.

-Ka! –gritou Simon querendo descer do pai.

Ambos correram na direção um do outro, colidindo e não caíram porque Maxwell segurou ambos, levantando com os braços fortes e beijando cada um na bochecha.

-Mama. –resmungou Simon apontado os braços para a mãe.

Lotte o segurou no colo, aninhando. Simon como sempre pegou um cacho do cabelo dela, enrolando no dedo, aprendera isso só porque viu o pai fazendo o mesmo.

Maxwell se inclinou e deu um beijo nela.

-Eca. –escutou Kathleen dizer com uma careta.

-Continue com esse pensamento. –disse Maxwell á ela. –Até fazer 30.

-Maxwell. –sorriu Lotte.

-O que? –perguntou inocentemente. –Só não quero qualquer idio...homem para minha filha.

-Idio? O que é isso? –perguntou Kathleen.

-Uma palavra que crianças não devem dizer. –falou Maxwell sentando com ela no colo no sofá.

Lotte o acompanhou, sentindo-se exausta e pesada demais.

-Kathleen, querida, por que você e Simon não vão brincar? –disse Maxwell apontando para os brinquedos jogados no chão.

-Vamos, Si. –disse Kathleen pegando o irmão com cuidado e colocando no chão. –O que quer fazer?

-Bincar. –disse apontando no chão

Lotte e Maxwell observaram ambos sentarem no chão, pegando os bonecos de madeiras e começarem a inventar histórias que só eles entendiam.

-Como está hoje? –perguntou chegando mais perto dela.

-Cansada. –respondeu suspirando.

Maxwell abaixou, colocando a mão na barriga enorme dela e depositando um beijo.

-Você já está cansando sua mãe tanto assim? –sussurrou e voltou até encostarem a testa um no outro. –Não quero nem ver quando nascer. Prevejo que vai dar o dobro de trabalho desses dois.

Lotte sorriu, lembrando quanto ele ficara apavorado na hora que Simon começou a nascer. Ela teve que ordenar para que se sentasse ao lado dela ou saísse de uma vez, até mesmo a parteira ficou irritada, mas depois disse que tinha sorte de ter um homem que a amasse tanto. Lotte não discordou dela.

Ela segurou o rosto do marido e deu um beijo suave e prolongado.

-Ao futuro.

-Ao nosso futuro. –sussurrou o marido beijando apaixonadamente. 

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Uma Noiva para o Duque - Série Perigos e Romance IOnde histórias criam vida. Descubra agora