Capítulo 1

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Inglaterra, Northumberland – 1821.

-Por que diabos não há ninguém para nos receber? –perguntou Alison irritada ao lado da jovem patroa.

Charlotte Kershaw olhou á sua volta, vendo a enorme mansão de pedra negra á sua frente, parecendo esplendida e cheia de si. As escadas largas e enormes levando até os pilares redondos.

-Chegamos dois dias antes do previsto.

Nesse momento o mordomo, Eduardo Bloorman, desceu as escadas em passadas largas, sem perder a postura. Seus cabelos grisalhos, igualmente a sobrancelha encararam as duas mulheres paradas com surpresa.

-Creio que seja a senhorita Kershaw. –disse com uma voz calma.

-Claro que ela é. –disse a criada de modo rude.

Eduardo olhou para a criada ao lado, olhando como se fossem arrancar os olhos dele pela demora.

-Peço perdão. –disse imediatamente fazendo uma pequena reverência para ambas.

-Está tudo bem. –disse Charlote disfarçando o sorriso.

-Cadê o Duque de Clarence? –perguntou Alison ainda irritada e fuzilando o mordomo. –Ele deveria vir receber suas visitas.

-O duque está ocupado, mas tenho certeza que virá imediatamente assim que souber que a senhorita Kershaw chegou. –relatou. –Peço perdão em nome do meu patrão.

Alison estava prestes a rebater algo, mas Charlotte segurou seu braço gentilmente, como um aviso, então ficou em silêncio.

-Onde o duque está? –perguntou Charlotte. –Exatamente.

Eduardo olhou para Charlotte e depois para Alison que ergueu uma sobrancelha enviando um aviso caso não respondesse.

-Nos estábulos. –respondeu por fim sentindo o suor descer pela nuca.

-Pode me indicar o caminho para os estábulos, senhor?

Eduardo ergueu as sobrancelhas, surpreso e teria dito que seria inadequado, mas ao olhar a criada ao lado, desistiu.

-Naquela direção, senhorita Kershaw. –disse.

A jovem se virou no exato momento, caminhando decidida.

-Não tente impedir. –disse Alison orgulhosa. –Ninguém segura minha menina.

Charlotte caminhou alguns minutos até avistar uma cerca com um lindo cavalo malhado e um homem alto, musculoso, usando roupas de montaria, com a camisa com as mangas enroladas até os cotovelos, botas surradas e completamente suado devido aos exercícios matinais com os cavalos. Por um momento a jovem contemplou a imagem á sua frente, pensando nas cores que poderia usar para ficar na cor exata dos cabelos negros como o ébano, a pele morena por conta do sol e as cores mesclando-se atrás dele pela manhã indo embora. Então ele se virou e ela se perguntou se seria capaz de pintar olhos tão verdes e vividos.

-Ah... –ele abriu os lábios surpreso olhando para ela e para a criada e mordomo logo atrás.

-Sou a senhorita Charlotte Kershaw. –disse se apressando antes dele dizer algo. –O Conde de Chester me mandou.

Maxwell Nithercott raramente era surpreendido. Não foi surpresa uma jovem linda parada á sua frente observando cada movimento dele, já estava acostumado com mulheres olhando para ele. O que surpreendeu realmente foi que ela estava na propriedade dele, com seu mordomo e uma criada que ele nunca viu logo atrás, em uma distância respeitosa, e o fato dela ter se aproximado até ele na cerca e estendido a mão como os cavalheiros faziam. Max observou a mão dela e o rosto depois, se perguntando se ela queria que ele beijasse como se fosse á rainha ou simplesmente agisse como se ela fosse um homem.

Uma Noiva para o Duque - Série Perigos e Romance IOnde histórias criam vida. Descubra agora