Capítulo 8

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Inglaterra, Submundo de Londres.

Cabeça Cortada encarava com desdém tanto Carter como Andrew. Pelo menos o mais novo parecia ter sofrido bastante na mão do Duque de Clarence. Ambos contaram o que aconteceu e ele não ficara feliz, nada feliz. Receberia seu dinheiro, o que era ótimo, mas estava curioso e animado em relação a jovem Charlotte Kershaw que soube ser incrivelmente bela. Queria saber se ela iria lhe chamar atenção, pois pretendia realmente ficar com ela para brincar.

-Vocês são incompetentes. –disse sentindo o peso do machado em suas mãos.

Ele gostava de manter sempre afiado e limpo, mas era difícil manter o sangue longe da parte afiada.

-Eu quero a mulher. –falou caminhando até ambos que estavam choramingando ajoelhados e sendo segurados por seus homens.

-Nós perdoe! –gritou Carter desesperado.

-Podemos ir atrás dela novamente! –disse Andrew entre soluços.

-Por favor. –grunhiu Carter apavorado.

-Eu sou misericordioso. –falou balançando o machado. –Vocês tem sorte que eu acredito em segundas chances.

Ele chegou perto de Andrew ainda chorando como uma criança olhando para o chão, então ergueu o machado e de uma só vez, desceu com tudo, cortando a cabeça, vendo o sangue jorrar como uma bela fonte. Carter gritou.

-Você disse que...acredita em segundas...chances. –disse tremendo.

-Eu acredito. –sorriu erguendo o machado. –Segundas chances no inferno.

E desceu o machado mais uma vez e viu a beleza do sangue borrando o chão novamente. Suas roupas acabaram manchadas também, mas não se importava. Largou o machado no chão, voltando sua atenção para a mesa, onde encheu uma taça de vinho e tomou.

-Pelo menos vou receber o dinheiro do maldito duque. –falou.

-Senhor. –disse um dos homens que acabará de chegar.

Peter era seu nome, achava Cabeça Cortada. Ele olhou para os corpos sem prestar atenção e sem sinal de que se importava. Era isso que gostava no homem, parecia não importar com humanos, nunca, não importando a brutalidade que acontecia.

-Sim? –disse erguendo a taça. –Vinho?

-Não, obrigado. –respondeu. –Aparentemente tem um detetive na nossa cola.

-Um detetive? –perguntou sem interesse. –Sempre tem.

-Dizem que este é excepcionalmente bom. –revelou com uma careta que chamou atenção de Cabeça Cortada, pois parecia perturbado.

-Parece que esse detetive lhe perturbou.

-Sim. –confessou coçando a cabeça. –Ninguém nunca chegou perto de nós como ele. Esse detetive sabe de mim e sinto que está perto de descobrir até mesmo sua identidade.

Cabeça Cortada não gostou do que ouviu, por isso bateu com a taça na mesa, derramando vinho.

-Quem é ele?

-Descobri que se chama Simon Holloway. –falou. –É um detetive de West End.

-Então é aristocrata? –cuspiu a pergunta.

-É um jovem visconde. –falou. –Mas fora isso, quase tudo na vida pessoal dele é obscuro.

-Obscuro?

-Só se sabem que a família Holloway morreu em um acidente á anos, ambos os pais morreram e a irmã dele. Somente este tal Simon sobreviveu, mas ficou longe da sociedade durante todos esses anos. Ouviu-se falar dele dois anos atrás já como detetive.

Uma Noiva para o Duque - Série Perigos e Romance IOnde histórias criam vida. Descubra agora