Quando Clarke acordou, Bellamy já se fora. Ele provavelmente teve que acordar cedo para o trabalho. Parecia que ele tinha tido muitos serviços ultimamente, principalmente coisas de carro. Com o inverno divulgando sua presença, muitos veículos estavam tendo problemas, e todos em sua parte da cidade pareciam vê-lo como o cara que poderia consertá-los.
A primeira coisa que ela fez quando saiu da cama foi ir até a mesa e ver se ele realmente tinha terminado o papel. E de fato, ele tinha. Estava em cima do computador, três páginas e meia, grampeado no canto esquerdo e espaço duplo. Ela passou os olhos, satisfeita ao ver que parecia bem escrita. Esperançosamente, seu professor não a conhecia o suficiente para reconhecer que ela nunca seria capaz de escrever isso. Arte era coisa dela. História da arte ? Não muito.
Levou cinco dias para o professor receber a classificação de todos os ensaios, o que, na época da faculdade, não era tão ruim assim. Clarke ficou um pouco nervosa quando viu as notas de algumas pessoas sentadas ao seu redor. C-. D+. Um F? Um F legítimo para a garota sentada ao lado dela? O professor rabiscou uma nota na frente em tinta vermelha que dizia: 'Plágio é um crime. Vejam.'
Oh meu Deus, Clarke pensou preocupada. E se ele pensasse que ela também havia plagiado? Ela tinha, tecnicamente? Se eram as palavras de Bellamy e não as dela, isso era crime? Certamente não quando ele se ofereceu para fazer isso, certo?
A preocupação ficou em pânico quando todos os outros pareciam ter recebido seu papel de volta, e Clarke ainda não tinha visto o dela. O professor ficou de pé em frente à sala de aula, pigarreando, segurando um papel na mão. "Eu tenho um trabalho que preciso destacar", anunciou.
Clarke apertou os braços da cadeira. Meu Deus, ele ia contar para toda a turma que ela trapaceou, não foi? Ele iria fazer um exemplo dela para os outros, para que, quando o exame final chegasse, ninguém ousasse quebrar nenhuma regra.
"Este artigo", disse o professor, "é um exemplo de trabalho".
Os olhos dela se arregalaram de espanto. Espere o que?
Ele sorriu para ela. Clarke Griffin.
Todos se viraram para o fundo da sala de aula para olhá-la, aparentemente surpresos. E não é de admirar. Ela se sentou naquela classe sem nunca levantar a mão, mal dizendo uma palavra. Ela era uma não-entidade que, nas raras ocasiões em que o professor se dirigia a ela, ele a chamava de Connie.
"Clarke, você vem aqui em cima?" o professor convidou, afastando-se do pódio.
Puta merda. Ela levantou-se da cadeira devagar e deslizou para a frente da sala, petrificada para onde aquilo estava indo. Ela tinha um pressentimento que já sabia.
"Suba ao pódio", disse o professor.
Ela fez o que ele instruiu, tentando não parecer um cervo preso nos faróis, esperando que o resto de seus colegas não pudesse ver que ela estava tremendo.
"Gostaria que você lesse isso para a turma", disse a professora, colocando seu ensaio - o ensaio 'dela' - no pódio em frente a ela. "Quando você estiver pronta."
Oh Deus. Ela tentou respirar fundo sem realmente parecer que estava respirando fundo e olhou para a primeira página. Bom Deus, havia palavras ali que ela nem sabia como pronunciar. Bellamy tinha enlouquecido ou algo assim? Ele nem fala assim na vida real.
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Eventualmente - Bellarke
FanfictionClarke Griffin quer um relacionamento real depois de meses sozinha. Bellamy Blake tem suas razões para nunca mais querer se apaixonar novamente. Uma fanfic moderna de Bellarke com muitos outros personagens e relacionamentos espalhados por toda parte...