CHAPTER I.

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— Esquece cara, ele não é dessas. — Park Jimin, um anjo como todos denominavam, mas que para mim, era pior que todos os demônios juntos.

— Você nem o conhece, só foi em duas ou três festas que ele organizou, hyung. — Ou seriam três? — Além do mais, não sei do que está falando.

— Hahaha, muito engraçado! Olha só como soou engraçado essa sua piadinha, hilário. — Ele fingia rir, como se eu tivesse feito mesmo uma piadinha qualquer. — Só não sou mais próximo dele por que não quero e não faço questão nenhuma. Já você, se olhar mais um pouquinho, é capaz do coitado morrer desidratado com essa secada profunda.

— Hyung! Fala baixo. — Digo olhando pros lados. Sinto os olhos de Jimin sobre mim como se eu tivesse acabado de entregar provas concretas em suas mãos — Quer dizer... Alguém pode te ouvir dizer essas bobagens e levar a sério.

— Bobagens??? Mas essas são verdades apenas verdades! Não se preocupe pequeno principe dos virgens, nunca contarei seu segredo pra mais ninguém. A não ser que me perguntem e me obriguem a dizer, é claro. — Ele me odiava, certo? — Ei, calminha. Só estou brincando, cara.

Eu precisava de férias, das aulas, de todas essas pessoas, dos meus amigos (que podia contar nos dedos) e principalmente de Jimin. Ele dizia me amar e sempre reforçando o fato de que "Eu vou ser sempre seu melhor hyung! Todos aqui podem até serem seus amigos, mas eu, eu sou O AMIGO. O melhor e o que mais te quer bem!" E, por um segundo eu poderia jurar que acreditava, só por um mísero segundo, por que depois podia vê-lo zombando sobre tudo que lhe contava. Desde meu medo de bonecas, até minha paixonite de infância por um mulherengo cheio de tatuagens. E essa era a pior parte.

— Bem, eu já vou indo... — Disse já me apressando em levantar. — Preciso ler alguns livros pra aula de arte e são bem complicados de se entender, então já vou.

— Jungkook, você mal comeu e ainda faltam vinte minutos pra acabar o nosso intervalo. Vai ler, na hora do intervalo? — Por que tudo parecia tão difícil quando o assunto se tratava de Park Jimin? — Não que seja um problema, só é meio sei lá...

— Eu gosto de me manter adiantado em tudo, me ajuda bastante. Então já vou indo, Jiminnie hyung... Até mais! — E em alguns segundos estaria livre de todo esse barulho e toda essa encheção de saco do meu hyung, confesso que era engraçado, mas não quando assunto era sobre Kim Taeh... Ele.

Saio apressadamente da mesa a qual me encontrava com Jimin e sigo em direção a biblioteca. Realmente gostava de ir até lá, ler e conversar com senhora Areum, uma das melhores daquele campus. Sigo em passos ligeiros até a parte superior do imenso prédio, a procura do espaço que mais amava ficar. E assim que chego, posso sentir o cheiro de lavanda e livros por todo o espaço. Maravilhoso.

— E a princesa de Norta folheia mais um de seus contos favoritos, prestes a fazer com esse conto torne-se realidade em seus próprios pensamentos. — Disse assim que avistei Areum folheando um de seus contos favoritos. — Olá mileide! Sentires minha falta?

— Jeongguk! Veio cedo hoje!!! Fugindo de algo ou alguém? — Ela sabia, sabia de tudo tão bem quanto eu mesmo. — Ainda não foi falar com o moço bonito, não é? Qual era mesmo o nome Kim Taeyong, Kim Taehoo, Kim Taeh-

— Hyung. Kim Taehyung, Eum — Disse completando sua frase confusa. — O nome dele é Kim Taehyung.

— É mesmo um nome bonito, assim como ele! Dariam um belo casal, garoto. — E como se fosse possível deixar ainda mais óbvio meu nervosismo, me engasgo com minha própria saliva, tendo de recorrer a socorros da boa senhora. A qual me deu um copo d'água e batidinhas leves em minhas costas. — Acalme-se meu filho! Eu não imaginei que fosse levar tão em consideração o que dizia a você. — Ela dizia com uma risada rouca e fofa.

— Muito obrigada, pela água e o as batidinhas nas costas. — Dei-lhe um sorriso envergonhado. Afinal, como ela pôde dizer coisas assim com tamanha tranquilidade? Eu e Taehyung? Jamais aconteceria! Era só um amor platônico onde meu cérebro fazia questão de alimentar todas as noites. — Não diga essas coisas, sabe que nem amigos somos e que jamais teríamos ao menos um laço amigável. Já te disse isso uma vez...

— Não tente me enganar pequeno príncipe. Seu amigo, Jimin, me contou sobre sua nova história. Como era mesmo o nome? Algo como "God is Kim Taehyung" — Droga, droga, droga! Mil vezes, droga. Não era possível que isso estava mesmo acontecendo. Não comigo. — Seu amigo loirinho parece um anjo! Sempre vindo me trazer agrados e contando fofocas suas. Ele é mesmo um fofoqueiro! Um fofoqueiro encantador.

— Jimin? Oh, claro! Um anjo... E o que ele disse, sabe, além do nome dessa h-história? — Ok, ele já sabia o nome e que tinha um segredo não contada, mas e se só tivesse visto de relance em cima do meu criado mudo? — Te contou mais coisas sobre?

— Está nervoso e com medo. Tem algo de tão proibido nesse livro? Contos eróticos? Idealizou uma transa com seu namorado mulherengo, foi? — Todo o ar do mundo havia desaparecido em um passe de mágica ou eu quem estava ficando sufocado demais com minha própria vergonha? — Oh, olha só ele está envergonhado. Não se preocupe jovem! Sei bem o que se passa na cabecinha de vocês hoje em dia. Festas, bebidas alcóolicas, namoros, beijos descompromissados, sexo, sexo e mais sexo. Safadinha demais essa sua nova geração, viu?

— Meu Deus! E-eu acho que, hm- Eu já vou Areum, preciso resolver alguns problemas. Venho amanhã novamente, está bem? Se cuide e não dê ouvidos ao Jiminnie, ele não sabe o que diz além daquelas bobagens. — Bobagens as quais me trariam problemas se não fossem cortadas imediatamente. Dou-lhe um beijo na testa e saio em direção às portas amadeiradas da biblioteca. Com muita pressa e agilidade passo diretamente por todos ali presentes, desde a sala, até mesmo a saída e o corredor. Preciso voltar para a aula e focar somente nas próximas aulas, implorando para todos os deuses que as horas passem voando. Precisava urgentemente chegar em casa e esconder aquelas anotações o mais bem escondido possível. Aparentemente Kim Taehyung, (mesmo sendo somente um personagem fictício em minha história) poderia me causar problemas gigantes e constrangimentos ainda maiores. E tudo estaria perfeito se meu celular não tivesse apitado, sinalizando novas mensagens.

Jimin hyung

God is Kim Taehyung, chapter l

As flores já estavam por cair e o verão logo chegaria

Juntamente com ele, as disputas de vôlei na praia e piscinas da região

Estava ansioso, confesso.

O veria novamente sem camisa e apenas com seu shorts folgado

Seria um dos meus melhores dias naquele inferno escolar.

Vê-lo assim, com seu corpo quase descoberto por inteiro

Sua pele tão dourada e cativante, invejável e desejada

sua pele tão desejada por mim.

Kim Taehyung, me faria suspirar profundamente, por mais uma vez.

O chão já não se fazia mais presente, o ar havia sumido e tudo estava rodando. Senti meus olhos pesarem, minhas mão suavam como se vestisse-as com luvas de lã, meu cabelo já grudava na testa por tamanho nervoso e meu coração. Bom ele já nem se quer batia mais. Eu estava ferrado, fodidamente ferrado. Park Jimin me tinha em suas mãos e sentia que aquele seria meu fim trágico.


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⏰ Última atualização: Sep 28, 2019 ⏰

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