🖤CAPÍTULO 6🖤

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Julia narrando:

As pessoas simplesmente não entendem que suicídio não existe, eu defendo essa ideia com ulhas e dentes, as pessoas nas quais compartilhei essa ideia me chamaram de loka. Quando alguém comete suicídio significa que ela não quer viver, ela tá sem propósito pra viver, ela não aguenta mais, ou seja ela já tá afundada em sua depressão. Entenda ela já estava morta, quem comete suicídio deixa claro pra todos que ela não aguentava mais nada, sua alma já tinha partido, sua alma já havia cido assacinada, não por ela é sim pelas razões que q levou a cometer isso, ou seja as pessoas, as malditas pessoas fazias e sem coração. Essa sou eu agora, como já disse eu não faria suicídio, porque minha alma já morreu, com a sua partida Leo, depois do que aconteceu ontem, sou apenas um ser triste e solitária.
Abrir os olhos e não lembrar do pavor que eu senti ontem era impossível, foi horrível, não pior que perder o Leo, mas foi algo que podia ser comparado sim. Abro os olhos lentamente na esperança de estar no céu, com Leo do meu lado, mas eu não estava, estava provavelmente na casa do Alan, a luz do sol invade o quarto, olho pro lado e vejo Alan sentado em uma cadeira, com um travesseiro em suas costas, uma blusa azul e um short. Ele dormia tranquilamente, eu devia muito pra ele, não sei porque ele me salvou, achei que pra ele o melhor seria eu estar morta, ou jogada em qualquer beco, ninguém sabe tudo que já falou pra min, pra estar insinuando que isso é drama, acredite não é. Quando eu lembro da cena, já começo a chorar, só de lembrar daquele loko encima de min, me sinto tão suja, abraço minhas pernas e choro. Sinto um toque no meu ombro e me assunto, solto um grito não tão alto, pq logo percebo que era apenas o Alan.

Alan: Calma sou eu, Alan. Vc tá melhor?

Ele tenta se aproximar, pra me dar um abraço provavelmente, óbvio eu não deixei, já falei que tenho sérias dúvidas do Alan ele já aprontou de mais comigo, não seria fácil assim, ganhar a minha amizade.

Alan: Tudo bem, se você não quer não vou tocar em você não.

Ele falou de uma maneira tão delicada que nem parecia o Alan falando, sei lá Achei até estranho.

Alan: Vou chamar a Bruna pra te ajudar, você quer?

Apenas balanço a cabeça em forma de confirmação e ele sai do quarto, não confio direito no Alan, até porque ele é homem né. Eu só conseguia chorar, eu vim aqui pra que? Só pra sofrer? Eu não aguento mais, eu ja fui embora, espero que todos entendam. A porta do quarto se abre e a Bruna entra, ela estava com sorriso no rosto parecia ser bem meiga.

Alan: Vou deixar vocês a sós.

Ele fecha a porta e a Bruna imediatamente se aproxima da cama, ela senta na ponta dela.

Bruna: Oie me chamo Bruna acho que você já sabia né?

Ela da um sorriso, pra min, provavelmente na esperança de que eu melhore.

Bruna: Julia né?

Apenas confirmo com um aceno com a cabeça pra ela.

Bruma: Quer tomar uma banho? Acho que você tá precisando!

Julia: si sim...

Bruna: Tá vem comigo!

Eu simplesmente não conseguia, talvez por não comer, ou até porque o meu corpo se recusava a dar mais passo com medo de sofrer.

Julia: Eu eu na.. não consigo!

Um lágrima solitária cai, observo o olhar de pena da Bruna sobre, que logo desvia pra que eu não perceba, ela parecia ser legal.

Bruna: Tudo bem, vou te ajudar. Olha eu não consigo segurar você, não sou um ser forte, não que você seja gorda.

Um sorriso sai sem querer da minha boca, ela sabia como alegrar alguém.

Ela É Minha NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora