Borderline

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Dor, como uma espada atravessada no meu peito. Como chutes em cheio no desgastante espetáculo do convencimento.

Meu coração nu na arena.

Ajoelhada implorando o perdão. Despedaçada com o descaso e seus tons de indecisão e egoísmo.
Dessa vez o fica, o rosto fora da máscara, o se debulhar, o arcar com o risco, o apostar tudo que se cria, que tinha, sem nenhuma carta foi insuficiente.

Diminuida, golpes contra a vidraça da alma. O peso da bagagem do incessante e incurável temperamento.

O que assombra qualquer indício.
Lança o âmago no precipício.

Na solidão dos covardes, no arrependimento dos que tem coragem, sou apenas o que sobrou do que quis um dia, a face do desamor.
Os cacos da desesperança.

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