Kim?

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Por Michael:

É noite, 20h em ponto. Estou numa festa beneficente. Não gosto muito de festas, mas nesse caso tive que vir.
A todo momento, garotas vêm até mim, dando em cima de mim. Tento conversar com elas sobre assuntos variados, mas elas sempre voltam ao mesmo assunto: eu!
Detesto isso! Não quero falar sobre mim. Todas as garotas que eu já fiquei só falavam sobre mim. Eu sempre luto para conseguir uma namorada, mas nenhuma garota, até agora, conseguiu ignorar minha fama.
Decido então ficar em um canto, bebendo a terceira taça de vinho tinto. De repente avisto uma garota sentada à uma mesa, sozinha. Aproximo-me um pouco e a reconheço: é a Kim! A atriz que eu tanto admiro e sempre senti uma paixão platônica.
Vou em sua direção e a cumprimento.
- Olá! - ela me olhou e sorriu.
- Olá!
- Posso sentar aqui?
- Claro! - sentei-me à sua frente e estendo minha mão direita.
- Prazer, Michael Jackson. - apresentei-me, mesmo sabendo que não era necessário.
- Prazer, Kim Lancaster. - ela aperta minha mão. Fiquei surpreso. Achei que ela diria: eu sei.
- Eu admiro muito o seu trabalho, Kim.
- Obrigada! Sou uma grande fã sua.
- Obrigado também!
Um silêncio instalou-se entre nós. Tentei quebrá-lo puxando assunto.
- É... Então... Você... - gaguejei e ela riu.
Que risada gostosa! - pensei.
- Se sua vida fosse uma música, qual música seria? - ela perguntou. Fiquei pensativo.
- Hum... Talvez... "The Hardest Part Is The Night", de Bon Jovi. - ela se calou.
- Entendo. Ah, desculpe pela pergunta ruim. Sou péssima em puxar assunto. - rimos.
- Não é pior que eu. - demos um risinho.
- Kim! - ouvi uma grossa voz masculina chamá-la.
- Kevin.
- O que ele está fazendo aqui? Por que vocês estão juntos?
- Fica calmo. Estamos apenas conversando. Não venha com seus chiliques, estamos numa festa beneficente!
- Você vai ver chilique! - ele a puxou forte pelo braço.
- Hey, solta ela! - ordenei.
- Não, ela tem que aprender.
- Aprender o quê?
- A não estar com outros homens além de mim. - ajudei Kim a se soltar dos braços daquele homem e ficamos abraçados. Foi difícil, mas consegui.
- Quem tem que aprender alguma coisa aqui é você. Aprenda a respeitar uma dama.
- Eu sou namorado dela e faço o que eu quiser! - dei um soco em sua cara.
- Não importa o que você é dela. NÃO-É-ASSIM-QUE-SE TRATA-UMA DAMA!
Kim e eu nos afastamos dele e ela não parava de me agradecer por tê-la defendido.
- Kim, não precisa agradecer. Mas me diga: ele é sempre assim? Monstro, possessivo?
- Sim. - ela respondeu triste.
- Por que você está com ele?
- Ele não era assim no início. Eu acho que ainda o amo.
- Bom... Se você precisar ou quiser qualquer coisa, liga para mim. - dei-lhe um cartão. - Se quiser desabafar, sair ou até mesmo pedir ajuda, não exite em me ligar.
- Ok, muito obrigada! Posso te pedir uma coisa?
- Tudo que quiser e precisar.
- Leva-me para minha casa?
- Claro, vamos!
Fomos até o carro e o motorista ligou o mesmo, levando-nos até a casa de Kim.

A Garota Que Eu Sempre Quis.Onde histórias criam vida. Descubra agora