Fui andando e me sentei ao lado de Lis no sofá, estava passando As crônicas de Nárnia. Fiquei assistindo.
- Bliss, vá tomar seu banho! - minha mãe disse entrando pra cozinha.
- Affs! Ta bom, já vou. - minha irmã diz cruzando os braços - pausa o filme! - agora ela se dirigiu a mim.
- Tá. - eu disse pausando; nossa tv tinha a famosa parabólica da sky
Me levantei e fui até o balcão, ke sentei em uma cadeira e ali fiquei. Seria agora.
- Mãe! - eu disse sem conseguir falar o que queria
- Oi filha? - ela disse abrindo um pacote de bolachas
- Quem é meu pai? - eu disse esperando qualquer resposta. Agora já foi.
- Pode parar! Já basta sua irmã. - ela diz alterando a voz
- Quando você vai falar quem é nosso pai? Você não vê que Bliss está assim por sua culpa? - altero a voz ao mesmo tom que de minha mãe.
- Saia daqui! - ela disse vermelha como uma pimenta.
- Por quê? Por quê você não fala? - perguntei gritando batendo os pés com força.
Subi as escadas. Podia sentir meus olhos embaçar de lágrimas, entrei em meu quarto bati a porta com força e deitei em minha cama sem me preocupar em tirar o all star. Logo senti as lágrimas quentes descendo em minha pele pálida e chegando até o lençou da cama o molhando.
Ouvi a porta se abrir, me virei para ver quem era com um "sai daqui". Era a caçula.
- O que aconteceu? - ela perguntou enquanto seu cabelo grande cor mel pingava água no chão.
- Nada. - respondi enfiando minha cara no travesseiro.
- Foi minha mãe, não foi? Ela não falo de novo. - ela ja sabia
- É. - eu disse sem esclarecer o ocorrido.
- Não fica assim! Se não também vou chorar. - ela diz ae sentando com um pijama em minha cama
- Tá! - me levanto à abraçando
- Posso... - ela diz sem terminar - posso durmir com você hoje? - arregalei os olhos. Minha irmã nunca quis estar próxima de mim.
- Claro que pode. - dou um sorriso de lado.
Ela sorri e vai para seu quarto. Me levanto, pego minha toalha e vou para o banheiro. Tomo um banho longo, estava imunda e meu cabelo ainda tinha folhas de quando caí da árvore. Só queria dormir agora.
Fecho o chuveiro e me cubro na toalha e vou até meu quarto.
Abro meu guarda-roupa que é todo espelhado e pego um short solto azul e uma blusinha branco, na outra parte pego uma coberta que dava pra nós duas e dois travesseiros. Me deito e logo ouso os passos de minha irmã chegando.
- Boa noite Sam! - ela se deita
- Bia noite! - eu digo e durmo sem ver quando minha mãe foi deitar.
Acordo com um barulho, olho no relógio encima do meu criado-mudo, eram 04:00 da manhã. Voltei a dormir. Ouso o barulho de novo, me levanto. Ligo a luz minha irmã ainda dormia.
- Eu sou seu pai. - uma voz sinistra e indecifrável fala.
- Quem tá ai? - pergunto ao ouvir a voz
- Venha comigo! - a voz voltou a dizer
- Mãe, é você? - esperei resposta e nada
As luzes começam a ligar e desligar sem parar, olho pra minha irmã que ainda dormia e me apavoro.
- Para! - eu digo assustada.
A voz sumiu e as luzes se apagaram, exeto a do meu quarto que permaneceu acesa. Desci as escadas e fui a sala, tentei ligar a luz mas foi tentativa falha. A luz não ligava.
- Mãe?! - vejo um vulto passar atrás de mim
Vou subindo as escadas segurando o corrimão, sinto algo molhado e grudento nas mãos. Quando olho me deparo com sangue, sangue por todas as partes da escada nas paredes. Comeso a gritar.
- Bliss, Bliss, Bliss! - vou ao quarto de minha mãe, ela não está lá vou ao meu quarto encontro Bliss dormindo " ela não ouviu nada?"- pensei.
Tento acorda-la e nada. Pego as chaves e vou até a porta sinto sangue nos meus pés pois estava descalço.
Vou até o jardim, minha mãe estava amarrada em pé numa árvore, imediatamente eu à solto.
- Mãe, está bem? - falo abrançando-a
- Bliss! - a única coisa que ela diz.
Não! Esqueci Bliss lá dentro. Corro e tento abrir a porta. Droga! Esqueci a chave do lado de dentro, a porta está trancada.
