Envolvidos pela música

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Acontecimentos...

Logo depois, cada um agiu como se não conhecesse o outro...

Mas uma coisa continuava a intrigar a minha mente.

Aquele lado dele, ninguém o conhecia?

Ele passa ao meu lado sem ao menos perceber a minha presença com a mão na cintura Kate...

Kate era só uma badgirlzinha que andava no mesmo grupo que ele, mas especificamente seu cachorrinho de estimação.

Mas ela parece outra pessoa quando está fora do colégio.

Ela provavelmente é da Máfia e faz tráfico de drogas, ou se prostitui...

Mas ele, não parece um badboy desses verdadeiramente ruins... Está mais para a classe dos revoltados...

Estava difícil me equilibrar com aqueles livros, mas eram precisos se eu quisesse usá-los como exemplos para o trabalho da próxima aula.

Eu aguento, se eu correr até a sala pode ser que pareça menos pesado...

Então comecei a correr com todas as minhas forças, acabei até a passar somente um corpo de distância deles.

Logo eu caí de cara no chão.

Tento me levantar com os livros, por sorte ainda intactos nas minhas mãos, vacilo horrivelmente.

Olho para o meu tornozelo direito, inchado e começando a ficar roxo.

Eu vou morrer pisoteada pelas pessoas que passarem por aqui, eu não consigo me levantar.

Eu sei que isso não foi um acidente.

Olho para a cima e vejo uma Kate sorridente, com sua cara nojenta de sempre.

Eu a estou encarando meio que esperando ela ir embora.

Mas ela parece que não entendeu e não vai embora.

Ela está me esperando chorar?

Querer me cortar?

- Vamos logo! Kate, o que está esperando? Parece uma idiota! - diz o Thomas, cortando nosso contato visual.

- Claro, Thomas! Me desculpa! - diz como sua típica cadelinha.

Ele tira a mão, da cintura dela e fala: - Ei, Kate! Vai indo na frente, preciso pegar aquele CD que o Tedd me emprestou, ou você sabe ele me mata.

- Ok! Bye! - ela diz saindo rebolando.

Quando ela já não estava mais a vista de onde estávamos, ele me ajuda a levantar e começa a andar me arrastando junto para o lado oposto do dela.

- Onde você pensa que está me levando? - eu indago, não entendendo a situação.

- Na enfermaria, talvez? Você vai piorar se tentar andar desse jeito.

- Hum... Por que? Por que está se importando comigo? Você não deve ajudar ou se relacionar com pessoas que não são do seu "grupo"! Além disso, você mentiu para me ajudar... E como você viu que eu torci o tornozelo?

- Que discurso! Mas agora deixa eu te explicar, só estou te ajudando porque você realmente precisa e também que a Kate exagerou. E eu posso me relacionar, ou seja lá qual a palavra, com qualquer pessoa. Respondendo a sua pergunta de mentir, eu teoricamente não menti, eu disse que ia pegar um CD para devolver ao Tedd, isso não é mentira, só que eu já o peguei está aqui no bolso do meu moletom. Por último, eu descobri porque você já teria levantado se não tivesse torcido.

Então ele tirou vantagem de uma coisa que era verdade para mentir por mim? E ele entendeu na hora o que eu teria feito?! O que é isso?

Quando percebo, já estamos entrando na enfermaria, a enfermeira nos vê e pergunta: - O que houve jovem rapaz?

Jovem rapaz?! Kkkkk...

Eu sorri segurando me riso.

- Oh, sim! - ele disse ainda meio estranhado pelo que ela havia chamado ele - Eu vim trazer ela, torceu o tornozelo e está ficando roxo, então para eu conseguir ainda chegar à tempo da aula eu a trouxe aqui.

- Que rapaz gentil! Claro, coloque ela na cama para eu examinar seu tornozelo!

Ele concorda com a cabeça e me colocar sentada na cama.

Ela se aproxima de mim e pergunta: - Qual dos tornozelos?

- O direito... - eu falo em um sussurro.

- Não precisa ficar com vergonha! Agora vamos dar uma olhada.

Eu tiro o tênis e a meia do pé direito, enquanto ela começou a examiná-lo.

Olhei mais de perto, estava quase com uma beringela...

- Eu vou procurar uma faixas para você voltar e eu já volto! - a enfermeira diz alegremente se afastando para o armário de remédios.

- Então, sobre a sala de música...

- Em hipótese alguma só você irá utilizar! - eu disse relutante.

- Não era isso que eu ia dizer! Que tal nos encontrarmos hoje depois da aula na sala de música? - ele diz rápido quase impossível de entender nervoso.

- Ahn... Eu, não sei... Mas...

Eu ia terminar de responder, mas a enfermeira já estava quase aqui.

Ele me deu um beijo na bochecha de repente e sussurro no meu ouvido: - Estarei lá...

E saiu da enfermaria...

- Querida, o seu amigo já foi embora, que pena! Tão gentil, difícil de achar alguém assim hoje em dia! Aproveite a chance!

- Hum...

- Voltando ao seu tornozelo torcido, primeiro, vai ter que ficar de repouso aqui na enfermaria até a hora de que acabar as aulas para não forçar o seu tornozelo e vou passar agora um spray que vai arder no começo, mas vai aliviar a sua dor... - ela diz a passar um spray que tem um cheiro meio esquisito no tornozelo.

Mas logo depois não senti dor nenhuma...

- Agora que já passei, tome esse remédio aqui para dormir. Dormir vai ajudar... - ela diz me entregando uma cápsula e um copo de água.

Eu os pego, mas antes falo: - Você poderia pedir para alguém trazer os meus materiais, já que não vou ao resto das aulas, por favor? - eu pergunto.

- Ok. Apenas, descanse.

Eu tomo o remédio e me deito.

Ele parece não estar fazendo...

Fechei os olhos e apaguei de sono...

Envolvidos pela músicaOnde histórias criam vida. Descubra agora