Capítulo 3

3.8K 240 9
                                    

Marina acaba de tomar seu banho e depois de se vestir, ela sai do banheiro e vai direto para a cozinha, onde encontra dona Edith com as mãos molhadas.
— A senhora não me esperou, mãe? — diz quando vê sua avó lavando alguns legumes.
— Ah, me desculpa, filha. Vi que você estava cansada, só queria adiantar um pouquinho. — dona Edith diz e já vai pegando o pano de prato para poder secar suas mãos nele.
— Não tem problema, agora senta lá que eu termino. — Marina diz dando um sorriso e ouve sua avó resmungando algo baixinho. — A senhora sabe que eu amo cozinhar.
— Eu sei.
— Então só fica aí quietinha e relaxa. — Marina diz lavando as mãos para começar.
— E como foi lá o trabalho? — dona Edith pergunta sentada na mesa da cozinha.
— Foi muito bom, conheci os outros membros da empresa. Hoje grande parte foi só de apresentação, mas amanhã que eu começo a colocar a mão na massa mesmo. — diz abrindo o armário e pegando o macarrão.
Ela deixa o pacote de macarrão em cima da pia, vai até a geladeira pegando a carne moída e depois volta no armário novamente para pegar o molho e também os temperos. Sua avó, era uma pessoa que cuidava muito bem da saúde e quase não tinha problemas, então Marina podia cozinhar qualquer coisa que sua avó sempre comia.
Ela então começou picando dois dentes de alho dentro da panela e colocou um pouco de óleo também, onde colocou a carne para cozinhar. Em outra panela, ela colocou a água para ferver, onde faria o macarrão e a água não demorou nada pra ferver e pôde se sentar um pouco do lado da sua avó e descansar um pouco, enquanto esperava.
Quando finalizou o jantar, ela e sua avó comeram num ambiente pacífico e tranquilo, e logo depois, Marina começou a retirar todas as coisas da mesa, e já foi pra beirada da pia começar a lavá-las.
— Bom, vou deixar você aí, e já vou me deitar que estou com um soninho. — diz sua avó se levantando da mesa. — Boa noite, querida.
— Boa noite, mãe. — diz Marina se inclinando pra trás, sem parar de lavar a louça.
Sabia que era uma característica de pessoas de mais idade dormir cedo mesmo; encarou o relógio vendo que ainda era 20h30min, Marina tratou de se apressar por conta de que precisava aproveitar seu tempo livre e continuar fazendo aquele curso de Direito Digital e foi isso que ela fez depois que deixou a pia brilhando e sem nenhuma sujeira. Foi para seu quarto, ligou o notebook e terminou de fazer a primeira aula, anotando tudo aquilo que achou importante ao longo do que o professor do vídeo explicava. Quando viu que não aguentava mais seguir adiante, ela desligou o notebook, foi escovar seus dentes e em seguida, se deitou para dormir.
Marina acordou no dia seguinte com o barulho do despertador, que havia programado para despertar meia hora mais cedo do que ela estava acostumada a acordar, pois queria se arrumar com calma pro trabalho e passar uma boa impressão de pontualidade. Então dessa vez, ela não ficou enrolando deitada, se levantou de uma vez, e foi logo para o banheiro, tomou um banho, depois saiu enrolada numa toalha e foi até o closet, pegando um conjunto de blazer e calça roxo, mas com listras. Depois de se vestir, foi pra frente do espelho pentear seus longos cabelos, e os amarrou num belo rabo de cavalo, passou um pouco de corretivo nas áreas dos olhos para esconder suas orelhas de uma noite na qual ela não dormiu muito, devido a sua ansiedade de começar o trabalho. Também passo um blush rosado nas maçãs do rosto e um gloss quase da mesma cor. Pegou sua bolsa e assim que abriu a porta do seu quarto, o cheirinho de café recém-coado invadiu todo o espaço, então ela tratou de ir logo para a cozinha, encontrando sua avó sentada no sofá bebericando café em uma xícara.
— Bom dia, mãe. — Marina cumprimentou sorridente.
— Bom dia, filha. Dormiu bem? — disse sua avó, se virando para trás para encará-la.
— Não muito, mãe. — responde Marina, entrando na cozinha.
— Você fica tão bonita com esse conjunto. — Sua avó diz.
— Obrigada. — diz.
Marina vai até a mesa, onde se depara com um pão recheado bem quentinho e deduz que acabou de sair do forno, pois o cheiro já incendiava a cozinha toda, então ela não perdeu mais tempo, pegando um prato e a xícara. Ela se serve e na primeira mordida, já solta um longo suspiro.
— Esse pãozinho está maravilhoso. — diz com a boca um pouco cheia.
— Obrigada, filha. — diz sua avó surgindo pra vir se sentar perto de Marina e lhe fazer companhia.
Nisso, um silêncio se instala entre as duas e os pensamentos de Marina começam a ficar mais fortes, desviando sua atenção do café, e pensa em como gostaria que seus colegas de trabalho a vissem e também começou a refletir sobre o que fez de errado no outro emprego, para evitar de ser demitida por algum erro bobo, mas que podia prejudicar os negócios de alguém. Além disso, pensava que qualquer deslize numa empresa tão famosa como a de Gabriel Evas, poderia arruinar toda a sua carreira de advogada.
— Terra chamando Marina! — Sua avó disse, a tirando de seus pensamentos.
— Oi, mãe, desculpa.
— Tudo bem. Você tem que dar uma segurada nessa sua ansiedade. — dona Edith diz com uma expressão de preocupação.
— Eu sei, estou tentando, mas eu posso ter uma carreira grandiosa lá, e só essa ideia me deixa muito animada, mas também tenho medo de acabar estragando tudo. — Marina diz e apoia seu queixo em uma das mãos, pensativa.
— Calma, filha. Vai dar tudo certo, você já está meio caminho andado! — diz dona Edith.
— Espero que sim. — Marina olha no relógio e resolve se levantar. — Preciso ir andando.
— Espera, antes de ir, leva isso. — diz a avó chamando a atenção dela, que volta e olha atenta para dona Edith, que está com uma das mãos fechadas e a abre, revelando um dinheiro. — Leva para comprar seu lanche, e se sobrar você passa no mercado e traz algo pro jantar, pra você fazer sua marmita pra amanhã.

A Proposta Do Sr Evans Onde histórias criam vida. Descubra agora