prólogo

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Era final de tarde e o sol estava batendo nas ondas do mar, onda pós onda, todas refletindo o amarelo vivo do sol. E assim que se chocavam uma nas outras e desciam para a areia o amarelo desaparecia e dava lugar a espuma branca e vazia.
Mas logo após a espuma, tudo começava denovo em outra onda ao fim do horizonte. E eu na sacada de casa assistia o fim de cada onda e ao início de outras. Infinito.
Não reparei nas horas, apenas observei o céu amarelo se transformar em laranja e depois de algum tempo já estava rosa. Até que, finalmente, se tornou preto e o sol deu lugar a lua que agitou ainda mais as ondas, porém tirou delas qualquer cor que o sol tinha lhes dado.
E eu, querendo que o amarelo durasse para sempre, me perguntei se o sol sabia quanta falta ele fazia.

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