Capítulo 10 - Cool girl.

3.9K 391 236
                                    

Universe Sandbox 2 é um simulador gravitacional.

Lauren Jauregui point of view

As estrelas estavam escondidas pelo tempo nublado desta noite de sábado. As luzes dos postes jogavam uma cor branca e forte para cima ao invés de iluminar o único local do qual elas têm o propósito, o chão. Eu me estresso com facilidade quando começo a ficar sozinha com meus pensamentos, ainda mais quando se anda, aproximadamente mil e seiscentos pés (ou 3 mil milhas ou 5 quilômetros).

Meu celular tocava frequentemente em meu bolso, vibrando e me fazendo ficar mais estressada. O desliguei.

Quando cheguei em casa abri a porta sem fazer tanto barulho, segui para a cozinha e vi minha mãe enchendo sua xícara com café.

- Oh, Oi, filha, achei que dormiria na casa da sua amiga - disse enquanto bebericava. Neguei.

- E-eu n-não c-consegui dormir lá.

Ela colocou a xícara na bancada.

- Por que está suada? Você veio andando sozinha pra casa? - ela começara a elevar um pouco o tom de voz. Assenti. Ela suspirou. - Lauren, querida, são onze horas da noite, da próxima vez me ligue e eu te busco, ok? - Assenti novamente.

- D-desculpe, mãe - pedi. Ela sentou-se na cadeira, voltando a beber seu café. - Mãe, Dinah fará uma festa no próximo sábado, eu posso ir? - ela me olhou concentrada.

- Eu não deveria deixar, já que veio andando sozinha a noite até em casa, mas só vou te deixar sem seu Playstation 4 - abri a boca indignada - A festa vai ser sua punição, você nunca vai mesmo. - assenti ainda indiguinada.

Comecei a ir em direção as escadas.

- E não fale nada com os pais dela, eles não sabem da festa.

Ascendi as luzes de meu quarto, coloquei a mochila em cima da cadeira e me joguei em minha cama.

Eu não consigo mais ficar perto de Camila Cabello.

Quando ela perguntou se eu gostava, de forma romântica, de Normani, eu fiquei indiguinada. Só porque gosto de garotas quer dizer que toda menina na qual eu tenho contato é meu interesse romântico? Eu não posso tocar em outras meninas que elas (ou outras pessoas) acham que eu estou afim.

Levantei de minha cama e sai do quarto. Segui pelo corredor e abri a porta do quarto de Taylor lentamente, temendo que ela já estivesse dormindo. A luz do celular atingia seu rosto, ela virou na direção da porta e deu um sorrindo quando me viu.

- Hey, Tay - disse me aproximando.

- Você não ia dormir fora hoje? - perguntou. Ela deitou de barriga pra cima e me olhava com curiosidade.

- Eu v-voltei pra casa andando. - contei. Ela abriu a boca em surpresa e depois gargalhou.

- É claro que você fez isso - disse - Mas o que lhe trás até a minha toca, senhorita? - fez uma voz mais rouca.

- Ó, s-senhor das sombras procurei-lhe por todos os c-cantos deste mundo - coloquei a mão na testa como as princesas faziam.

- Agora que me encontras-te, diga do que precisas, minha princesa. - ela fez uma reverência.

- Preciso achar a-alguém que aqueça este c-coração. Quero que a-alguém apaixone-se por e-esta mísera p-plebéia - disse. Taylor colocou a mão no queixo fingindo pensar.

- Pegue isto, menina - ela estendeu um pedaço de fita de cetim azul - Dê para qualquer um que já lhe conheça e esta pessoa se apaixonará em dez segundos.

O Universo Numa Casca de Noz Onde histórias criam vida. Descubra agora