Capítulo 15 - Romeu em apuros

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Camila Cabello point of view

Sinu me esperava na porta assim que Lauren estacionou o carro de frente a minha casa. Infelizmente, mesmo com toda a vontade do mundo, não dei um beijo de despedida na morena, isso porque não queria que mamãe fizesse um show por descobrir que sua filha agora beija outras meninas. Então me limitei a dizer um tchau carinhoso a Lauren.

Minha família sempre prezou por amizades latinas. Vivíamos em um bairro com vizinhos latinos, mexicanos, cubanos, porto riquenhos. Mamãe adorava essas amizades e preferia que eu, e a família toda, lembrassemos de quem somos e onde viemos e, claro, quando apresentei um namorado, que também era latino, meus pais ficaram animados por eu estar com alguém que também entende a nossa situação nesse país desde as declarações do presidente Trump. Mas não posso negar que venho ficando extremamente insegura em relação ao meu, possível, relacionamento com Lauren. Eu sei que os pais sempre querem o melhor para os seus filhos, pelo menos eu sei que os meus pais querem, mas tenho medo da reação deles de saber que depois de terminar um relacionamento, que na mente deles era perfeito, para depois aparecer em um outro com uma menina, será que eles iriam entender? Eu espero que sim, porque se depender de mim, Lauren e eu seríamos namoradas em breve.

Embaixo do chuveiro quente eu consigo sentir sua boca na minha e o jeito que ela me toca, sempre mantendo um aperto firme no meu quadril. Mordo os lábios quando desço minha mão para o meio das minhas pernas. A água cai nas minhas costas e eu sei que elas devem estar vermelhas, não mais que meu rosto pois posso vê-los pelo reflexo da porta do box. Mordo os lábios mais forte para conter o gemido alto que quer escapar, eu sei que eu nunca consigo controlar meus gemidos, mas estou em casa e meus pais estão no andar abaixo.

Consigo chegar ao meu apice mais rápido do que imaginei, embora das outras vezes eu só ficasse na lembrança do que é ser tocada, desta vez eu consigo fazer a minha mente trabalhar melhor. Visto minha roupa rapidamente e saio do banheiro as pressas para chegar no quarto e ver se tem alguma mensagem me esperando.

– Até que enfim – diz Sofia assim que abro a porta do banheiro que compartilhamos. Fico sem graça pelo motivo da minha demora, mas ela é um neném ainda para se quer pensar no que a irmã mais velha estava fazendo no banheiro a alguns minutos atrás. – Você demora muito pra fazer cocô. – disse antes de me empurrar da frente da porta e passar para dentro do banheiro.

Sorrio com seu jeito birrento.

Caminho até meu quarto, abro a porta e fecho-a em seguida, correndo para pegar meu celular que estava carregando. Nenhuma mensagem de Lauren até o momento, mas há uma de Mani perguntando se podemos marcar uma outra festa do pijama.

"Claro que sim. Podemos aproveitar para estudar, tenho prova de química semana que vêm."

Minutos depois ela responde:

"Ótimo, vou chamar Dinah e Lauren, tudo bem?"

Sei que ela não está pedindo permissão, e muito menos interessada se estou confortável por quem ela quer chamar, esse é mais o tipo de pergunta que ela faz quando quer dizer que não chamará Mariana.

"Tudo bem" – respondi.

Joguei o celular na cama e me joguei, enrolando-me nos lençóis cheirosos e aspirando o cheiro de rosas. O sono não demorou a vir, e com ele, uma bela menina de olhos verdes chegou para me contar os segredos do universo.

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