"- Ora, ora, ora... Vejam só se não são os meus empregados mais atrasados. - falou a mulher de longos cabelos loiros e com um roupão preto, estava sentada em uma grande cadeira atrás de uma mesa, de costas, não deixava seu rosto a amostra.
- Desculpe-nos a demora, senhora. Mas finalmente a conseguimos.
- Ótimo, imprestáveis. Saiba que ninguém pode saber da existência dessa criança. - ouve-se uma leve risada.
- O que faremos? - perguntou um dos dois homens.
- O que tiver que ser feito, se for preciso, mate-a. - a mulher tragou seu cigarro. Os homens respiraram pesadamente. - O que houve? Os homenzinhos não estão com medo de fazer isso, estão?
- Não...não, senhora. Faremos o que for preciso para que essa criança jamais atormente-lhe. - respondeu o segundo homem, com o coração acelerado e a respiração pesada, que carregava em seus braços a tal criança.
- Ótimo, agora vão! - a mulher gritou. Os homens retiraram-se da sala e seguiram para o corredor.
- O que faremos? - um dos homens, alto, gordo e branco, perguntou. Era difícil ver seus rostos, por algum motivo a iluminação no corredor era baixa, quase nenhuma.
- Daremos a alguém, entregaremos à um orfanato, eu não sei. Faremos qualquer coisa que não seja matar a criança. - o segundo homem respondeu, ainda assustado com tamanha crueldade da mulher loira.
- Se caso ela descobrir que nós a enganamos? - o outro homem questiona novamente.
- Nós não iremos enganá-la. Ela pediu que déssemos um jeito na criança, é o que faremos. No entanto, de uma forma menos cruel.
- Então melhor nos apressarmos antes que mude de ideia e resolva matar-nos no lugar da criança. "