- Desde quando vocês são amigos? - Robbin questionou-o apontando para nós dois.
- Só estamos aqui porque Scarlett precisa falar com você. - Harry respondeu-o me levando para próximo de Robbin pelo braço.
- Então esse foi o nome que lhe deram?! Enfim, eu não tenho nada para falar com você. Por favor, saiam! - Robbin disse enquanto encaminhava-se para uma cadeira.
- Eu só preciso saber dos meus pais. Quem são, para quem você trabalha, por que isso tudo... - Eu disse e logo após Robbin começou a gargalhar em tom irônico.
- Você é tão inocente, não faz ideia de onde está se metendo. Continue com suas perguntas sem respostas longe daqui. O máximo que posso dizer é que agora também estou fora dessa história, após longos anos sofridos.
- Olha só, pai. Diga para ela tudo o que ela quer saber, resolvemos isso e vamos embora. - Harry tentou convencê-lo.
- Não posso. Não vou. Não quero. Felizes? Não? Que pena. Adeus. É melhor para os dois não se meterem nessa história toda. - Robbin sorriu e pegou um cigarro. Isso me enfureceu. Fui até ele e tirei o cigarro de sua mão.
- Diga logo tudo o que sabe! Não tenho tempo para jogos. - eu disse apertando o cigarro contra a mesa.
- Ou o que? Façam-me o favor, dois adolescentes ingenuos e indefesos. Ou vocês vão com as próprias pernas ou vão querer uma ajudinha? - Robbin levantou-se.
- Nós vamos, mas não pense que ficará assim. - disse e puxei Harry.
Nós saimos e fomos ligar para Chloe e Dave. Após uns minutos no telefone com eles, Harry desligou e fomos ao encontro deles.
- E agora, o que pretende fazer? - Harry me perguntou.
- Eu não sei, mas isso tudo só me deixou mais curiosa.
- Sério? Curiosa? Não foi com medo, nem nada disso? Caralho ein.
- Mas o que posso fazer agora Harry?
- Não sei, mas vamos pensar em algo.
(...)
Anoiteceu e fomos a um hotel de um conhecido de Harry que nos cedeu por tempo indeterminado duas suítes de casal.
A mesma separação das barracas se manteve para os quartos.
- Amanhã acordaremos cedo novamente para visitarmos uma pessoa. - Harry nos informou e se retirou para o quarto.
- Boa noite para você também. - gritei enquanto ele batia a porta. - Só espero que essa pessoa realmente nos ajude.
Nós três deitamos e adormecemos.
Acordei com algumas batidas fortes na porta do quarto.
- Andem! Acordem! Não temos tempo. -reconheci a voz de Harry.
- Já acordamos! - gritei enquanto sacudia Dave e Chloe.
Nos aprontamos e Harry nos levou a um lugar estranho, afastado da cidade e meio precário.
- Por que estamos aqui? - Chloe questionou.
- A pessoa que mora aqui talvez nos ajude. - Harry disse procurando o número da casa.
- E quem é essa pessoa que pode nos ajudar? - Dave se interessou.
- Um antigo amigo do meu pai que por algum motivo se afastou dele e suponho que tenha algo a ver com a Scarlett. Aqui! Chegamos. - Harry nos apontou uma casa de dois andares, bem simples -e dizendo simples digo quase caindo aos pedaços.
Entramos e fomos recepcionados pelo amigos do pai de Harry, Gary. Conversamos com ele mas infelizmente não nos disse nada de produtivo.- Eu já disse, Harry, os motivos que afastaram-me do seu pai foram pessoais. - dizia Gary enquanto enchia seu copo com um pouco de cerveja, logo após dando um gole. - Ele pedia serviços muito arriscados e não me dava uma boa recompensa.
- Mas teve uma época que os dois trabalhavam para uma pessoa em comum e que meu pai ainda trabalha, quem é?
- Ah, faz muito tempo, não vou me recordar assim...
- Foi um serviço relacionado a uma criança, eu, que foi dada para a morte e vocês conseguiram um casal para cuidar. - eu disse esperançosa.
- Oh, sim! Veja como você está! Nem parece mais aquele bebê inocente. - ele deu uma risada. - Está até gostosa.
- Não é isso que queremos saber, quem foi a pessoa que pediu para que vocês a matassem? E por que? - Harry questionou sem sorrir em qualquer momento.
- Queria muito poder lhe ajudar, Harry, mas eu não posso contar-lhe nada sobre isso. Tenha certeza que será mais seguro para todos nós. Agora que dei um jeito na minha vida, não a bagunçarei de novo por vocês, lamento. - levantou-se. - Se puderem se retirar por favor, agradeceria, tenho um compromisso agora.
Nós saímos e voltamo para o hotel. Harry reclamou o caminho inteiro de como foi difícil chegar na casa de Gary e ele não nos dar nenhuma informação. finalmente chegamos ao hotel e fomos dormir.
Acordei sem nenhum barulho ou sinal de Harry. Logo a seguir meu celualr apitou avisando que uma nova mensagem havia chegado.
- Amém! Finalmente pude aproveitar meu sono. - olhei o horário, 11:40hrs. - Nossa, aproveitei mesmo.
Li a mensagem que dizia: "Venha para o meu escritório o mais rápido possível. Darei-lhe o que tanto deseja. Ass: Robin."
Oh, céus, foi tão fácil assim? O que houve para mudar de ideia tão rápido? Melhor não questionar e obedecer antes que mude de ideia.
Levantei-me e coloquei uma roupa. Fui até o quarto de Harry chamá-lo e mostrá-lo a mensagem.
A porta do quarto dele estava escancarada, então entrei.
- Harry! Harry! Preciso falar com você, você não vai acreditar!- procurei-o por todo o quarto e nenhum sinal. Apenas móveis derrubados e a cama bagunçada. - HARRY? - gritei.