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Taehyung achou o conjunto de peças perfeito. Não muito formal, vaporoso e muito masculino. Custara caro, mas valera a pena. Para combinar com Hoseok e enfatizar a sua pouca altura, ele calçou um par de sapatos com palmilhas. Não costumava usar sapatos com palmilhas, mas faria um sacrifício em nome do seu objetivo. Dividiu o cabelo ao meio , mostrando um pouco de sua testa. Escolheu um casaco azul escuro para combinar com a camisa de tecido branco e uma pequena bolsa a tiracolo masculina. Aplicou o mínimo de batom: ressaltando ainda mais o vermelho natural de seus lábios.
Simples, masculino e bastante inocente: era a aparência que Taehyung queria ter.
Como ele esperava, Hoseok foi pontual. Ao ouvi-lo bater à porta, ele sentiu vontade de não abrir, mas ajeitou o cabelo e deu um sorriso forçado — que se apagou assim que o viu. Como ele ousava ser tão atraente? Incrivelmente perfeito, com aquele queixo delineado e firme, para não falar de seus músculos e de sua altura. Imaculadamente vestido num jeans e numa camiseta que realçavam seus ombros e seu abdome, ele nem parecia real. Não admirava que ele achasse que podia navegar entre outros: deveria ser tão fácil para ele, que não lhe ocorria ser diferente. A confiança de Taehyung evaporou. A quem ele estava enganando? Realmente poderia brincar com um fogo como aquele?
— Pensei que poderíamos comer uma pizza antes do cinema — disse Hoseok alegremente, com um olhar de satisfação.
Kim se empertigou e voltou ao jogo. Deveria superá-lo. Faria tudo para suplantá-lo.
— Ah, isso seria ótimo, mas... Para assistirmos o filme que eu estou querendo ver faz tempo, teríamos que ir diretamente para o cinema. — Taehyung mordeu o lábio inferior, arregalou os olhos e o encarou. — Você se importa? — perguntou ele, com uma voz doce e hesitante, esperando parecer um ator dos anos 1960.
O brilho satisfeito dos olhos dele se apagou, e Hoseok demorou para responder.
— Não... Isso não é problema. Então... Vamos?
— Ah, por favor, entre por um instante. — Taehyung deu um sorriso, tentando parecer agradecido.
— Eu preciso pegar o meu agasalho.
Era uma noite de verão, e ele não precisava de agasalho, porque estava fervendo. Mas, sempre que saía do cinema, sentia frio e, apesar de querer provocá-lo, não pretendia procurar calor junto dele.
— Obrigado. — Hoseok parecia surpreso.
Taehyung percebeu que ele analisava o apartamento. Sabia que sua casa era bem decorada e acolhedora, mas a presença de Hoseok fazia com que o espaço parecesse ter encolhido, o cenário desaparecido, e as cores desbotada, concentrando toda a sua atenção.
— Você tem uma bela casa.
Taehyung pegou o casaco que colocara no braço do sofá.
— Você pensou que eu morava em um conjugado deprimente? — Como se esperava de um solteirão solitário, que ele presumia que ele fosse? Sabendo disso, Taehyung colocara algumas fotos da sua viagem ao Brasil, com Seokjin, no computador. Por que todos insistiam em diminuí-lo? Seus pais tinham dito que Seoul era muito grande para ele. A única coisa grande demais era o preço do aluguel. Ele trabalhava em uma empresa fantástica, e valia a pena dividir o apartamento com Seokjin.
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Paixão Perigosa [ Uma adaptação Vhope ]
Любовные романы✎ | Kim Taehyung é um profissional respeitado. Porém, fora do escritório, tem uma missão muito diferente: alertar homens a ficarem longe dos "cafajestes" através de seu site especializado em apontar outros homens que não estão em busca de compromiss...