Nightmare

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-Eu te amo - Ana estava entre meus braços.

-E eu te amo mais - sempre foi meu jeito de retrucar essas palavras.

Então, sinto algo bater na minha barriga. Quando olho, ela está com uma faca na mão. Sem palavras, olho para ela.

-Me desculpa, mas... isso precisa ser feito - ela olha para mim com seus olhos assustados. Aqueles olhos brilhavam de uma forma tão linda - Mas eu ainda te amo.

Ela me chuta, fazendo eu cair em um grande abismo. Enquanto eu estava caindo, todos os nossos momentos juntos estavam passando em minha mente. Desde o dia que nos conhecemos em uma simples festa, o primeiro beijo, o casamento e o momento final. 

Com um gelo na barriga, acordo desesperado e encontro Leticia me observando.

-O que faz aqui?

-Eu que te pergunto - Leticia lançava seu olhar desanimante. Quando ela soltava esse olhar, eu já sabia que ela não estava bem.

-Você está bem? - Fiz uma expressão confusa.

-Claro. 

Ela saca uma arma, aponta em minha direção e diz.

-Babaca.

E então ela dispara. Vejo muitas flores saindo e acertando meu rosto. Consegui sentir o cheiro de variadas flores.

Após todas as flores caírem, vejo um corpo em meus braços. Em sua barriga havia uma mancha vermelha, derivada de algum tiro. Não consegui identificar o rosto, pois estava virado para o lado.

Eu estava correndo em direção ao carro. Coloquei o corpo no banco e consegui identificar Carol.

-Ah, meu Deus.

Ela abre os olhos e olha no meu rosto.

-Foi bom trabalhar com você, Levi - ela despenca a cabeça para o lado e logo após cai do banco. Com o rosto no chão, caí de joelhos ao lado do corpo.

Senti uma grande vontade de gritar. Quando abri a boca, fogo saiu de dentro.

Após todo o fogo sair, encontro Rafael.

-Isso nunca irá te largar.

As chamas voltam e começo a me desesperar. Um som de uma onda bem forte se aproximava. Senti o impacto dessa onda e fui carregado até começar a cair.

Depois da queda, senti um impacto que me fez lembrar de quando caí de uma cachoeira.

-ACORDE! - uma voz bem forte diz.

Abro os olhos e me levanto bem rápido. Devido a rapidez do ato, meu sistema parou e caí da cama. 

-Caralho, essa foi alta - consegui ouvir a voz de Sabbath.

-Espera aí - Leticia abre a porta do quarto e me encontra caído no chão - Descobri o por que do barulho - ela se aproxima de mim e me ajuda a levantar - Rapaz, você está suado. 

-Não sonhei com coisas boas. Consegue me responder algo?

-Talvez.

-Ana.

-Ela está na casa de Domingos Martins.

-Sozinha?

-Armada até os dentes. Durante os últimos meses, fiquei observando os movimentos dela. Ela comprou muitas armas e preparou armadilhas em toda casa.

-Isso demonstra o fato de que ela sabe que vai ser caçada.

-Por que?

-Eu fugi da prisão da Ordem Suprema. Tem noção da magnitude disso?

-Eles irão caçar todos que você ama.

-Sim - suspirei -  Tenho que limpar isso tudo.

-Onde eles estão?

-Na Antártida.

-Por que não pensei nisso antes? - Leticia anda até a porta e vai para a cozinha.

**

Estávamos sentados em volta da mesa.

-O único plano é entrar atirando no lugar todo? - Sabbath olhou meio confuso para o quadro.

-O bom e velho modo que sempre finaliza tudo com uma pitada de adrenalina - Respondi.

-Ah, claro. Amo ouvir a morte chamando meu nome - Sabbath dá uma risada irônica.

Leticia não se segura e começa a rir.

-Desculpa, não aguentei - ela vem e me entrega a xícara de café que segurava em suas mãos - Do jeito que você gosta.

-A minha ideia é matar todos so membros do conselho.

-Até a Sarah? - Leticia olhou para minha cara como se estivesse lendo tudo em que eu estava pensando.

-Então... - Leticia virou os olhos - Nós fizemos um trato. Se eu deixasse ela viva para refazer o conselho, ela me tornaria algo como um supremo acima deles, ou seja, eu poderia mandar neles.

-Conseguiu agradar ela nesse tempinho...

-O garoto aqui sabe como agradar - soltei uma risada. Voltei ao normal e olhei para Sabah.

-Preparado?

-Acho melhor você ir sozinho... você sabe como fazer as coisas...

-Tá bom, então - Puxei uma cadeira, sentei e bebi um gole do café - Está vendo essa xícara de café? - estiquei o braço - Ela é um dos fatores que me mantém vivo. Sem uma xícara de café... meu dia se perde. Fico com dor de cabeça o dia inteiro, nervoso e bem cansado - tomo mais um gole - ou seja, beba café.

Mestre das Armas: Finish the FightOnde histórias criam vida. Descubra agora