Freezing Cold

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-E então? - Leticia perguntou para Sabbath quando ele entrou. A expressão no rosto dele era de tristeza. Estava usando um terno no estilo de um executivo, e isso deixava ele pomposo.

-Então - a voz dele estava triste e reflexiva. Ele se dirigiu para a mesa e nela pôs a maleta prateada que carregava - Conversei bastante com o cara e ele disse que outra empresa passou mais cedo e fez uma limpeza geral - ele levantou as sobrancelhas como se estivesse surpreso, mas sua tristeza evidente quebrava a surpresa - Levaram todos os corpos e o elevador.

-O elevador? - Leticia fez uma careta do tipo "não entendi o que você disse".

-É. A porra do elevador.

-Já sabemos o por que.

-E agora? - Sabba relaxa as costas e desliza na cadeira - Qual é a sua ideia?

-A ideia é atacar a Ordem Suprema.

-Mas como? - Ele arregala os olhos.

-Esse é o problema - Leticia levanta da cadeira e começa a andar em direção ao mapa que estava na parede - Da última vez que estive lá, eles estavam aqui - Ela põe o dedo sobre a Tasmânia - Entretanto, eles se mudaram para algum fim de mundo.

-E como vamos achá-los?

-Não tem como achar eles. São eles que vêm até você.

-Foda... - ele olhou para todos os lados como se fosse um galo - Cadê todo mundo?

-Ficaram com medo de enfrentar a Ordem Suprema - ela volta para a cadeira - Guilherme está de luto, Carol voltou para seus filhos, Mateus e Alecs saíram para aventuras, os quatro meninos voltaram para seus trabalhos e Larissa também.

-Então quer dizer que somos só nós dois.

-Infelizmente sim.

**

-Você sabe o que fazer, né? - Sarah colocava suas jóias de volta. Era incrível saber que mesmo ela estando em pé, continuava na minha altura enquanto estava sentado.

-Vou ter quantos minutos? - Levantei da cadeira e passei a mão na camisa.

-Apenas cinco - Ela se aproxima de mim e me abraça - Pode sentar de novo?

-Por você eu faço tudo - apenas admirei o brilho dos seus olhos.

Ela sentou em minhas pernas de novo. Continuamos fazendo as mesmas coisas que estávamos fazendo antes.

Enquanto estávamos nos beijando selvagemente, ela amarrou minhas mãos de novo. Só percebi quando ela deu o nó.

-Você só quer me atrapalhar, né?

-Se eu dificultar sua saída, poderei ficar mais com você.

-Faz sentido - suavizei minha expressão facial.

Ela levantou e se dirigiu até a porta.

-Que os jogos comecem - sorriu e saiu.

-Cada mulher difícil... (Cadê a debochada da Leticia pra falar que "ela avisou")

Fiquei tentando desfazer o nó até que a porta se abriu. Um homem entrou com uma bandeja, a qual continha um prato em cima.

-Jantar?

-É hora do almoço.

-Se eu pudesse ver a luz do sol, pelo menos.

-Aqui não tem sol.

-Aqui onde?

Quando ele ia responder, as luzes se apagaram.

Não pensei duas vezes, levantei com a cadeira e joguei ela em cima dele, fazendo-a se desmontar. Olhei para a comida e vi um pedaço de carne.

-Não vai fazer mal.

Como estava com as mãos amarradas, abaixei e peguei com a boca.

Me virei e abri a porta com o pé. Quando sai, senti alguém me puxando, quando olhei só vi a parede.

-Aqui em baixo - na hora pensei, "caramba, esqueci que ela era tão baixa" - Vai logo. Tem um barco saindo em sete minutos - ela me gira e corta o corda.

-Um dia te retribuo o favor.

-Você vai saber quando e o que vou pedir.

-Claro - abaixei e dei um beijo rápido, logo após saí correndo.

Estava tudo escuro. O que ajudava a enxergar eram as luzes vermelhas que piscavam. Toda hora passava um grupo de cinco soldados correndo. Provavelmente, eles suspeitavam de invasão. Coitados, mal sabiam que a Sarah desligou a iluminação apenas.

No meio da corrida, achei um mapa na parede. Parei e procurei a saída, que por acaso, estava bem próxima.

Enquanto eu chegava na porta, Sarah aparece.

-Vai precisar disso - ela mostra meu celular e um fone de ouvido.

-Claro - apenas peguei e continuei correndo.

Quando saí... vi neve por todos os lados. Era uma planície e estava bem frio.

Consegui ver uns navios bem longe, ou seja, eu ia correr até lá.

Coloquei Battery do Metallica e continuei correndo naquele frio insuportável.

Enquanto eu corria, alguém com um quadriciclo apareceu.

-Tá indo para onde?

-Pra lá - apontei.

-Sobe aí.

Como não tinha muitas opções, subi.

-Onde estamos?

-Na Antártida.

-Ah, pô, que legal - pensei - Dá pra ser mais rápido? Estou congelando.

-Claro.

Ele acelerou e chegamos no porto. Agradeci e fui até o navio. Ele estava de ida para Portugal. Apenas entrei e fui embora junto com ele.

Mestre das Armas: Finish the FightOnde histórias criam vida. Descubra agora