aquele dia nem frio nem quente no qual você me beijou

ÚNICO

Draco Malfoy não costumava ser sentimental, muito menos sincero sobre seus sentimentos.
'Eles apenas nos atrasam de objetivos mais importantes', diria ele. Mas quando se trata de Harry Potter, o Santo Potter... Todas as barreiras impostas por Draco, das quais ele acreditava serem intransponíveis, inabaláveis, caiam como se jamais tivessem existido.

E Malfoy não sentia-se fraco, com o orgulho atingido; longe disso, e superando todas suas expectativas, admitir seus sentimentos pel'O Eleito o fazia sentir-se apenas leve, como se estivesse inerte em algum dia aconchegante, preso em suas memórias mais felizes. Harry era o responsável por todas essas sensações, apenas ele.

"Qual é sua memória mais feliz, a mais agradável?" perguntara Harry.
Draco não pensara mais do que uma vez para chegar a conclusão e responder:
"Aquele dia nem frio nem quente no qual você me beijou." e fora impossível esconder o sorriso caloroso e carregado de verdades até então não ditas que surgiu em seu rosto. Potter sorrira também, preguiçoso e ainda com sua cabeça apoiada no ombro de Draco.
"Sinceramente, não sei porquê perguntei. Era uma resposta óbvia, não?" disse, bem humorado. O mais velho apenas resmungou, em uma falsa indignação que rapidamente dera lugar à mais um sorriso.

E no fim, não fazia sentido fingir que não sentia nada, e muito menos esconder tais sentimentos quando eles estavam em toda a parte. Em todo dia nem frio nem quente em que Draco Malfoy e Harry Potter trocam beijos apaixonados e em todo sorriso bobo que eles compartilham.