welcome to new york

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Férias.

Existe algo melhor do essa palavra? Certamente não. Férias é um período para você descansar o corpo e a mente daquela trágica realidade que a maioria dos seres humanos tem, esquecer os problemas do dia-a-dia, da rotina e do estresse. E após um ano trabalhando todos os dias, chegou a minha vez de me desligar desta vida entediante e chata.

Eu também estava de férias da faculdade, e no auge dos meus vinte anos. Finalmente realizaria meu sonho de viajar sozinha para outro país e tentar encontrar um propósito para a minha vida. Escolhi Nova York. 

Decidi que iria fazer isso aos dezesseis anos, quando meus professores começaram a colocar toda aquela pressão de que se eu não fizesse uma faculdade eu nunca seria alguém na vida. A verdade é que eu sabia que gostaria de estudar jornalismo, mas não queria apenas isso.

Eu já havia chegado na "Big Apple" ontem de noite. Estava exausta do voo e fui dormir imediatamente. Ficarei hospedada até o fim do mês neste hotel, cujo o dono é primo da minha avó e por algum motivo ele permitiu que eu ficasse aqui de graça. 

Hoje pela manhã, coloquei um vestido roxo de alça e calcei meu converse branco de cano alto, o dia amanheceu fresco, perfeito como a primavera. Queria explorar a cidade e procurar algum lugar para tomar café da manhã. Fiquei com preguiça de procurar sugestões de lugares no celular então apenas comecei a caminhar pela rua e iria parar no primeiro lugar que achasse bom.

Em dois quarteirões encontrei um lugar chamado "Le Pain Quotidien", o ambiente parecia muito aconchegante e charmoso, resolvi entrar. Sentei em uma mesa no canto, com uma grande janela e vista para a rua. Uma garçonete veio me atender e fiquei em dúvida do que pedir, ela me recomendou a estrela da casa "Petit Déjeuner", em uma cesta com croissant de chocolate, pães orgânicos e suco de laranja.

Tirei uma foto para postar no meu feed do instagram, a primeira lembrança da viagem.

Após me sentir satisfeita, paguei e sai pela porta. Uma aglomeração de pessoas se formou logo na esquina e algumas garotas estavam gritando, Sem entender nada e curiosa o suficiente, resolvi me aproximar para ver o que estava acontecendo.

Puta merda! Timothée Chalamet estava bem ali.

TIMOTHÉE CHALAMET ESTAVA ALI NA MINHA FRENTE.

Acho que todo o croissant que acabei de comer estava subindo pela minha garganta, eu iria vomitar em cima dessas pessoas se não me estabilizasse. 

Não me considero uma super fan dele. De fato o conheço, afinal ele é famoso. Mas a atração que eu sinto é maior do que tudo. 

Ele estava sorrindo para os fans e tirando foto com eles, algumas pediam autógrafo e ele não recusou nenhum. Assim que elas conseguiam as fotos, se afastavam sorrindo e impactadas com o que havia acabado de acontecer.

Eu estava imóvel. O observando como se nunca tivesse visto um ser humano antes, mas porra, era o Timothée Chalamet. Primeira vez na minha vida que eu conhecia alguém famoso. E tudo bem que eu não sabia muita coisa sobre ele, na verdade não sabia nada além de que ele é um ator talentosíssimo e que mora aqui em NYC.

A sensação de encontrar alguém famoso na vida real, alguém que só vê na internet é estranha, porém muito boa.

Ele agradeceu às fan assim que elas se afastaram, então eu me aproximei, sem saber o que falar ainda.

Timothée me olhou com aqueles lindos olhos verdes brilhantes, os cachos perfeitos de seu cabelo castanho e sorriu. Eu sorri também, não queria parecer desesperada ou antipática, eu tinha que dizer algo.

- Oi! – falei, tentando parecer o mais simpática possível. 

- Olá! – ele respondeu no mesmo tom – Como você está?

new york city T. CHALAMETOnde histórias criam vida. Descubra agora