Brooklyn Bridge

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Eu não sabia se tinha trazido roupas bonitas o suficiente para sair com o homem mais bonito de todos.

A verdade é que nem eu acreditei que aquilo realmente tava acontecendo, chequei nossas conversas umas 70 vezes só para conferir que eu não estava ficando louca. O verificado do instagram dele me fazia acreditar de que era real.

Eu ia mesmo sair com o Timothée Chalamet.

Pensei a cada minuto da minha tarde que talvez ele só falou brincando para ver minha reação, ele realmente iria ir? Porquê iria querer sair comigo? Uma completa estranha que apenas elogiou um de seus filmes.

"Pare de ser paranoica, Aurora!" Eu ficava repetindo.

O intuito da minha viagem era focar em mim e no meu futuro, eu queria total distração da minha vida real no Brasil. Respondia meus pais apenas para saberem que eu estava bem, mas eu queria mesmo era ficar longe de tudo que ligava a minha história no outro país.

Sabia que era impossível ficar sem celular, por mais que eu estivesse com ele para fazer pesquisas de lugares, usar o mapa e registrar momentos, eu não iria checar todas as redes sociais e ver como o meu mundo real estava indo.

O clima havia esfriado, então após meu banho escolhi vestir jeans claro, uma blusa tie dye e meu casaco verde preferido. Usei tênis branco nos pés por estar cansada de andar muito todos os dias.Era exatamente 7:38 p.m decidi que seria melhor chamar um táxi para eu não me atrasar.

Odeio chegar atrasada nos lugares.

Nem me dei ao trabalho de procurar no Google qual era o caminho mais fácil ou rápido, eu estava nervosa e ansiosa para ver aqueles olhos verdes brilhantes de novo.

O taxista foi conversando comigo o caminho todo, ele me contou que a ponte do Brooklyn foi o lugar onde ele beijou sua esposa pela primeira vez e onde percebeu que estava completamente apaixonado e decidido a pedi-la em casamento.

Que essa sorte caia em mim!

Desci do carro após pagar pela corrida e fiquei fascinada com a vista. Nova Iorque tem como ser mais bonita? Tirei uma foto apenas para registrar na minha memória e se eternizar com a minha lembrança desse dia.

O local estava cheio, como eu já imaginava. Muitas pessoas com seus celulares tirando foto por toda parte.

Resolvi esperar, afinal faltava ainda 10 minutos para às 8 p.m.

O vento soprava meus cabelos com suavidade, aguardei com minhas mãos no bolso da calça e pedia para alguma força maior não ter feito eu vir "a toa".

E foi quando eu o ouvi.

"Aurora!"

Virei a cabeça para enxergá-lo no meio da multidão e pude ter a sorte de ver aquele cabelo perfeito com cachos perfeitos novamente.Não evitei em esconder minha alegria e abri um sorriso imenso, ele se aproximou de mim, sorrindo gentil.

- Oi. - Ele disse.

- Oi! - respondi feliz.

Ele parecia um pouco envergonhado, acho que era porque eu não desviei meus olhos dos dele.

- Como...uh...como os brasileiros se cumprimentam?

Ok. Essa eu fui pega de surpresa.

- Nós nos beijamos no rosto e nos abraçamos... - falei, rindo da situação e da expressão de surpreso no seu rosto.

Ele se aproximou e -literalmente- beijou minha bochecha, me dando um leve abraço em seguida.A sensação de seu corpo quente e magro em contato ao meu me fez sentir borboletas no estômago. Sim, clichê. Mas Timothée por alguma razão tinha esse poder sob mim, não sei se era o fato de ele ser tão bonito, ou simpático e até mesmo gentil, para ser sincera acho que era tudo.

new york city T. CHALAMETOnde histórias criam vida. Descubra agora