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Atenção,

A capa e sinopse são improvisados.
O livro ainda pode sofrer algumas, pequenas, modificações até o momento de publicação.

Leia a DEGUSTAÇÃO ❤️

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Daniel Hoffman

Já passava das dez da noite quando decidi sair de casa, depois de uma sexta-feira entediante no trabalho. Queria encontrar meus amigos, beber um pouco, encontrar algumas mulheres e voltar pra casa, depois de trepar até esgotar todas as minhas reservas de esperma. Era o meu objetivo, eu juro! Mas acabei bebendo feito um gambá; abandonei meus amigos tão bêbados quanto eu e segui sozinho para outro bar. Um lugar que tocava rock clássico. Você faz ideia de quantos anos estamos falando? Nem eu. Sabe como é, tenho vinte e três, mas minha alma é velha.

Tinha encontrado o bar perfeito, nas condições em que me encontrava, e acabei conhecendo um sujeito idêntico ao Jack Nicholson. Nós nos tornamos melhores amigos em menos de dois minutos de conversa sem o menor sentido. Na verdade, nenhum ser humano embriagado teria um diálogo coerente, de qualquer forma. Bom... Depois desses momentos, eu não me lembro de porcaria nenhuma.

Por que eu fiz isso? Eu não sei. Foi estupido, principalmente quando o imbecil aqui já havia cometido o mesmo erro algumas vezes. Tudo bem que, dessa vez, acho que exagerei. Eu sou patético. Por causa disso, estou tendo amnésia alcoólica pela primeira vez na vida, você acredita nisso? Amnésia alcoólica. Nunca pensei que fosse real. Achei que as pessoas usassem essa desculpa para justificar as merdas astronômicas que fizeram. Em grande parte, ainda acredito nisso, de qualquer forma.

Bêbados, sem memória ou não, quanto precisamos beber? Não me leve a mal, não quero que você pare de encher o seu rabo de álcool por minha causa, mas qual seria o objetivo de enchermos a porra da cara ao ponto de esquecer quem somos? Deveríamos mesmo nos submeter a esse papel? Eu tenho a resposta e vou te dizer: nunca faça isso. Entendeu? Nunca cometa essa insanidade por causa de algumas horas de diversão. Nunca faça essa merda, mesmo que a mulher, ou o homem, seja alguém fisicamente desejável e esteja oferecendo sexo oral. Não que isso tenha acontecido comigo realmente; talvez sim, mas só tive algumas lembranças que começaram a se fragmentar em minha mente. De qualquer forma, não faça. Só não faça.

Sabe aquele veeeelho ditado sobre "orifício de bêbado não ter dono"? Obviamente você conhece, e claro que isso não se aplica a mim. Quer saber? Poderia, simplesmente por eu não me lembrar de... Porra. Nenhuma.
Sim. Algum filho de oitocentas putas poderia TER me enrabado e eu só perceberia essa catástrofe... agora. Não. Eu não sinto dores nem nada parecido na região baixa e agradeço ao Santo Protetor dos Rabos dos Bêbados Desprotegidos por ter me salvado dessa.

Continuando... Sempre me questionei sobre essa tal amnésia alcoólica que muitos dizem que têm, mas que eu não fazia ideia de que pudesse ser verdade até o presente momento, em que minha saliva está escorrendo pelo canto da boca, e meu rosto, prensado sobre um tecido áspero, no carpete sujo de algum quarto no qual não faço a menor ideia de como vim parar. Esse é o retrato deprimente de um jovem cuzão que se submeteu ao álcool.
Sabe como a substância do álcool age em nosso corpo? Não? Eu também não sabia, mas tive que estudar depois de uma noite em que entrei, literalmente, em coma alcoólico. Aquilo me assustou pra caralho. Pode acreditar.
Os primeiros copos ou alguns drinks, para quem não costuma beber em grandes quantidades, tratam de coibir o nosso sistema inibitório. Tornamo-nos falantes, alegres, simpáticos, receptivos às possibilidades, e eu sabia disso. Eu sempre soube disso. Qualquer pessoa que tenha um cérebro sabe disso. Mas eu não me importei, sabe por quê? Porque eu me acho o superfodão. O fodão da galáxia. O picão da porra toda.
Eu me lembro de quando "Jack Nicholson" me apresentou a algumas mulheres. Também tenho consciência de que transei com alguém cujo rosto não faço a menor ideia de como seja. É uma das poucas coisas que lembro sobre ontem à noite. É provável que a tal mulher seja linda como todas com quem me envolvo, mas o álcool pode ter me confundido um pouco. Pode tê-la transformado no par ideal pra mim.

Adorável Cretino livro (3) Onde histórias criam vida. Descubra agora