𝔢𝔦𝔤𝔥𝔱

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TERMINO de amarrar os tênis e me levanto da cama, olhando no espelho para ver se estava tudo bem

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TERMINO de amarrar os tênis e me levanto da cama, olhando no espelho para ver se estava tudo bem. Eu usava um cropped branco com mangas curtas, uma saia -tubinho- que ia até os joelhos preta e tênis brancos também.

Se Madge estivesse aqui agora, ela diria que eu até conseguia me virar sem ela. Enquanto minha melhor amiga faz Moda na faculdade, eu faço Marketing e estou me encaminhando para o meu estágio. Confesso que demorei um pouco para conseguir estágio aqui no Canadá, já que o mercado está crescendo cada vez mais aqui.

Mas, uma das minhas professoras conseguiu para mim na empresa que a amiga dela gerência, e eu não poderia dizer não. No meu estágio, eu ajudo Briana -minha chefe- com pesquisas de campo, estudo a concorrência e a ajudo com as estratégias de Marketing para seus clientes, algo que eu sou realmente boa. Não me vejo trabalho em outra coisa que não seja Marketing, e me orgulho disso.

Após descer do meu carro, que deixo no estacionamento da empresa, subo até o último andar, onde fica o escritório de Briana, pois minha mesa fica bem à frente de sua sala.

— Bom dia, Amber – digo assim que entro no elevador, olhando para a mulher vestida socialmente ao meu lado. Ela apenas assente e continua olhando para as portas.

Quando as portas se abrem, Amber não perde tempo em sair rapidamente, me fazendo bufar de leve. Sempre tive a impressão que ela não gostava de mim, mas nunca entendi o porquê.

Chego no andar esperado e caminho até minha mesa, vendo o quanto o andar está pouco movimentado hoje. Bem, eu não poderia esperar menos de uma segunda-feira.

Checo os e-mails de Briana e aproveito o tempo livre para mexer no meu celular, conversando com Shawn. Nós começamos a conversar em poucos dias e parece que nos conhecemos desde sempre, não sei como conseguimos essa ligação tão rapidamente mas espero nunca perdê-la.

— Bom dia, Aisha. Distraída hoje, não? – diz Briana, passando por minha mesa.

Quase deixo meu celular cair com o susto e bufo ao escutar sua risada, percebendo que era apenas uma brincadeira.

— Bom dia, Briana. – me levanto e caminho com ela até sua sala. – Hoje você não terá nada de importante, apenas uma reunião às dez com o dono da empresa concorrente, após muita insistência.

Vejo ela revirar os olhos para isso. — Obrigada, Aisha. Hoje o dia está bem tranquilo, então pode relaxar um pouco. Se precisar de algo, te chamarei.

Assinto e saio da sala.

Realmente o dia passou tranquilamente, e, quando dou por mim, já estou em meu carro voltando para casa. Resolvo passar em uma cafeteria antes, apenas para comprar algo que pudesse enganar o estômago até chegar em casa e ter que cozinhar, já que Madge deixou bem claro que hoje seria meu dia na cozinha.

Pego minha bolsa e entro na fila, já decidindo o que quero pedir para não enrolar tanto. Não sei porquê sou tão indecisa.

Passo incontáveis segundos decidindo entre uma fatia de torta de frango e um bolo de chocolate, para no fim pedir os dois. Ignoro o olhar crítico do atendente e pego a nota de dez dólares para pagar meu pedido.

Ouço uma gritaria do lado de fora, me assuntando um pouco.

— Nossa, por que será que está essa gritaria hoje? – pergunto para a senhora atrás de mim na fila, enquanto espero meu pedido.

— Não sei, minha filha, da última vez que gritei desse jeito foi em um show do Queens. – admite e eu sorrio, assentindo, tentando olhar pela vidraçaria da cafeteria.

Desisto e pago, após pegar meu pedido. Caminho em direção à saída e esbarro em alguém, o que faz meu cappuccino cair todo no chão, me deixando triste.

— Ah, cara, meu cappuccino! – lamento, quase chorando pois estava morrendo de vontade de tomá-lo.

— Me desculpe! – diz e eu levanto a cabeça, sem conseguir reconhecer a pessoa graças a seus óculos escuros e capuz, cobrindo seus cabelos.

Dou de ombros, ainda chateada.

— Está tudo bem, eu nem queria mesmo. – minto.

— Eu te pago outro, espere aqui. – diz e entra na fila.

Após alguns minutos, o desconhecido volta com um cappuccino, me entregando.

Wow, realmente não precisa, desconhecido. – minto, novamente, pois precisava sim. – Obrigada...

Uh, Peter. – diz após um tempo, erguendo a mão. – Meu nome é Peter!

— Ok, ok, já percebi o quanto você gosta do seu nome. – brinco e aperto sua mão com a minha livre. – Então, te vejo por aí, Peter.

— Quer campainha? – se oferece e eu ergo a sobrancelha, desconfiada.

— Olha, sem querer ofender nem nada – começo. – Eu realmente agradeço pelo cappuccino, mas se você está pensando que vai conseguir algo além de um "obrigada", saiba que eu luto caratê. – ameaço.

Estou mentindo sim, mas ele não precisa saber disso.

Peter engole em seco, negando rapidamente.

— O que? Não, não! – diz, parecendo desesperado. – Eu nunca faria nada disso! Deus, eu só estava perguntando se você quer campainha porque já está escurecendo!

Oh – murmuro e penso por um tempo, meu carro estava há alguns segundos de distância, mas tudo bem. – Pode me acompanhar até o carro, então.

Ele sorri, assentindo.

Saímos da cafeteria e eu posso ver algumas meninas ali, com cartazes que não consegui ler o que estava escrito. Maldita miopia!

Peter me acompanha até o carro e abre a porta para mim, assim que o destravo.

— Obrigada, Peter – sorrio e entro no carro, colocando o cinto em seguida. Ele fecha a porta e eu abro a janela.

— Disponha, desconhecida – brinca e eu dou risada, acenando e dando partida com o carro. Peter realmente parecia alguém legal de se conhecer.

Assim que chego no estacionamento do carro, pego as embalagens, agora vazia, de comida para jogar em algum lixinho próximo e entro no elevador, clicando em meu andar.

Saco meu celular e entro no aplicativo do Twitter, entrando nas mensagens diretas logo em seguida, para mandar mensagem à Shawn sobre o meu dia.

ask me anything • s. mendesOnde histórias criam vida. Descubra agora