“O que vai levar? O que vai ser? Eu nem sei, eu nem sei.”
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Em um Outubro obscuro, há dois anos atrás, você se foi.
Chamou-me para conversar, parecia aflito, angustiado, triste.
Ainda recordo claramente das suas palavras. Tudo parece que foi ontem.
— Zayn, não está dando mais. — A princípio estava confuso, então, ele continuou: — Quero terminar. — Meu mundo desabou com essa frase, pequena frase de duas mortais palavras. O resto que saiu de seus lábios, não estava assimilando muito bem. Estava em choque. — Fazia tempos que estava cogitando essa decisão. Saiba que estou sofrendo com isso também — seus olhos marejados, tentava ao máximo, desviar seu olhar. — Muito mais do que você imagina. — Engoli em seco, tentando não deixar as lágrimas cair. — Eu te amo, Zayn. — Minha garganta estava ácida. — Eu te amo, amor...
— Então, por que está fazendo isso?
— Porque é necessário.
— Desde quando sofremos é necessário?!
— Zayn, por favor...
— Pare, Liam! Só para de falar. Não quero mais escutar nada do que você tem a dizer sobre o quanto é necessário terminar o que temos há anos.
Sai da cozinha, abatido.
Então, se passou todas as horas que fiquei trancado no banheiro, chorando porque ele estava partindo.
Quando sai do banheiro, procurei pela casa, entretanto, ainda estava sentado no sofá, olhando para o nada.
— O que vai levar? — questiono, com a voz de choro. Ele continua calado. — O que vai ser?
